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Prepare seu plano de carreira

Uma estratégia consistente é fundamental para transformar os sonhos da vida profissional em realidade

O início do ano é a época perfeita para converter os sonhos em planos e, assim, executá-los com foco e dedicação (pishit/Getty Images)

Publicado em 5 de janeiro de 2024 às 07h00.

O início do ano é a época perfeita para converter os sonhos em planos e, assim, executá-los com foco e dedicação durante os próximos doze meses. A memória de 2023 ainda está fresca e serve de base para refletirmos sobre erros e acertos, bem como sobre os caminhos e as conquistas que almejamos para 2024.

Na vida profissional, esse movimento tem nome e sobrenome: planejamento de carreira. Esse é o mapa que conduz quem está empregado, ou não, ao destino desejado, seja ele uma vaga, uma promoção, uma mudança de carreira, de área, entre outras.

É fundamental que esse documento seja feito o quanto antes e atualizado periodicamente, pois nós mudamos, o mercado muda e o mundo, também. O que era um objetivo importante ou uma boa estratégia no ano passado, pode ter se modificado ou até perdido a validade.

Elaborar um plano de carreira envolve inúmeras variáveis. Considero que o primeiro passo seja compreender o que cada um entende como sucesso profissional. Para alguns é ter um ambiente de trabalho saudável e flexível e desenvolver uma atividade com propósito. Para outros, pode ser ganhar muito bem e alcançar o topo da hierarquia.

Há muitas possibilidades além dessas duas que descrevi, é claro. O principal é descobrir o próprio conceito de ser bem-sucedido, para que o planejamento leve em conta esse aspecto. Vale lembrar que é saudável ser ambicioso, mas ter os pés no chão também importa. Uma perspectiva de êxito muito distante do perfil pessoal e profissional pode inviabilizar até os melhores planos de voos.

Buscar a definição de sucesso automaticamente nos obriga a pensar em quem somos (temperamento e habilidades), como preferimos trabalhar (em grupo, a sós, em casa, etc), em que tipo de projeto, empresa ou situação nos saímos melhor ou pior. Reconhecer os próprios potenciais e limitações ajuda muito na construção de um bom plano de carreira.

Medidas importantes para um bom plano

Obter uma estratégia eficiente para turbinar a carreira requer alguns cuidados, como ser detalhista e realista. Gosto muito da analogia da escada, que envolve desenhar os degraus e preenchê-los com orientações em cada um deles:

- ponto de partida e de chegada – especifique onde você está nesse momento da carreira (base da escada) e onde deseja chegar (topo da escada), considerando cargo máximo, área e empresa;

- percurso – é essencial pensar no plano de carreira como um percurso de longo prazo, com várias etapas e conquistas a serem cumpridas gradualmente neste ano e nos próximos. Essa parte é desenhada entre a base e o topo da escada;

- habilidades – liste as habilidades técnicas e comportamentais necessárias em cada etapa (degrau) e os meios para alcançá-las (mentoria, estudos, terapia e afins).

Antes de desenhar a escada, também é importante se municiar de informações e dados que tornarão o plano de carreira mais consistente. Exemplo: como está o mercado em que o profissional atua ou pretende atuar? Que tendências e perspectivas fazem parte desse universo? A área de atuação está em alta ou em baixa? Faz toda a diferença ter essas respostas.

Outra pergunta indispensável: como está a rede de contatos? Cultivar o networking traz não apenas oportunidades de trabalho e de ascensão, mas também insights para construir um bom plano de carreira. Trocar ideias com os pares e com profissionais inspiradores deve ser uma prática regular.

Cursos, livros e podcasts são outros recursos excelentes para se manter bem-informado e positivo ao enfrentar os desafios de “subir a escada”. É comum se deparar com obstáculos e imprevistos. Aliás, as dificuldades costumam ser mais frequentes do que as facilidades. Preparar-se para esse fato contribui para diminuir as frustrações.

Deixar a carreira fluir ao sabor dos ventos é como abandonar o comando da nau, colocando-a em risco. Por isso, gosto de frisar que um bom plano é aquele que tiramos do papel. Sem isso, ele perde o sentido.

