A presidente Dilma Rousseff com seu colega equatoriano Rafael Correa: além de Correa, o presidente da Bolívia, Evo Morales, também negocia a adesão do seu país ao bloco (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 16h29.
Brasília - O presidente do Equador, Rafael Correa, disse hoje (7), durante a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul e Estados Associados, em Brasília, que seu país tem muito interesse em entrar no Mercosul e está muito feliz pelo convite, mas ponderou que a adoção da Tarifa Externa Comum é um obstáculo para o acordo de adesão. “Isso limita nossa política externa comercial e, particularmente, a política tarifária. Então, estamos acabando todos os estudos para, então, tomar uma decisão definitiva”.
Correa disse que tem afinidades ideológicas com a maioria dos governos dentro do bloco e confiança neles, além de visão comercial parecida. A entrada no Mercosul, porém, obrigaria o governo equatoriano a elevar mais de 4 mil tarifas e, considerado a pior parte pelo presidente equatoriano, a reduzir mais de 2 mil.
“Temos que ver que o impacto teria essa medida na economia equatoriana. É paulatino, podemos conversar. Insisto: estamos muito interessados em ingressar, mas temos que analisar os impactos”, disse.
Além de Correa, o presidente da Bolívia, Evo Morales, também negocia a adesão do seu país ao bloco. As negociações ainda estão no começo e o processo ainda deve ser longo. No caso da Venezuela, a inclusão no Mercosul começou a ser negociada em 2006 e só foi concluída em 2012.
O Mercosul é formado por Brasil, Argentina, Uruguai, Venezuela e Paraguai - que está suspenso do bloco até abril de 2013. Chile, Equador, Colômbia, Peru e Bolívia estão no grupo como países associados.
Com a adesão da Venezuela ao Mercosul, o bloco corresponde agora a 72% do território da América do Sul – aproximadamente três vezes a área da União Europeia. Com os venezuelanos, o Mercosul passa a contar também com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 3,32 trilhões e população de 275 milhões de habitantes.