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PIB em crescimento, desemprego em baixa: o que está por trás da cautela do mercado

Independentemente do que os próximos meses revelarão, é fundamental ter resiliência para se preparar para o que está por vir

(Divulgação/Getty Images)

Publicado em 18 de outubro de 2024 às 08h42.

O cenário econômico brasileiro parece promissor à primeira vista. O PIB registrou crescimento de 1,4% no último trimestre, superando expectativas, e as taxas de desemprego caíram para 6,9% na população geral e 3,5% entre profissionais qualificados. Uma análise superficial desses números poderia sugerir otimismo e confiança no futuro. No entanto, a última edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) revela uma realidade diferente: o pessimismo ainda prevalece entre gestores e profissionais.

Entre os setores que estão alcançando metas e observando o desengavetamento de projetos, a sensação é de otimismo, mas as pessoas, por diversos motivos, permanecem inseguras. Essa desconexão entre os números econômicos e o sentimento do mercado levanta uma questão importante: o que está alimentando essa cautela, mesmo com os indicadores positivos?

Uma atmosfera de incertezas

Parte da resposta está na complexidade do cenário econômico global. Não há clareza sobre o rumo da economia mundial no longo prazo. A inflação nos Estados Unidos, maior motor da economia global, gera incertezas que afetam diretamente o Brasil.

Além disso, o País enfrenta seus próprios desafios internos. O cansaço psicológico generalizado e a imprevisibilidade econômica continuam a minar a confiança no presente e no futuro. No ICRH, 76% dos recrutadores entrevistados apontaram essa incerteza como um dos principais motivos para o desânimo em relação ao segundo semestre.

A disputa por talentos

Outro paradoxo apontado pelo ICRH é a disputa acirrada por talentos, especialmente entre profissionais qualificados. Com uma taxa de desemprego de apenas 3,5% nesse grupo, a maioria está empregada, o que torna a retenção de talentos uma prioridade ainda maior para as empresas. Em momentos de incerteza, garantir a permanência dos melhores profissionais pode ser crucial para enfrentar desafios futuros.

As empresas que buscam se destacar nesse contexto devem adotar uma visão estratégica de longo prazo. Os lampejos de otimismo, transmitidos por 43% dos recrutadores que estão mais animados com o futuro, indicam que, com o planejamento certo, as organizações podem aproveitar as oportunidades geradas pela recuperação econômica, mesmo em um ambiente instável.

O que esperar do futuro?

Independentemente do que os próximos meses trarão, é essencial que empresas e profissionais tenham resiliência para se preparar para o que está por vir. O Guia Salarial Robert Half 2025, que será lançado em breve, trará orientações estratégicas para navegar por essas incertezas, além de insights valiosos sobre tendências de contratação.

Enquanto o futuro ainda parece nebuloso para muitos, há algumas ações que podem ajudar a pavimentar o caminho para um crescimento sustentável:

  1. Revisão de estratégias de recrutamento e retenção: Em um mercado competitivo, especialmente entre profissionais qualificados, as empresas precisam garantir que suas ofertas sejam atraentes. Isso inclui salários competitivos, benefícios relevantes e oportunidades de desenvolvimento;
  2. Investimentos em tecnologia: Apesar das incertezas econômicas, 23% dos recrutadores mais otimistas acreditam que os investimentos em tecnologia serão cruciais para manter a competitividade. A digitalização dos processos pode aumentar a eficiência e melhorar os resultados a médio e longo prazo;
  3. Planejamento de longo prazo: As empresas que apostam em uma visão estratégica de longo prazo, alinhando suas metas ao cenário macroeconômico, têm mais chances de navegar pelas incertezas com confiança;
  4. Criação de um ambiente de trabalho resiliente: É essencial que as companhias invistam em um ambiente de trabalho que promova o bem-estar e a saúde mental dos seus times, oferecendo apoio emocional e ferramentas para lidar com as pressões;
  5. Monitoramento constante do mercado: Manter-se atualizado com as tendências econômicas e do mercado de trabalho é essencial para ajustar as estratégias conforme as circunstâncias mudam.

