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1. 1 - Bahrein
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1/10 (Divulgação)
O país mais pobre do Oriente Médio é também o que mais sofre com a escassez de água, segundo o
ranking da Maplecroft. Mais da metade do território do Bahrein é desértico ou semidesértico. Em meio a crescente demanda pelo recurso, associada ao aumento populacional, os especialistas temem o surgimento de conflitos hídricos na região, que vive basicamente da exportação de petróleo. No interior, um pouco mais úmido, produz-se sorgo (um cereal) para consumo interno e algodão para exportação, mas com dificuldade.
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2. 2 - Qatar
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2/10 (Getty Images)
No Qatar, a escassez de água é apontada pela Orgnização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) como o principal problema. A ausência de rios perenes faz com que a agricultura seja quase inteiramente dependente de irrigação com água bombeada. Estima-se que os aquíferos de Qatar se esgotarão entre 20 e 30 anos, se mantidas as taxas atuais de retirada das águas subterrâneas. Além disso, o aumento do desenvolvimento urbano e rural tem levado à poluição das fontes.
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3. 3 - Kuwait
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3/10 (Getty Image)
O pequeno país do Oriente Médio e rei do petróleo corre "risco extremo" de desabastecimento de água, segundo o relatório da Maplecroft. Rodeado pelo deserto, o Kuwait é considerado o país mais seco do mundo e o único onde não existe água doce. Não há, ao longo de seus 18 mil km² de território, nenhuma reserva, rios ou lagos, nem mesmo aquíferos subterrâneos de água doce. Aproximadamente 75% de toda a água potável consumida no país precisa ser dessalinizada ou importada. Essa é uma questão estratégica devido às altas temperatura da região, à falta de chuva e à deteriorização do solo para cultivo. A escassez de água doce é, inclusive, o principal entrave para o desenvolvimento da agricultura no país.
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4. 4 - Líbia
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4/10 (Getty Images)
Como um país desértico, a Líbia sofre para encontrar água fresca. Seus recursos hídricos, além de limitados, são mal distribuídos pelo território. Para se ter uma ideia, a água de superfície responde por menos de 3% do consumo total do país. Já os aquíferos subterrâneos dão conta dos 97% do abastecimento para agricultura, indústria e uso doméstico. Desde 1960, contundo, os níveis de água veem variando ano a ano devido à irrigação intensiva. A queda anual nos níveis de água varia entre 0,5 m e 5 metros, o que muitas vezes leva ao ressecamento de aquíferos superficiais ou permite a invasão de água salina.
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5. 5 - Djibouti
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5/10 (Getty Images)
O quinto país à beira da seca, segundo o ranking da Maplecroft, é vizinho da Etiópia e da Somália. Com clima quente e seco durante todo o ano, Dijibouti não possui rios perenes e registra apenas 150 mm de chuva por ano – volume que uma única tempestade forte despeja sobre São Paulo em apenas 24hs. Pior, em Dijibouti, essa água evapora antes mesmo de chegar aos lençóis freáticos, cujo acesso por comunidades locais, bem como para a produção agrícola e precuária em pequena escala, não é nada fácil.
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6. 6 - Emirados Árabes
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6/10 (Wikimedia Commons)
A escassez de água é uma das questões que mais têm determinado as opções tecnológicas dos Emirados Árabes, confederação no Golfo Pérsico formada por Abu Dhabi, Dubai, Sharjah, Ajman, Umm al-Quwain, Ras al-Khaimah e Fujairah. O clima do país é árido, com temperaturas muito elevadas no verão. Para driblar este cenário nada favorável, os Emirados têm investido em unidades de dessalinização da água do mar. Só Dubai deverá investir cerca de 20 milhões de dólares neste sistema nos próximos sete anos. Até 2025, etima-se que será necessário investir 200 milhões de dólares em programas de infraestrutura e de tratamento de esgoto.
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7. 7 - Iêmem
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7/10 (Getty Images)
O Iêmem é a sétima nação do mundo em risco extremo de secar. Mantidos os ritmos atuais de extração, os poços que abastecem a capital Sanaa podem praticamente desparecer nos próximos dez anos. Conflitos civis são a principal efeito de uma oferta de água que não acompanha o crescimento populacional, um dos mais elevados do mundo, com taxa de crescimento 3,46 por cento em 2008.
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8. 8 - Arábia Saudita
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8/10 (Getty Images)
A Arábia Saudita é outro país que vive a crise da água de forma dramática. Pela falta de corpos hídricos na superfície, o abastecimento de água potável para o consumo e para outras atividades agrícolas e industriais é quase que totalmente garantido por fontes subterrâneas. Hoje, 90% da água de poços profundos é utilizada para fins agrícolas. O problema é que esse recurso, já precariamente baixo, tem sido contaminado há décadas por conflitos no Golfo Pérsico e pela infiltração de poluentes da própria atividade agrícola. Em função disso, o país começou a procurar novas fontes de água, movimento que pode resultar em pontos de tensão política e conflitos com seus vizinhos.
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9. 9 - Omã
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9/10 (Getty Images)
A incerteza paira sobre os recursos hídricos deste pequeno país árabe. Secas constantes e um número limitado de chuvas ajudam a aumentar as pressões sobre o fornecimento de água para uso agrícola e também doméstico. O solo de Omã está cada vez mais salinizado pela exploração desenfreada e mal coordenada das reservas subterrâneas de água doce, o que muitas vezes permite a invasão de água salgada no lençol freático das planícies costeiras.
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10. 10 - Egito
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10/10 (Getty Images)
Verões rigorosos, demanda crescente e aumento constante das tarifas tornam a situação do abastecimento de água no Egito bastante complicada. Faltam sistemas de saneamento em larga escala e menos de 15% da população conta com esgoto tratado. Durante o verão de 2008, muitos pessoas chegaram a beber água diretamente do próprio Nilo, o que causou uma série de infecções. Em muitos casos, nas áreas rurais onde não há canalização, os dejetos ficam a céu aberto, contaminando o solo e consequentemente os escassos lençóis freáticos. O acesso ao Rio Nilo, sem o qual o Egito seria um mero deserto, também está cada vez mais disputado por outros países, como Uganda, Etiópia, Ruanda e Tanzânia. A totalidade da população egípcia, estimada em 80 milhões de habitantes, retira do Nilo 90% de seus recursos hídricos.