Economia: 49% esperam recuperar a situação financeira do período pré-pandemia em até um ano (Eduardo Frazão/Exame)
Agência O Globo
Publicado em 12 de junho de 2020 às 11h14.
Última atualização em 12 de junho de 2020 às 13h07.
Quatro em cada dez brasileiros (43%) acreditam que a economia brasileira só vai se recuperar dos estragos causados pela pandemia do novo coronavírus após dois anos. Mas quase cinco em cada dez (49%) avaliam que poderão recuperar a situação financeira pessoal ou da família do período pré-pandemia em até um ano.
A conclusão é de uma pesquisa feita pela Federação Brasileira dos Bancos (Febraban) para avaliar as expectativas de mudanças de comportamento econômico-financeiro depois da pandemia.
A maioria dos entrevistados disse que vai manter ou até aumentar a frequência em supermercados (78%) e salões de beleza (64%). Em relação a bares e restaurantes, 47% afirmaram que a frequência será mantida ou aumentada, mas 46% disseram que pretendem diminuir esse tipo de lazer.
Em relação aos shoppings, que reabriram na quinta-feira em capitais como São Paulo e Rio, 47% disseram que a frequência será mantida e aumentada e 45% afirmaram que vão reduzir a frequência.
Apenas 8% dos entrevistados afirmaram que não tiveram alteração financeira durante a pandemia, o que mostra que a maior parte dos brasileiros teve alguma perda de renda, seja familiar ou pessoal.
A pesquisa mostrou que as pessoas serão cautelosas quanto a recorrer a financiamentos bancários para comprar bens de maior valor. Entre 84% e 82% dos entrevistados afirmaram que não pretendem recorrer a empréstimos para comprar moto ou carro (84%), casa ou apartamento (83%) e material de construção (82%).
Também em relação a modalidades de financiamentos como crédito consignado, cheque especial e empréstimo pessoal, a maioria "acha que não vai usar". Entre os entrevistados, 79% avaliam que não usarão consignado, 86% o cheque especial e, 80%, o empréstimo bancário.
A pesquisa foi feita entre os dias 1 e 3 de junho com mil pessoas de todas as regiões do país, com idades entre 18 e mais de 60 anos. Todos os entrevistados são bancarizados, ou seja, têm conta em banco. A margem de erro da pesquisa é de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos e o índice de confiança é de 95,5%.