Energia: especialista aponta que crise é resultado condições climáticas adversas e descontratação de diversas empresas (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 5 de agosto de 2014 às 14h12.
São Paulo - O presidente do Instituto Acende Brasil, Claudio Sales, afirmou nesta terça-feira, 05, durante o Fórum Estadão sobre infraestrutura, que os empréstimos feitos às distribuidoras de energia elétrica este ano devem significar um aumento adicional de 11% nas tarifas em 2015, fora o reajuste anual normal.
Ele explica que as distribuidoras receberam R$ 10,6 bilhões do Tesouro e mais R$ 17,7 bilhões de um pool de bancos privados, totalizando quase R$ 28,4 bilhões.
Em uma conta rápida, Sales explicou que cada R$ 1 bilhão equivale a um aumento de 1% nas tarifas, mas como o reajuste será repassado aos consumidores ao longo de quase três anos, o de 2015 deve ficar perto dos 11% citados.
O especialista aponta que a crise no setor é resultado de fatores como as condições climáticas adversas, a descontratação de diversas empresas e condições estabelecidas na MP 579, de 2012.
Nesse cenário, a pressão sobre as distribuidoras, que tiveram de comprar energia mais cara no mercado à vista, superou muitas vezes a capacidade de geração de caixa dessas companhias.