Economia

Abiquim vê déficit comercial recorde para a indústria

Projeção é baseada em estimativas de que as importações de químicos somarão US$ 46,4 bilhões


	Containers em porto: exportação de produtos químicos deve encolher 4,1% em igual base comparativa
 (REUTERS/Andres Stapff)

Containers em porto: exportação de produtos químicos deve encolher 4,1% em igual base comparativa (REUTERS/Andres Stapff)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2013 às 11h02.

São Paulo - O déficit comercial da indústria química brasileira deve alcançar o patamar recorde de US$ 32,2 bilhões em 2013, previu a Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), nesta sexta-feira, 6, reforçando estimativa anunciada semanas atrás.

A projeção é baseada em estimativas de que as importações de químicos somarão US$ 46,4 bilhões, novo recorde histórico, e exportações totais de US$ 14,2 bilhões. Se a previsão da Abiquim se confirmar, a importação deste ano registrará expansão de 7,9% em relação aos dados de 2012. Já a exportação deve encolher 4,1% em igual base comparativa.

"Temos enfrentado o problema ocasionado pelas importações, que já está chegando a 35% do mercado brasileiro. Além disso, as importações estão próxima de um patamar de US$ 48 bilhões, o equivalente ao mercado da Espanha", comparou o presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo, durante a abertura do 18º Encontro Anual da Indústria Química (Enaiq 2013) realizado hoje.

A Espanha é o 14º maior mercado da indústria química mundial, enquanto o Brasil ocupa a sexta colocação. O ranking é liderado pela China, com números dez vezes maiores do que os brasileiros, seguida por Estados Unidos, Japão, Alemanha e Coreia.

Quando considerada apenas a balança comercial do segmento de produtos de uso industrial, o déficit neste ano deve alcançar US$ 25,2 bilhões, resultado de US$ 37,1 bilhões em importações e US$ 11,9 bilhões em exportações.

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