Economia

Acordo com Rússia ajuda mercado de petróleo, diz Arábia Saudita

ajudaram a assegurar um acordo entre a Opep e outros 10 países produtores para reduzir a oferta até o final de março de 2018

Khalid al-Falih: "o xisto vindo e entrando (no mercado) de novo em 2018 não me incomoda, de verdade. O mercado pode absorver isso" (Sergei Karpukhin/Reuters)

Khalid al-Falih: "o xisto vindo e entrando (no mercado) de novo em 2018 não me incomoda, de verdade. O mercado pode absorver isso" (Sergei Karpukhin/Reuters)

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Reuters

Publicado em 5 de outubro de 2017 às 10h48.

Moscou - Os mercados globais de energia podem suportar a crescente oferta de petróleo de xisto dos Estados Unidos no próximo ano, uma vez que a demanda tem crescido e acordos entre Rússia e Arábia Saudita ajudaram a estabilizar os preços, disse a Arábia Saudita nesta quinta-feira, sugerindo confiança sobre as perspectivas para a commodity.

A Arábia Saudita e a Rússia, maior produtores mundiais de petróleo, ajudaram a assegurar um acordo entre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e outros 10 países produtores para reduzir a oferta até o final de março de 2018, em um esforço para reduzir um excedente de produção global que pesou sobre os preços.

O ministro de Energia saudita, Khalid al-Falih, cujo país é o líder de fato da Opep, disse que ele vê como bem vinda a contribuição do petróleo de xisto dos EUA para a oferta, uma vez que a demanda global está em alta.

"O xisto vindo e entrando (no mercado) de novo em 2018 não me incomoda, de verdade. O mercado pode absorver isso", disse ele, falando ao lado do ministro russo de Energia, Alexander Novak, em um painel durante evento do setor de energia em Moscou.

"Nós temos visto uma redução estável nos estoques. Nós vemos que quando entrarmos no quarto trimestre a oferta será menor que a demanda, e os estoques estão caindo ao redor do mundo", disse Falih.

Os comentários vêm um dia após o presidente russo Vladimir Putin dizer que o acordo para cortes de produção pode ser ampliado até o final de 2018, um período maior do que vem sendo sugerido por outros.

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