São Paulo - A
inflação de junho
divulgada hoje foi uma boa notícia: os 0,35% são menos da metade do mês anterior (0,78%) e de junho do ano passado (0,79%). Mas enquanto o
IPCA acumulado cai mês a mês na comparação com 2015, o contrário acontece entre os
alimentos e bebidas, grupo com o maior peso na cesta. Alguns itens estão disparando, entre eles todos os tipos de feijão, afetados por estiagens prolongadas e altas temperaturas,
segundo levantamento da safra 2015/2016, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) há um mês. Há cerca de duas semanas, o presidente interino Michel Temer usou a hashtag #TemerBaixaOPreçoDoFeijão para anunciar pelo Twitter a
liberação da importação do produto. Como os países do Mercosul já são isentos de tarifa, o que ele fez foi estender essa abertura para países de fora do bloco e que produzam feijão, como a China. No entanto, o impacto da medida será limitado pelo tipo de consumo do brasileiro e pela disponibilidade internacional. "Vamos ter preços elevados do feijão até agosto", prevê Carlos Alberto Salvador, engenheiro agrônomo do Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura do Paraná,
para o Estadão Conteúdo. Veja a seguir quais são os 9 alimentos que subiram mais de 20% só no primeiro semestre de 2016 e quais foram as altas em maio, junho, no ano e no acumulado de 12 meses: