O senador Aécio Neves (PSDB): "A decisão foi de certa fora esperada, tendo em vista tudo que aconteceu até agora" (Pedro França/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 25 de março de 2014 às 18h29.
Brasília - Um dos principais concorrentes na corrida presidencial do Brasil deste ano atribuiu nesta terça-feira, 25, a culpa pelo rebaixamento do rating de crédito do país à presidente Dilma Rousseff e seu governo, dizendo que eles foram incapazes de manter políticas macroeconômicas confiáveis.
"A decisão foi de certa fora esperada, tendo em vista tudo que aconteceu até agora", afirmou o senador Aécio Neves (PSDB). O provável candidato à presidência para as eleições de outubro foi entrevistado pelo Wall Street Journal no Congresso, em Brasília.
Aécio e Eduardo Campos (PSB) provavelmente vão concorrer com a atual presidente Dilma Roussef nas eleições, de acordo com pesquisas. Atualmente, ambos estão atrás de Dilma nas intenções de votos.
"Um crescimento econômico muito fraco, o retorno da inflação, a perda da credibilidade dos investidores no País e a falta de qualquer habilidade para avançar em reformas muito necessárias" levaram ao rebaixamento de ontem, afirmou Aécio ao WSJ. A agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou ontem o rating de crédito soberano do Brasil para BBB-, de BBB, com perspectiva estável.
Aécio também criticou o uso do que chamou de "manobras contábeis" pelo governo de Dilma para escorar as finanças do governo. Se eleito, Aécio prometeu manter um pulso firme sobre os gastos. O provável candidato disse que se concentraria em reduzir a inflação para mais perto do centro da meta, de 4,5%.
Durante o governo de Dilma, a taxa de desemprego no Brasil permaneceu em níveis historicamente baixos, em torno de 5,0%, e os salários subiram. No entanto, os preços aumentaram continuamente e a inflação anual está perto de 6,0%, enquanto o crescimento econômico geral tem sido fraco. Fonte: Dow Jones Newswires.