Universidades corporativas em alta
A expectativa de falta de profissionais qualificados em 2023 torna os programas acadêmicos das empresas ainda mais necessários
Da Redação
Publicado em 20 de janeiro de 2023 às 08h30.
Em 24 de janeiro é celebrado o Dia Internacional da Educação. Embora ainda seja pouco conhecida, essa data tem um objetivo muito nobre e oportuno: lembrar que o ensino e o aprendizado caminham de mãos dadas com a paz e o desenvolvimento. Nada mais verdadeiro do que essa associação.
Onde escolas e universidades cumprem o seu papel de produzir e distribuir conhecimento, há mais qualidade de vida, bem-estar e prosperidade. E onde essas instituições são escassas, seja em qualidade ou em quantidade, sobram problemas sociais e econômicos, entre eles a falta de profissionais qualificados.
Cientes dessa lógica, muitas empresas passaram a investir em programas educacionais para funcionários, em parceria com faculdades, contribuindo para a formação e o aprimoramento técnico e comportamental da mão de obra. Em geral, o objetivo das chamadas universidades corporativas é preencher lacunas que nem sempre são preenchidas durante ou após a graduação.
Além de estudantes que não conseguem ingressar em uma universidade ou completar o ensino superior por falta de recursos financeiros, há os que concluem o curso sem adquirir uma boa base teórica ou importantes soft skills (como boa comunicação e espírito colaborativo). O resultado disso é negativo para todos: os formandos encontram obstáculos para entrar e evoluir no mercado de trabalho, assim como as organizações deparam-se com dificuldade na hora de contratar.
Todos esses desafios são atacados pelas universidades corporativas. Elas costumam oferecer opções de mensalidade, horários e disciplinas, entre outros aspectos, mais compatíveis com a realidade de quem já tem alguma experiência profissional e trabalha em período integral.
No mercado brasileiro as universidades corporativas fazem muita diferença e devem fazer ainda mais ao longo desse ano, conforme apontam estudos realizados pela Robert Half. De acordo com 80% dos recrutadores entrevistados para o Guia Salarial 2023, está difícil ou muito difícil encontrar profissionais com os requisitos técnicos e comportamentais necessários para o preenchimento das vagas em aberto.
Esse número não apenas é bastante alto, como apresenta um acréscimo de 3% em relação ao levantamento anterior, feito em setembro. Na percepção de 59% dos profissionais ouvidos, o cenário não deve mudar nos próximos seis meses. E 26% acreditam que a busca ficará ainda mais difícil a partir do segundo semestre.
Para deixar o panorama mais complexo, 22% das empresas entrevistadas para o Guia Salarial afirmam que a intenção de contratar nos próximos meses será mais alta do que atualmente. Hoje, 26% dizem que a intenção é alta ou muito alta.
Vantagens da educação corporativa
Nesse contexto, a educação corporativa torna-se uma solução que vai muito além de elevar a quantidade e a qualidade da mão de obra. São muitas vantagens de estruturar e proporcionar uma universidade corporativa aos times, conforme mostro a seguir.
- Atração e retenção de talentos: empresas que investem em educação acadêmica comprovam, na prática, que apoiam o crescimento de seus funcionários, sendo potentes chamarizes de profissionais qualificados.
- Evolução contínua – para os profissionais, trabalhar em uma organização que disponha de universidade corporativa é meio caminho andado para se manter atualizado.
- Alinhamento global: os programas acadêmicos de empresas possibilitam que funcionários de multinacionais tenham acesso a uma mesma bagagem de conhecimento e vivências, evitando disparidades.
- Lideranças com protagonismo: os próprios gestores podem ser preparados para capacitar suas equipes, aumentando a relação de confiança e admiração entre ambas as partes.
- Fortalecimento da cultura organizacional: a universidade corporativa é também um espaço de convivência e troca entre os profissionais e entre os profissionais e os valores e crenças da empresa.
- Estímulo à inovação: um ambiente que valoriza o conhecimento, o ensino e o aprendizado estimula naturalmente a reflexão, o debate e a criatividade, favorecendo ideias e atitudes inovadoras.
Há inúmeras modalidades de educação corporativas, com maior ou menor proximidade, atuação e influência da faculdade parceira. A instituição de ensino escolhida irá guiar a missão de aprimorar o nível de conhecimento dos funcionários sem perder de vista os objetivos e especificidades da companhia que a contratou. Desse encontro, entre academia e empresa, nascem inúmeras possibilidades de transformação e de sucesso para todos os envolvidos nesse tipo de projeto.
