Economia

AgRural vê safra de soja do Brasil em recorde de 94,9 mi t

Consultoria apontou queda de apenas 50 mil toneladas na comparação com a estimativa do mês passado


	Máquinas realizam a colheita da soja em uma fazenda próxima de Tangará da Serra, no Mato Grosso
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Máquinas realizam a colheita da soja em uma fazenda próxima de Tangará da Serra, no Mato Grosso (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de novembro de 2014 às 17h48.

São Paulo - A safra de soja 2014/15 do Brasil foi estimada nesta sexta-feira em um recorde de 94,9 milhões de toneladas, segundo número revisado da AgRural, que apontou queda de apenas 50 mil toneladas na comparação com a estimativa do mês passado, com tempo úmido recente reduzindo preocupações dos produtores.

"Com as chuvas desta semana, não há motivo ainda para mexer na produtividade. Ela segue na linha de tendência de dez anos, que indica 50,3 sacas por hectare na média brasileira, afirmou a consultoria em nota.

O plantio está se desenvolvendo e atingiu 85 por cento da área recorde projetada em 31,5 milhões de hectares, apenas 18 mil hectares abaixo da projeção anterior da AgRural, com produtores apostando na oleaginosa no plantio de verão devido a preços mais interessante que os do milho.

A área plantada deverá crescer 4,2 por cento ante a temporada passada, quando a seca afetou as produtividades dos cultivos, especialmente no Paraná, segundo produtor nacional.

Dessa forma, se o tempo colaborar em 2014/15, a safra de soja do Brasil, segundo produtor mundial após os Estados Unidos, deverá crescer 10,2 por cento ante a temporada passada, disse a AgRural.

A questão climática chegou a preocupar produtores, gerando atrasos no plantio que ainda permanecem.

O plantio de soja da safra 2014/15 do Brasil avançou esta semana nove pontos percentuais em relação ao índice da semana anterior, mas ainda está atrasado na comparação com os 89 por cento da mesma época de 2013.

Segundo a AgRural, o avanço no plantio só não foi maior esta semana devido aos bons volumes de chuva registrados em vários Estados.

"Mas, se por um lado essas precipitações atrapalharam momentaneamente a entrada das máquinas em campo, por outro elas foram muito bem-vindas para dar umidade às áreas de semeadura mais tardia e também para garantir às lavouras as melhores condições de desenvolvimento vistas até agora nesta safra", afirmou.

No Mato Grosso, principal produtor brasileiro de soja, o plantio está praticamente finalizado.

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