Trump: o imposto federal sobre as sociedades diminuirá de 35% para 21% (Jonathan Ernst/Reuters)
AFP
Publicado em 19 de dezembro de 2017 às 19h41.
Última atualização em 20 de dezembro de 2017 às 19h23.
A Câmara de Representantes aprovou nesta nesta terça-feira (19) uma ampla reforma fiscal, a tempo de cumprir com a promessa do presidente Donald Trump de fazer uma grande diminuição de impostos antes do Natal, embora sua aplicação aconteça em 2018.
Veja a seguir cinco elementos-chave para compreender a reforma, apresentada como a mais ambiciosa desde 1986.
O imposto federal sobre as sociedades diminuirá de 35% para 21%. Essa é a parte da reforma que Donald Trump confia que sirva para impulsionar o crescimento, embora a maior parte das empresas não pague a taxa completa graças às deduções fiscais.
É o custo líquido da diminuição de impostos para as finanças públicas no período 2018-2027, segundo uma comissão parlamentar. Espera-se que o déficit federal cresça e, segundo muitos analistas, a reativação prevista de crescimento não irá gerar o suficiente para compensar totalmente a falta de lucro fiscal.
A dívida pública federal alcançará entre 95% e 98% do PIB em 2027, segundo o Comitê por um Orçamento Responsável, frente aos 91% se mantiver a lei vigente e os 77% atuais.
É a taxa máxima de imposto sobre a renda. A mais baixa ficará em 10%, enquanto a mais alta passará de 39,6% para 37% para as rendas superiores a 600 mil dólares anuais para um casal casado. Nos Estados Unidos os impostos são retidos na fonte e, por isso, o governo anunciou que a sua diminuição será refletida nos salários a partir de fevereiro.
Será o poder de compra adicional para uma família de classe média, segundo o presidente da Câmara de Representantes e defensor da reforma, Paul Ryan. Analistas independentes estimam que todos os níveis de renda verão diminuir seus impostos em 2018, embora a maioria também veja como essas vantagens se desvanecerão na próxima década pela inflação e expiração de alguns artigos.
A diminuição de impostos para os particulares chegará ao fim em 2026 e os legisladores se opuseram a encontrar uma fórmula que a tornasse permanente.