Economia

A defasagem no preço da gasolina restringe a Petrobras

Petrobras perde 1,5 bilhão de reais por mês com a defasagem dos preços dos combustíveis

Estoques de gasolina recuaram 4,029 milhões de barris, somando 218,4 milhões de barris, contra uma queda de 1,486 milhão de barris esperada (Getty Images)

Estoques de gasolina recuaram 4,029 milhões de barris, somando 218,4 milhões de barris, contra uma queda de 1,486 milhão de barris esperada (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 13h36.

São Paulo - A política de reajustes da Petrobras -- que, por orientação do governo, tem evitado elevar seus preços para não pressionar a inflação - gera perdas de receitas para a estatal de 1,5 bilhão de reais por mês, segundo estimativa de Marco Tavares, diretor da consultoria Gas Energy. “A Petrobras enfrenta um processo de restrição de caixa bastante perigoso”, diz Tavares. 

Esses subsídios, que é a forma como a falta de reajustes é encarada, estão presentes na comercialização do GLP, da gasolina e do diesel, segundo o especialista. Para Tavares, a manutenção dessa política do governo por muito tempo pode causar problemas para a Petrobras, como a falta de recursos para investimentos.

Uma das saídas para compensar esses subsídios seria a redução do preço do barril no mercado internacional, que reduziria a diferença entre o que é cobrado aqui e lá fora. 

É também por conta dessa política que a consultoria acredita que não há investimentos privados nas refinarias – as que estão em construção ou em projetos são de responsabilidade apenas da Petrobras.

Embora essa atividade não seja alvo de monopólio, não haveria interesse das empresas porque há no país uma política de precificação dos derivados que reduziriam ou limitariam os ganhos. “Dessa forma, o Brasil perde oportunidade de trazer investimentos internacionais”, afirma Tavares.

Em sua avaliação, os leilões para a exploração de petróleo no Brasil, incluindo a área do pré-sal, têm atraído menos interessados devido ao modelo que foi escolhido para a concorrência, em que a Petrobras deve ter sempre uma participação no consórcio vencedor. Com isso, as tomadas de decisão sempre levarão em conta a política de preços e exploração do governo brasileiro. 

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