Energia: os custos do sistema com o chamado risco hidrológico e outros gastos serão repassados para as bandeiras tarifárias (Rodolfo Goulart sabatino/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2015 às 10h47.
Brasília - Mais de 30 distribuidoras de eletricidade já apresentaram pedidos de revisão extraordinária das tarifas à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), informou nesta sexta-feira, 6, o diretor do Agência, Reive Barros. A expectativa é de que todas as companhias do setor entreguem pleitos à agência até o fim deste mês.
Barros está apresentando proposta de metodologia para revisão extraordinária das tarifas cobradas nas contas de luz. Os cálculos deverão considerar a cobertura de R$ 23,21 bilhões dos R$ 25,961 bilhões previstos no orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em 2015.
Como o Tesouro Nacional não fará aportes ao fundo este ano, esse gasto precisa começar a ser pago o quanto antes pelos consumidores.
"Sem a revisão extraordinária, as empresas passarão por problemas financeiros que podem colocar em risco todo o sistema. Podemos ter uma situação de colapso do setor elétrico como um todo", avaliou Barros.
Por outro lado, os custos do sistema com o chamado risco hidrológico e outros gastos serão repassados para as bandeiras tarifárias, cuja proposta de aumento foi colocada em audiência pública nesta sexta-feira, 6, pela Aneel.
Sem essa operação de troca de contas, os reajustes na conta de luz em 2015 - o ordinário anual mais o extraordinário - poderiam chegar a 60%.