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
Em 24 de janeiro é celebrado o Dia Internacional da Educação. Embora ainda seja pouco conhecida, essa data tem um objetivo muito nobre e oportuno: lembrar que o ensino e o aprendizado caminham de mãos dadas com a paz e o desenvolvimento. Nada mais verdadeiro do que essa associação.
Onde escolas e universidades cumprem o seu papel de produzir e distribuir conhecimento, há mais qualidade de vida, bem-estar e prosperidade. E onde essas instituições são escassas, seja em qualidade ou em quantidade, sobram problemas sociais e econômicos, entre eles a falta de profissionais qualificados.
Cientes dessa lógica, muitas empresas passaram a investir em programas educacionais para funcionários, em parceria com faculdades, contribuindo para a formação e o aprimoramento técnico e comportamental da mão de obra. Em geral, o objetivo das chamadas universidades corporativas é preencher lacunas que nem sempre são preenchidas durante ou após a graduação.
Além de estudantes que não conseguem ingressar em uma universidade ou completar o ensino superior por falta de recursos financeiros, há os que concluem o curso sem adquirir uma boa base teórica ou importantes soft skills (como boa comunicação e espírito colaborativo). O resultado disso é negativo para todos: os formandos encontram obstáculos para entrar e evoluir no mercado de trabalho, assim como as organizações deparam-se com dificuldade na hora de contratar.
Todos esses desafios são atacados pelas universidades corporativas. Elas costumam oferecer opções de mensalidade, horários e disciplinas, entre outros aspectos, mais compatíveis com a realidade de quem já tem alguma experiência profissional e trabalha em período integral.
No mercado brasileiro as universidades corporativas fazem muita diferença e devem fazer ainda mais ao longo desse ano, conforme apontam estudos realizados pela Robert Half. De acordo com 80% dos recrutadores entrevistados para o Guia Salarial 2023, está difícil ou muito difícil encontrar profissionais com os requisitos técnicos e comportamentais necessários para o preenchimento das vagas em aberto.
Esse número não apenas é bastante alto, como apresenta um acréscimo de 3% em relação ao levantamento anterior, feito em setembro. Na percepção de 59% dos profissionais ouvidos, o cenário não deve mudar nos próximos seis meses. E 26% acreditam que a busca ficará ainda mais difícil a partir do segundo semestre.
Para deixar o panorama mais complexo, 22% das empresas entrevistadas para o Guia Salarial afirmam que a intenção de contratar nos próximos meses será mais alta do que atualmente. Hoje, 26% dizem que a intenção é alta ou muito alta.
Vantagens da educação corporativa
Nesse contexto, a educação corporativa torna-se uma solução que vai muito além de elevar a quantidade e a qualidade da mão de obra. São muitas vantagens de estruturar e proporcionar uma universidade corporativa aos times, conforme mostro a seguir.
- Atração e retenção de talentos: empresas que investem em educação acadêmica comprovam, na prática, que apoiam o crescimento de seus funcionários, sendo potentes chamarizes de profissionais qualificados.
- Evolução contínua – para os profissionais, trabalhar em uma organização que disponha de universidade corporativa é meio caminho andado para se manter atualizado.
- Alinhamento global: os programas acadêmicos de empresas possibilitam que funcionários de multinacionais tenham acesso a uma mesma bagagem de conhecimento e vivências, evitando disparidades.
- Lideranças com protagonismo: os próprios gestores podem ser preparados para capacitar suas equipes, aumentando a relação de confiança e admiração entre ambas as partes.
- Fortalecimento da cultura organizacional: a universidade corporativa é também um espaço de convivência e troca entre os profissionais e entre os profissionais e os valores e crenças da empresa.
- Estímulo à inovação: um ambiente que valoriza o conhecimento, o ensino e o aprendizado estimula naturalmente a reflexão, o debate e a criatividade, favorecendo ideias e atitudes inovadoras.
Há inúmeras modalidades de educação corporativas, com maior ou menor proximidade, atuação e influência da faculdade parceira. A instituição de ensino escolhida irá guiar a missão de aprimorar o nível de conhecimento dos funcionários sem perder de vista os objetivos e especificidades da companhia que a contratou. Desse encontro, entre academia e empresa, nascem inúmeras possibilidades de transformação e de sucesso para todos os envolvidos nesse tipo de projeto.
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar