Economia

Aécio diz que, se eleito, discutirá subsídio às montadoras

Segundo Aécio, sua plataforma é a que tem as melhores condições de gerar emprego porque é baseadan na transparência fiscal e pelo absoluto respeito às regras


	Aécio Neves: país não pode se contentar em ter pleno emprego de dois salários mínimos, disse
 (Igo Estrela/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

Aécio Neves: país não pode se contentar em ter pleno emprego de dois salários mínimos, disse (Igo Estrela/Coligação Muda Brasil/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2014 às 17h46.

São Paulo - O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, afirmou nesta segunda-feira, 29, que se eleito pretende discutir os subsídios concedidos pelo governo federal às montadoras.

Em evento na Praça da Matriz, em São Bernardo do Campo, no ABC, berço de criação de seu maior adversário, o Partido dos Trabalhadores, o tucano criticou a forma como a gestão petista concedeu esses benefícios.

"Se eleito vou discutir todos os subsídios, os positivos que tiverem efeito na vida do trabalhador obviamente têm de ser mantidos, mas não da forma como vem sendo feito hoje. Onde os amigos do poder são beneficiados, enquanto o trabalhador e os cidadãos são penalizados."

O presidenciável tucano disse que reiterava seu compromisso com a retomada do crescimento para levar de novo confiança à classe trabalhadora e resgatar os empregos que estavam indo embora.

"Apenas no ABC ocorrem 100 demissões por dia e, nos últimos 12 meses, a indústria nacional demitiu mais de 80 mil trabalhadores porque o atual governo perdeu a capacidade de fazer o Brasil crescer", criticou.

Segundo ele, sua plataforma é a que tem as melhores condições de gerar emprego porque é baseada, dentre outras premissas, na transparência fiscal e pelo absoluto respeito às regras.

Nas críticas à gestão petista, principalmente o governo da adversária nessas eleições, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff, Aécio disse que o Brasil não pode se contentar em ser o país do pleno emprego de dois salários mínimos.

"O país não pode continuar com essa equação perversa de inflação alta e baixo crescimento, nossa proposta é a única que pode encerrar este ciclo perverso de um governo que está deseducando os brasileiros com relação à ética e aos valores", disse, emendando: "Estamos prontos para dar ao Brasil um governo honrado, decente e eficiente, não podemos viver no país da terceirização das responsabilidades, o atual governo se omite criminosamente na questão da segurança."

Pesquisas

Nessa reta final de primeiro turno, Aécio Neves vai concentrar esforços nos maiores colégios eleitorais do país, como São Paulo e Rio de Janeiro, além do seu estado Minas Gerais.

Apesar de estar em terceiro lugar nas recentes pesquisas de intenção de voto, atrás de Dilma Rousseff e da candidata do PSB, Marina Silva, o presidenciável tucano se disse animado porque sua campanha tem identificado um crescimento consistente de sua candidatura em todo o país.

"Está chegando a onda da razão e ela veio para ficar."

Debate

Aécio comentou também as pesadas declarações contra os homossexuais feitas pelo candidato do PRTB à Presidência da República, Levy Fidelix, no debate da noite deste domingo, 28, na Rede Record.

"Nosso repúdio absoluto àquelas declarações, como eu já disse, todo tipo de discriminação é homofóbica e é crime também."

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