Economia

Abradee espera que empréstimo cubra risco hidrológico

Setor de energia espera que o risco hidrológico que vem sendo pago pelas companhias de distribuição passe a ser coberto pelo empréstimo


	Represa de Paraibuna, da usina hidrelétrica operada pela CESP, em Paraibuna
 (Marcos Issa/Bloomberg News)

Represa de Paraibuna, da usina hidrelétrica operada pela CESP, em Paraibuna (Marcos Issa/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2014 às 21h44.

Brasília - O presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), Nelson Leite, disse nesta quarta-feira, 20, após reunião no Ministério de Minas e Energia (MME), que o setor espera que o risco hidrológico que vem sendo pago pelas companhias de distribuição passe a ser coberto pelo empréstimo viabilizado pelo governo a partir da liquidação de setembro, referente a julho.

Leite se encontrou com o secretário-executivo do MME, Márcio Zimmermann, para reafirmar o pleito das distribuidoras em relação a uma conta que deve chegar a R$ 1,8 bilhão até o fim deste ano, mas que não está contemplada na lei que permitiu à Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) captar junto aos bancos dois empréstimos para o setor, que somam R$ 17,8 bilhões em 2014.

"A alternativa seria mudar a lei para incluir o risco hidrológico ou um novo empréstimo. Estamos negociando ainda, mas acredito que tudo estará equacionado até a liquidação dos valores de julho, no mês que vem", disse Leite.

Os empréstimos bilionários servem para cobrir o rombo das distribuidoras com a exposição involuntária ao mercado de curto prazo pela frustração do leilão de energia no fim do ano passado e o alto custo do despacho das usinas térmicas devido à estiagem que atinge os reservatórios das principais hidrelétricas do País.

Já o risco hidrológico é a diferença entre a garantia física das usinas cujas concessões foram renovadas antecipadamente pelo governo e a energia que efetivamente está sendo gerada.

Antes do pacote de 2012, esse risco era exclusivo dos geradores, mas com a mudança das regras, esse custo passou para os consumidores, por meio das tarifas cobradas pelas distribuidoras.

Até que os valores sejam repassados nas contas de luz nos reajustes anuais, as empresas estão tendo que arcar com esse gasto com seus próprios caixas.

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