Economia

Agropecuária tomou R$ 65 bi em empréstimos

Valor para a safra 2011/2012 é 5,3% superior ao emprestado no mesmo período do ciclo anterior

O índice dos preços de açúcar subiu 2,2%, mas continua sendo inferior em 20% ao nível de janeiro de 2011 (Damien Meyer/AFP)

O índice dos preços de açúcar subiu 2,2%, mas continua sendo inferior em 20% ao nível de janeiro de 2011 (Damien Meyer/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 16h59.

Brasília - Os agropecuaristas brasileiros contrataram R$ 65,17 bilhões em financiamentos para a safra 2011/2012 entre julho do ano passado e janeiro deste ano, segundo divulgou hoje (22) o Ministério da Agricultura. O valor representa 52,9% dos R$ 123,23 bilhões disponibilizados no Plano Agrícola e Pecuário desta safra e é 5,3% superior aos R$ 61,9 bilhões emprestados no mesmo período do ciclo anterior.

A agricultura empresarial tomou emprestados R$ 44,4 bilhões para custeio e comercialização, R$ 8,5 bilhões para investimentos e R$ 3,9 bilhões no Programa de Sustentação do Investimento (PSI-BK), uma linha especial, a juros controlados de 6,5% ao ano, para aquisição de máquinas agrícolas e estruturas de armazenagem.

Na parte de investimentos, dois programas lançados nas últimas safras apresentaram crescimento alto: os programas Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e o de Agricultura de Baixo Carbono (ABC). Os financiamentos no Pronamp chegaram a R$ 1,29 bilhão, superando em 17,6% o programado para toda a safra e em 82% o valor emprestado no mesmo período do ciclo 2010/2011.

No ABC foram contratados R$ 400,2 milhões, mais que o dobro do que entre julho de 2010 e janeiro do ano passado. O potencial do programa, no entanto, é muito maior, pois são disponibilizados cerca de R$ 3 bilhões para a linha de crédito, que ainda depende da formação de assistência técnica especializada para seu desenvolvimento pleno.

A agricultura familiar, que conta com R$ 16 bilhões para a safra, tomou emprestado R$ 8,26 entre julho e janeiro. O valor é 11,2% maior do que os R$ 7,43 bilhões do mesmo período do ciclo anterior.

Acompanhe tudo sobre:AgriculturaAgronegócioPolítica agráriaTrigo

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo