A alta do preço da carne bovina no mercado interno, segundo o IBGE, incentivou o consumo da carne de frango e suína, de menor custo (Exame)
Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2011 às 09h24.
Rio de Janeiro - A agropecuária brasileira teve participação, em 2010, de 5,8% na composição do Produto Interno Bruto do país (PIB), a soma de todos os bens e serviços produzidos, que subiu 7,5% em relação a 2009. Em valores, o PIB do setor somou R$ 180,8 bilhões, um crescimento de 6,5% sobre o volume de recursos movimentado em 2009.
Os dados fazem parte da pesquisa Contas Nacionais Trimestrais, que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga hoje (26), sob a ótica das despesas. Segundo o IBGE, o aumento das demandas interna e externa por proteína animal fez com que o crescimento da bovinocultura, da avicultura e da suinocultura se destacasse também em 2010, mantendo uma tendência que vem sendo verificada desde a década passada.
Outra constatação é que a participação da atividade no PIB, embora proporcionalmente menor do que a da indústria (26,8%) e dos serviços (67,4%), mantém a importância em termos de geração de emprego, renda e ocupação do território nacional.
A alta do preço da carne bovina no mercado interno, segundo o IBGE, incentivou o consumo da carne de frango e suína, de menor custo. Ainda em relação aos suínos, o aumento do consumo no mercado interno vem sendo incentivado não só pelo preço, mas também pela maior disponibilidade de cortes nobres padronizados nos grandes centros urbanos.
A pesquisa Contas Nacionais Trimestrais constatou, ainda, que o aumento dos preços mundiais dos alimentos em 2010, entre os quais produtos ligados à agropecuária, decorreu, entre outros fatores, da utilização de áreas agricultáveis para a plantação de culturas destinadas à produção de biocombustíveis, aliada às adversidades climáticas como as secas ocorridas na China e na Rússia.
Também contribuíram para a alta dos preços dos alimentos as oscilações no preço do petróleo, a crise norte-americana e a desvalorização do real, segundo o IBGE.