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Os “Suárez” do mundo corporativo

Na semana passada, o assunto que ocupou grande parte dos jornais, websites e mídias sociais foi a mordida que o atacante Luis Suárez deu no zagueiro italiano Chiellini. Das consequências desse ato todos sabemos: Suárez foi punido pela FIFA e suspenso por vários meses. Suárez é um craque, admirado por muitos por sua qualidade técnica. Mas, mesmo no ambiente informal e flexível do futebol, não adianta só saber jogar bem. […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 2 de julho de 2014 às, 09h02.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 08h25.

Na semana passada, o assunto que ocupou grande parte dos jornais, websites e mídias sociais foi a mordida que o atacante Luis Suárez deu no zagueiro italiano Chiellini. Das consequências desse ato todos sabemos: Suárez foi punido pela FIFA e suspenso por vários meses.

Suárez é um craque, admirado por muitos por sua qualidade técnica. Mas, mesmo no ambiente informal e flexível do futebol, não adianta só saber jogar bem. É preciso ter um perfil comportamental, qualidades de trabalho em grupo, comunicação, negociação e resistência à pressão. Como muitos jogadores, Suárez demonstrou um comportamento agressivo diante de uma situação de alto estresse. Isso prejudicou seu desempenho no jogo e pode complicar o restante de sua carreira.

Nos negócios, a situação não é diferente. Muitos profissionais não sabem, mas grande parte das demissões nas empresas acontece porque as pessoas têm perfil comportamental inadequado. Ou seja, pessoas tecnicamente boas e competentes são demitidas por mau relacionamento com o chefe ou com os colegas ou por características como teimosia, impaciência e falta de colaboração.

Na prática, há muitos “Suárez” no mercado corporativo, dando resultados, mas que não refletem sobre o seu impacto sobre o ambiente de trabalho, na qualidade de suas relações profissionais, nas “mordidas” que distribuem enquanto correm para o gol. Para as empresas, esse perfil faz cada vez menos sentido. Em tempos de alto turnover e competitividade pelos melhores talentos, o que as companhias mais valorizam é outro tipo de jogador: o comunicador, que seja ao mesmo tempo flexível e colaborativo.