São Paulo - A seleção brasileira joga hoje em casa contra os chilenos para garantir sua vaga nas quartas de final. É uma boa hora para lembrar o que nós temos que eles não tem (além de cinco títulos de Copa do Mundo). Veja a seguir nossas peculiaridades na economia, política, ambiente e educação:
Os números do Chile empalidecem diante do gigantismo brasileiro. Nossa população é 13 vezes maior que a chilena, nosso território é 11 vezes o deles e a economia brasileira, a 7ª maior do mundo, é 8 vezes maior que a chilena. No entanto, nosso PIB per capita de US$ 11.300 perde para o deles, de US$ 15.400.
No Brasil, 75% da energia elétrica vem de fonte hidrelétrica - 3 vezes a taxa do Chile, que acaba dependendo de plantas termelétricas abastecidas com petróleo, carvão e gás natural importados. Para mudar esse quadro, o país estabeleceu uma meta de produzir 20% da sua energia com fontes renováveis até 2025 e para isso, está investindo pesado em projetos de energia solar.
O Chile não produz sequer um único carro por ano. Ele "não oferece condições estruturais favoráveis à fabricação de veículos de uma maneira competitiva", diz a diretora-administrativa no país da GM, que fechou sua fábrica no país em 2008. No Brasil, 3,7 milhões de carrosforam produzidos no ano passado, apesar da indústria não estar em seu melhor momento.
A maior floresta tropical do mundo ocupa 40% do nosso território é lar para 1 em cada 10 espécies conhecidas pela ciência. Apesar de uma piora recente, o Brasil está conseguindo melhorar a proteção a este patrimônio: o desmatamento caiu 70% desde 2005.
No Chile, não há universidades sem cobrança de mensalidades e plenamente mantidas pelo dinheiro de impostos, como a USP. A ditadura nos anos 80 criou um esquema em que instituições são mantidas principalmente com pagamentos das famílias e programas de crédito, bolsas e subsídios servem de auxílio. O sistema é alvo constante de protestos e tema de uma reforma prometida pelo governo.
É fato que o Chile tem um futebol forte (ou não teria nem passado da primeira fase), mas nunca ganhou uma Copa do Mundo e não tem em sua seleção nenhum destaque, muito menos do porte de um Neymar. O ídolo brasileiro de 22 anos que joga pelo Barcelona divide com Lionel Messi o posto de principal artilheiro da Copa, cada um com 4 gols até agora.
No Brasil, a Constituição de 1988 manteve a tradição do voto obrigatório, que acaba levando um número maior de pessoas às urnas. No Chile, o voto obrigatório foi abolido em 2011. Qual é melhor? É uma questão aberta, com defensores dos dois lados.
Luiz Marinho afirmou, contudo, que PEC em discussão na Câmara precisa ser debatida 'com cautela'; no início da semana, pasta defendeu negociação em convenção coletiva