A cautela do mercado, embora justificável, não deve impedir as empresas de buscarem as oportunidades que surgem no horizonte. O sucesso no contexto econômico atual será definido por aquelas organizações que, em meio à insegurança, conseguirem enxergar além e agir com confiança.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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O cenário econômico brasileiro parece promissor à primeira vista. O PIB registrou crescimento de 1,4% no último trimestre, superando expectativas, e as taxas de desemprego caíram para 6,9% na população geral e 3,5% entre profissionais qualificados. Uma análise superficial desses números poderia sugerir otimismo e confiança no futuro. No entanto, a última edição do Índice de Confiança Robert Half (ICRH) revela uma realidade diferente: o pessimismo ainda prevalece entre gestores e profissionais.

Entre os setores que estão alcançando metas e observando o desengavetamento de projetos, a sensação é de otimismo, mas as pessoas, por diversos motivos, permanecem inseguras. Essa desconexão entre os números econômicos e o sentimento do mercado levanta uma questão importante: o que está alimentando essa cautela, mesmo com os indicadores positivos?

Uma atmosfera de incertezas

Parte da resposta está na complexidade do cenário econômico global. Não há clareza sobre o rumo da economia mundial no longo prazo. A inflação nos Estados Unidos, maior motor da economia global, gera incertezas que afetam diretamente o Brasil.

Além disso, o País enfrenta seus próprios desafios internos. O cansaço psicológico generalizado e a imprevisibilidade econômica continuam a minar a confiança no presente e no futuro. No ICRH, 76% dos recrutadores entrevistados apontaram essa incerteza como um dos principais motivos para o desânimo em relação ao segundo semestre.

A disputa por talentos

Outro paradoxo apontado pelo ICRH é a disputa acirrada por talentos, especialmente entre profissionais qualificados. Com uma taxa de desemprego de apenas 3,5% nesse grupo, a maioria está empregada, o que torna a retenção de talentos uma prioridade ainda maior para as empresas. Em momentos de incerteza, garantir a permanência dos melhores profissionais pode ser crucial para enfrentar desafios futuros.

As empresas que buscam se destacar nesse contexto devem adotar uma visão estratégica de longo prazo. Os lampejos de otimismo, transmitidos por 43% dos recrutadores que estão mais animados com o futuro, indicam que, com o planejamento certo, as organizações podem aproveitar as oportunidades geradas pela recuperação econômica, mesmo em um ambiente instável.

O que esperar do futuro?

Independentemente do que os próximos meses trarão, é essencial que empresas e profissionais tenham resiliência para se preparar para o que está por vir. O Guia Salarial Robert Half 2025, que será lançado em breve, trará orientações estratégicas para navegar por essas incertezas, além de insights valiosos sobre tendências de contratação.

Enquanto o futuro ainda parece nebuloso para muitos, há algumas ações que podem ajudar a pavimentar o caminho para um crescimento sustentável:

  1. Revisão de estratégias de recrutamento e retenção: Em um mercado competitivo, especialmente entre profissionais qualificados, as empresas precisam garantir que suas ofertas sejam atraentes. Isso inclui salários competitivos, benefícios relevantes e oportunidades de desenvolvimento;
  2. Investimentos em tecnologia: Apesar das incertezas econômicas, 23% dos recrutadores mais otimistas acreditam que os investimentos em tecnologia serão cruciais para manter a competitividade. A digitalização dos processos pode aumentar a eficiência e melhorar os resultados a médio e longo prazo;
  3. Planejamento de longo prazo: As empresas que apostam em uma visão estratégica de longo prazo, alinhando suas metas ao cenário macroeconômico, têm mais chances de navegar pelas incertezas com confiança;
  4. Criação de um ambiente de trabalho resiliente: É essencial que as companhias invistam em um ambiente de trabalho que promova o bem-estar e a saúde mental dos seus times, oferecendo apoio emocional e ferramentas para lidar com as pressões;
  5. Monitoramento constante do mercado: Manter-se atualizado com as tendências econômicas e do mercado de trabalho é essencial para ajustar as estratégias conforme as circunstâncias mudam.

A cautela do mercado, embora justificável, não deve impedir as empresas de buscarem as oportunidades que surgem no horizonte. O sucesso no contexto econômico atual será definido por aquelas organizações que, em meio à insegurança, conseguirem enxergar além e agir com confiança.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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