É necessário persistência e foco para executar o que foi planejado. E flexibilidade, para realizar ajustes ao longo da jornada. Com esse esforço, que não é pequeno nem simples, certamente a recompensa virá.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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O início do ano é a época perfeita para converter os sonhos em planos e, assim, executá-los com foco e dedicação durante os próximos doze meses. A memória de 2023 ainda está fresca e serve de base para refletirmos sobre erros e acertos, bem como sobre os caminhos e as conquistas que almejamos para 2024.

Na vida profissional, esse movimento tem nome e sobrenome: planejamento de carreira. Esse é o mapa que conduz quem está empregado, ou não, ao destino desejado, seja ele uma vaga, uma promoção, uma mudança de carreira, de área, entre outras.

É fundamental que esse documento seja feito o quanto antes e atualizado periodicamente, pois nós mudamos, o mercado muda e o mundo, também. O que era um objetivo importante ou uma boa estratégia no ano passado, pode ter se modificado ou até perdido a validade.

Elaborar um plano de carreira envolve inúmeras variáveis. Considero que o primeiro passo seja compreender o que cada um entende como sucesso profissional. Para alguns é ter um ambiente de trabalho saudável e flexível e desenvolver uma atividade com propósito. Para outros, pode ser ganhar muito bem e alcançar o topo da hierarquia.

Há muitas possibilidades além dessas duas que descrevi, é claro. O principal é descobrir o próprio conceito de ser bem-sucedido, para que o planejamento leve em conta esse aspecto. Vale lembrar que é saudável ser ambicioso, mas ter os pés no chão também importa. Uma perspectiva de êxito muito distante do perfil pessoal e profissional pode inviabilizar até os melhores planos de voos.

Buscar a definição de sucesso automaticamente nos obriga a pensar em quem somos (temperamento e habilidades), como preferimos trabalhar (em grupo, a sós, em casa, etc), em que tipo de projeto, empresa ou situação nos saímos melhor ou pior. Reconhecer os próprios potenciais e limitações ajuda muito na construção de um bom plano de carreira.

Medidas importantes para um bom plano

Obter uma estratégia eficiente para turbinar a carreira requer alguns cuidados, como ser detalhista e realista. Gosto muito da analogia da escada, que envolve desenhar os degraus e preenchê-los com orientações em cada um deles:

- ponto de partida e de chegada – especifique onde você está nesse momento da carreira (base da escada) e onde deseja chegar (topo da escada), considerando cargo máximo, área e empresa;

- percurso – é essencial pensar no plano de carreira como um percurso de longo prazo, com várias etapas e conquistas a serem cumpridas gradualmente neste ano e nos próximos. Essa parte é desenhada entre a base e o topo da escada;

- habilidades – liste as habilidades técnicas e comportamentais necessárias em cada etapa (degrau) e os meios para alcançá-las (mentoria, estudos, terapia e afins).

Antes de desenhar a escada, também é importante se municiar de informações e dados que tornarão o plano de carreira mais consistente. Exemplo: como está o mercado em que o profissional atua ou pretende atuar? Que tendências e perspectivas fazem parte desse universo? A área de atuação está em alta ou em baixa? Faz toda a diferença ter essas respostas.

Outra pergunta indispensável: como está a rede de contatos? Cultivar o networking traz não apenas oportunidades de trabalho e de ascensão, mas também insights para construir um bom plano de carreira. Trocar ideias com os pares e com profissionais inspiradores deve ser uma prática regular.

Cursos, livros e podcasts são outros recursos excelentes para se manter bem-informado e positivo ao enfrentar os desafios de “subir a escada”. É comum se deparar com obstáculos e imprevistos. Aliás, as dificuldades costumam ser mais frequentes do que as facilidades. Preparar-se para esse fato contribui para diminuir as frustrações.

Deixar a carreira fluir ao sabor dos ventos é como abandonar o comando da nau, colocando-a em risco. Por isso, gosto de frisar que um bom plano é aquele que tiramos do papel. Sem isso, ele perde o sentido.

É necessário persistência e foco para executar o que foi planejado. E flexibilidade, para realizar ajustes ao longo da jornada. Com esse esforço, que não é pequeno nem simples, certamente a recompensa virá.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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