Indústria química: déficit equivale a um avanço de 17,6% em relação ao mesmo período do ano passado (Oliver Bunic-Bloomberg/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 16 de maio de 2018 às 20h00.
São Paulo - A balança comercial de produtos químicos registrou déficit de US$ 7,5 bilhões nos quatro primeiros meses de 2018, de acordo com dados preliminares da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).
De janeiro a abril, o Brasil importou US$ 12,1 bilhões em produtos químicos - o maior valor registrado para o período desde 2014 -, enquanto as exportações totalizam US$ 4,6 bilhões. O motivo foi o aumento dos preços dos produtos importados.
O déficit equivale a um avanço de 17,6% em relação ao mesmo período do ano passado - entre janeiro e abril de 2018, o preço dos produtos químicos importados subiu em média 33,7% ante 2017. No acumulado dos últimos 12 meses (maio de 2017 a abril de 2018), o déficit é de US$ 24,6 bilhões, confirmando a tendência de alta.
"O expressivo aumento dos preços de importados em todos os grupos de produtos químicos acompanhados é o principal fator que responde pela elevação do valor importado para mais de US$ 12 bilhões, maior montante para o período entre janeiro e abril desde 2014", afirma, em nota, Denise Naranjo, diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim.
Os intermediários para fertilizantes permanecem como o principal grupo da pauta de importação brasileira de produtos químicos, com compras de US$ 1,6 bilhão de janeiro a abril, queda de 17,1% em relação ao mesmo período de 2017.
Já o grupo das resinas termoplásticas foi o mais exportado pelo País, com vendas de US$ 694,2 milhões entre esses meses, e uma retração de 12,2% em relação ao mesmo intervalo de tempo de 2017.
De janeiro a abril, os produtos químicos responderam por 22,3% do total de US$ 54,2 bilhões em importações e 6,1% dos US$ 74,5 bilhões em exportações realizadas pelo País.
As importações de produtos químicos movimentaram 11,5 milhões de toneladas e o volume das exportações chegou a 4,9 milhões de toneladas, retrações respectivamente de 15,9% e de 10,0% em relação aos quatro primeiros meses de 2017.