Supermercado Zaffari, em Porto Alegre (Leandro Fonseca/Exame)
Agência de notícias
Publicado em 1 de janeiro de 2025 às 13h17.
Pesquisa divulgada pelo Datafolha aponta que 61% dos brasileiros consideram que a economia do país está no caminho errado. Por outro lado, 32% dos entrevistados avaliam que o rumo está correto, e 6% não souberam responder.
Sobre a percepção da situação econômica nos últimos meses, 45% dos entrevistados disseram que ela piorou, 31% consideram que permaneceu como estava, e 22% acreditam que houve melhora.
Apesar dos números apresentados pelo Datafolha, a previsão do PIB deste ano ficou acima das expectativas. Em seu Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado em dezembro, o Banco Central elevou a projeção de crescimento da economia brasileira em 2024. A estimativa passou de alta de 3,2% para 3,5%. Para 2025, a previsão passou de 2,0% para 2,1%. As projeções anteriores foram realizadas em setembro.
O Datafolha aponta ainda que o otimismo do brasileiro em relação ao próximo ano caiu para o menor patamar desde 2020. Pela primeira vez em cinco levantamentos feitos pelo instituto, menos da metade dos entrevistados (47%) acredita que a população terá uma situação melhor em 2025, enquanto 25% preveem uma piora. Já 25% acreditam que o cenário permanecerá igual, e apenas 3% dos entrevistados não souberam opinar.
Além disso, a pesquisa revelou que 67% dos participantes acreditam que a inflação deve aumentar em 2025. Outros 21% creem que a inflação permanecerá como está, e 9% esperam uma redução.
Quando o assunto é o desemprego, a maioria dos entrevistados (41%) acredita que ele deve aumentar em 2025, enquanto 33% acham que a taxa ficará estável e 24% esperam uma redução. No entanto, o desemprego nunca esteve tão baixo no país, atingindo em novembro o menor patamar da História com taxa de 6,1%, segundo dados do IBGE
No mesmo mês, o Brasil abriu 106.625 vagas de emprego com carteira assinada, 12% a menos que no ano passado. A abertura de vagas foi concentrada nos setores de comércio e serviços. Apesar do recuo na comparação mensal, houve crescimento de 22% na criação de empregos nos últimos 12 meses, com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Sobre o poder de compra, 39% acreditam que ele irá diminuir, 31% acham que permanecerá no mesmo nível, e apenas 27% esperam que aumente.
A pesquisa foi realizada com 2.002 entrevistas feitas entre os dias 12 a 13 de dezembro de 2024, em 113 municípios do Brasil. A margem de erro é de dois pontos percentuais e o nível de confiança é de 95%.