Economia

Crise econômica de Minas Gerais seria desafio para Janot

Para enfrentar Pimentel, possível candidato à reeleição, Rodrigo Janot, estaria sendo sondado por diversos partidos

Rodrigo Janot: o procurador deve ser convidado pela Rede para concorrer ao governo de Minas Gerais (Adriano Machado/Reuters)

Rodrigo Janot: o procurador deve ser convidado pela Rede para concorrer ao governo de Minas Gerais (Adriano Machado/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 06h28.

Última atualização em 25 de agosto de 2017 às 10h40.

Mais um estado tenta hoje sair das cordas em termos financeiros. O governo de Minas Gerais paga hoje a segunda parcela do salário de julho dos servidores públicos que ganham acima de 3.000 reais. O pagamento deveria ter sido feito na quarta-feira, mas não foi depositado por falta de dinheiro nas contas do Executivo estadual. O estado, governado por Fernando Pimentel (PT), passa por uma crise crônica em suas finanças e os atrasos acontecem pelo menos desde o início de 2016.

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Mesmo com a crise e envolvido em escândalos de corrupção, Pimentel deve tentar a reeleição em 2018 caso não seja impedido pela Justiça – recentemente, foi citado inclusive como presidenciável pelo ex-presidente Lula. Caso venha a ser candidato ao governo do estado novamente, ele pode ter um concorrente de peso. O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, estaria sendo sondado por diversos partidos. EXAME noticiou em sua última edição, nas bancas desde ontem, que a Rede lhe fará um convite ao término de seu mandato de procurador, no fim de setembro.

Janot nunca deu indícios de que entraria para a política. Desde que sua atuação passou a tornar-se mais popular, no entanto, políticos tentam imaginar seu próximo passo. O grupo ligado a Michel Temer o coloca como candidato ao governo de Minas há muito tempo, com intenção de afirmar que sua atuação à frente do órgão tem cunho político.

Este mesmo grupo conta os dias à espera a segunda denúncia de Janot contra o presidente. Por algum tempo, políticos chegaram a avaliar que o procurador estava enfraquecido demais politicamente e por isso deixaria de fazê-la, mas agora é uma questão de quando. O texto base já está sendo elaborado. A dúvida é quanto aos crimes que serão incluídos, provavelmente organização criminosa e obstrução de Justiça. É certo que a delação do doleiro operador do PMDB, Lúcio Funaro, fechada nesta semana, será inclusa. Janot permanece no cargo até o dia 17, quando assume a nova procuradora-geral, Raquel Dodge. Até lá, novas flechas devem ser lançadas em direção ao Planalto.

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