Frigorífico: de acordo com o Ministério da Agricultura, nenhum dos frigoríficos liberados faz parte da relação das dez empresas suspensas pela Rússia em setembro (Diego Giudice/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 15 de outubro de 2013 às 16h07.
Brasília – Seis frigoríficos brasileiros já podem voltar a exportar carne bovina para a Rússia.
O Ministério da Agricultura autorizou o embarque de carne, miúdos e envoltórios naturais produzidos desde a última sexta-feira (11), data em que o Serviço Federal de Vigilância Sanitária e Fitossanitária da Rússia havia liberado a exportação pelos estabelecimentos.
O Ministério da Agricultura só estava aguardando o comunicado oficial das autoridades russas para permitir os embarques de mercadoria das seis empresas liberadas em quatro estados: São Paulo (JBS e Frigol), Mato Grosso do Sul (JBS e Marfrig), Goiás (JBS) e Mato Grosso (JBS). Segundo a pasta, a retomada das exportações indica um momento positivo nas discussões sobre o embargo da carne brasileira pela Rússia.
Após uma visita ao Brasil em julho, as autoridades russas enviaram relatório ao governo brasileiro em setembro avisando sobre a suspensão de nove unidades processadoras de carne bovina e uma de carne suína em diversos estados.
Na ocasião, o Ministério da Agricultura informou que se uniria ao setor privado para fornecer dados aos russos e que o Brasil buscaria sanar as inconformidades com as normas sanitárias do país.
De acordo com o Ministério da Agricultura, nenhum dos frigoríficos liberados faz parte da relação das dez empresas suspensas pela Rússia em meados de setembro. De acordo com a assessoria de comunicação do órgão, são unidades que estão sendo autorizadas pela primeira vez ou voltando a exportar.
Duas delas ficam em Mato Grosso do Sul, estado que, ao lado do Paraná e do Rio Grande do Sul, sofreu restrições do governo russo por um longo período para exportação de carne bovina, suína e de aves.
A Rússia é o segundo maior importador da carne bovina brasileira, atrás apenas de Hong Kong. Para mantê-la como mercado, o Brasil tem optado por adequar-se às exigências sanitárias do país, que são mais rigorosas do que as locais.