Bernanke depõe no Congresso: ele destacou a persistente fragilidade da economia (Alex Wong/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de maio de 2013 às 13h32.
Washington - O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central americano), Ben Bernanke, declarou nesta quarta-feira, no Congresso, que ajustar de forma "prematura" a política monetária flexível estimulada pela instituição representaria riscos "substanciais" de desaceleração nos Estados Unidos.
"Um ajuste prematuro da política monetária poderia levar as taxas de juros a subir temporariamente, mas também representaria o risco substancial de desacelerar ou deter a recuperação econômica e causaria um retrocesso adicional da inflação", disse Bernanke na Comissão Econômica conjunta do Congresso.
O Fed tem como meta uma inflação 2%, ainda longe de ser alcançada.
Ao mesmo tempo, Bernanke destacou a persistente fragilidade da economia, especialmente o alto desemprego e os cortes dos gastos públicos federais.
Ele indicou que o crescimento econômico segue a um "ritmo moderado" (2,5% no primeiro trimestre em projeção anual), ao mesmo tempo que o emprego continua "frágil", apesar da "melhora".
As fragilidades justificam a política agressiva do Fed de compra de títulos, que pretende manter as baixas taxas de juros a longo prazo, disse.
O Fed injeta, com este sistema, 85.000 dólares por mês no circuito financeiro.
O Comitê de Política Monetária (FOMC) do Fed, disse, "é consciente de que um longo período de baixas taxas de juros representa riscos e custos".
"Reconhecendo as desvantagens de ter persistentemente taxas baixas, o FOMC busca ativamente as condições econômicas que sejam consistentes com taxas de juros maiores", disse.
"Infelizmente seria pouco provável que desativar a política flexível nesta conjuntura produzisse estas condições", completou Bernanke.