Economia

Novo ministro defende aperfeiçoamento e ampliação do Simples

Para Afif, se vier um simples para a doméstica, ele deveria ser estendido também para micro e pequenas empresas, "porque uma microempresa é uma grande família"


	"Já existe uma legislação. O que falta é uma integração. Falta é articulação para que aconteça, porque você vai precisar unir o fisco federal com os fiscos estaduais e municipais", disse Afif
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

"Já existe uma legislação. O que falta é uma integração. Falta é articulação para que aconteça, porque você vai precisar unir o fisco federal com os fiscos estaduais e municipais", disse Afif (REUTERS/Ueslei Marcelino)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2013 às 17h50.

Brasília - Em entrevista após tomar posse no Palácio do Planalto, no comando da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos anunciou que uma das suas prioridades será levar para a sua pasta o Departamento Nacional de Registro do Comércio (DNRC), que cuida das juntas comerciais.

Afif pregou ainda mudanças no sistema tributário do Simples. "O Simples precisa ser aperfeiçoado, ampliado e inclusive discutir a substituição tributária que acabou anulando o efeito de benefício da micro e pequena empresa".

Para ele, se vier um simples para a doméstica, ele deveria ser estendido também para as micro e pequenas empresas, "porque uma microempresa é uma grande família".

O objetivo, ao levar o DNRC para a nova secretaria, é facilitar o trabalho de abertura e fechamento de empresas. Este processo passará por uma discussão com a Receita Federal, onde está localizado o REDESIM (Rede Nacional para a Simplificação do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios), que Afif quer aprimorar.

Para facilitar o trabalho de abertura e fechamento de empresas, Afif disse que será necessária a unificação do fisco federal com os estaduais e municipais. "Já existe uma legislação. O que falta é uma integração. Falta é articulação para que aconteça, porque você vai precisar unir o fisco federal com os fiscos estaduais e municipais", disse.

Questionado se vai trabalhar por uma legislação trabalhista e tributária específica para micro e pequena empresa, Afif respondeu: "Na legislação trabalhista pela Constituição não foi inserido o dispositivo do tratamento diferenciado no campo trabalhista, mas foi inserido o tratamento diferenciado no campo administrativo. E nós temos hoje cerca de 35 operações coincidentes na área do próprio Ministério do Trabalho em termos de exigência feita por departamentos, sem levar em conta a simplificação. No campo administrativo, nós podemos pregar um Simples trabalhista que não mexa nos direitos do trabalhador".

Acompanhe tudo sobre:Empresas privadasLegislaçãoPequenas empresas

Mais de Economia

Contas externas têm saldo negativo de US$ 3,1 bilhões em novembro

Boletim Focus: mercado eleva estimativa de inflação para 2024 e 2025

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025