Economia

Importação de produtos químicos cai em setembro, diz Abiquim

Os produtos químicos mais importados foram os intermediários para fertilizantes, cujas compras externas totalizaram US$ 750 milhões no mês


	Produtos químicos: déficit na balança comercial do setor, até setembro, chegou a US$ 23,2 bi
 (Jock Fistick/Bloomberg)

Produtos químicos: déficit na balança comercial do setor, até setembro, chegou a US$ 23,2 bi (Jock Fistick/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 16h47.

São Paulo - O Brasil importou US$ 4,2 bilhões em produtos químicos em setembro, o que significa queda de 1,4% em relação a agosto deste ano, mas aumento de 8,9% na comparação com setembro de 2013, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).

Os produtos químicos mais importados foram os intermediários para fertilizantes, cujas compras externas totalizaram US$ 750 milhões no mês.

Já as exportações, de US$ 1,3 bilhão, em setembro, registraram aumento de 11,3% na comparação com agosto e de 12,2% em relação ao mesmo mês de 2013.

No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos somam US$ 34,1 bilhões, redução de 1,0% frente ao mesmo período de 2013, enquanto as vendas externas alcançaram US$ 10,8 bilhões, valor 1,9% superior ao registrado entre janeiro e setembro de 2013.

O déficit na balança comercial de produtos químicos, até setembro, chegou a US$ 23,2 bilhões, valor 2,4% abaixo do registrado em igual período de 2013.

Nos últimos 12 meses (outubro de 2013 a setembro deste ano), foi registrado déficit de US$ 31,4 bilhões, confirmando estabilidade observada nos últimos meses, diz a Abiquim.

O presidente-executivo da Abiquim, Fernando Figueiredo, diz, no comunicado, que a renovação em caráter permanente do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) estimulará exportações industriais brasileiras, mas a alíquota geral de restituição de 3% ainda é insuficiente para desonerar as vendas externas de produtos químicos.

"Entendemos que o Reintegra permanente instala ambiente de segurança jurídica e permite objetivamente o planejamento empresarial de longo prazo de exposição ao mercado externo. Contudo, ainda é necessário adequar o regime a um patamar que corresponda à realidade dos tributos pagos e não recuperados do processo de industrialização, principalmente em cadeias longas como a indústria química", destaca.

Ainda segundo a entidade, os produtos químicos responderam por 19,6% de todas as importações brasileiras (US$ 174,3 bilhões) e por 6,2% de todas as exportações (US$ 173,6 bilhões) realizadas pelo país de janeiro a setembro.

Acompanhe tudo sobre:Comércio exteriorDéficit comercialExportaçõesImportaçõesQuímica e petroquímica

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto