Economia

Abrapa diz que acordo sobre algodão foi o possível

Segundo presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão, o que os produtores esperavam era que o governo dos EUA retirasse os subsídios


	Algodão: Brasil não questionará mais os EUA na OMC enquanto vigorar nova Farm Bill, até 2019
 (Ricardo Campo/Getty Images)

Algodão: Brasil não questionará mais os EUA na OMC enquanto vigorar nova Farm Bill, até 2019 (Ricardo Campo/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2014 às 17h47.

São Paulo - O setor do algodão avalia que o acordo assinado nesta quarta-feira, 1, entre Brasil e Estados Unidos foi o possível para contornar a resistência do governo norte-americano em cumprir a determinação da Organização Mundial de Comércio (OMC) de redução de subsídios dados a cotonicultores.

"Nós, produtores de algodão, não queremos ser empecilho para as relações bilaterais entre Brasil e Estados Unidos", disse hoje ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Gilson Pinesso.

Segundo ele, o que os produtores esperavam era que o governo dos EUA retirasse os subsídios.

"Como isso não aconteceu, chegamos a essa decisão, alinhados com o governo brasileiro", afirmou.

Pinesso disse que cotonicultores brasileiros entenderam que os americanos não iriam mudar a política agrícola em função dos questionamentos dos brasileiros.

A lei agrícola norte-americana (Farm Bill) em vigor prevê que o governo subsidie o prêmio de seguro aos produtores numa proporção de até 80%.

"Não adianta ficar questionando na OMC se eles não cumprem as determinações", completou.

Pinesso contou que o que foi acertado entre os dois países foi acordado pelo setor produtivo em assembleia.

Conforme o acordo, em troca do pagamento final de US$ 300 milhões o Brasil não questionará mais os Estados Unidos na OMC enquanto vigorar a nova Farm Bill, até 2019.

Os recursos correspondem ao montante não pago pelos norte-americanos entre agosto e setembro do ano passado, quando o país adotou corte automático de gastos até que o Congresso dos Estados Unidos aprovasse a elevação do limite da dívida do governo.

Acompanhe tudo sobre:AlgodãoNegociaçõesOMC – Organização Mundial do ComércioSubsídios

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor