Nesta segunda, Trump pediu a seu governo que identificasse US$ 200 bilhões em bens importados da China para serem penalizados com tarifas de 10% (Feng Li/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de junho de 2018 às 14h26.
Última atualização em 19 de junho de 2018 às 14h42.
Washington - Principal assessor de comércio da Casa Branca, Pete Navarro afirmou nesta terça-feira que a China subestimou a capacidade de resolução aprovada ontem pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gerar uma mudança estrutural nas relações econômicas entre os dois países.
"Temos uma disputa comercial, nada mais, nada menos. (...) A China tem muito mais a perder do que nós", indicou Navarro, comentando a decisão de Trump de impor uma tarifa de 10% sobre produtos importados da China, totalizando US$ 200 bilhões.
Para Navarro, o governo de Xi Jinping pode ter subestimado a resolução de Trump ao anunciar represálias. O assessor, no entanto, reconheceu que as conversas realizadas até o momento não deram resultados concretos para resolver o impasse.
"A realidade fundamental é que falar é fácil. O presidente tomou a ação em nome do povo americano e é uma defesa necessária das joias da coroa da tecnologia e da propriedade intelectual americana frente ao roubo dos chineses", ressaltou Navarro.
O assessor fez parte da delegação americana que viajou para a China para tentar diminuir as tensões comerciais entre os países.
Trump já impôs na semana passada tarifas de 25% sobre os produtos chineses, com um valor total de US$ 50 bilhões. A China retaliou adotando encargos idênticos sobre as importações americanas.
As duas maiores potências econômicas do mundo estão cada vez mais próximas de uma guerra comercial devido às tarifas que os EUA estão impondo sobre as importações chinesas. As medidas elevaram a inquietação mundial sobre seus possíveis efeitos sobre a economia global.
Trump considera que o déficit comercial americano com a China, de US$ 376 bilhões, é inaceitável e deve ser equilibrado.