Networking requer qualidade
Mais do que o número de pessoas conhecidas, é o tipo de interação realizada com elas que impulsiona o sucesso da rede de contatos
Da Redação
Publicado em 3 de fevereiro de 2023 às 08h30.
Muita gente aproveita o começo do ano para refletir sobre a carreira, estipular novos objetivos e desenhar planos de ação. Nesse exercício tão necessário não podem faltar ideias e iniciativas voltadas ao networking. O círculo de pessoas com potencial de trocas interessantes para a evolução profissional é um dos recursos mais valiosos para quem deseja ascender ou realizar mudanças.
Cultivar relacionamentos aumenta as chances de conquistar um emprego, de obter promoção, de manter-se atualizado, entre outras oportunidades que turbinam uma carreira. Um network fraco, em contrapartida, pode fazer toda a experiência, a formação acadêmica e os talentos de um profissional morrerem na praia. Ninguém vive e cresce sozinho, seja no âmbito pessoal ou do trabalho. Dependemos de outras pessoas, e vice-versa, para avançar ao longo da vida.
O que ajuda a construir um bom network? Essa pergunta é crucial porque a resposta dela comprova que muito mais do que fazer, o principal é como fazer o networking. Antes de mais nada, há os espaços de convivência dentro do próprio campo profissional, que naturalmente cruzam nosso caminho. Participar de especializações, fóruns, premiações, viagens e eventos da empresa é básico. Tecnicamente, porém, qualquer lugar de convívio social serve para conhecer pessoas e estabelecer conexões.
O networking, portanto, pode e deve ultrapassar os limites do segmento de atuação. Furar a “bolha” a que estamos habituados, renova e amplia o círculo profissional. Uma academia, um curso de gastronomia, clubes de leitura, turmas de esportes radicais – tudo isso e um pouco mais rendem relações que se revertem em dicas, conhecimento e apoio para a carreira.
O problema é que muita gente entra e sai dessas experiências coletivas sem realizar interações significativas, por “n” motivos (de timidez a cansaço). Aproveitar os momentos em grupo para conversar, expor pontos de vista, contar sobre o trabalho e a profissão é o que inicia e mantém a rede de contatos viva. Sem uma troca verdadeira, os vínculos não prosperam.
Se para os perfis mais comunicativos e expansivos as interações acontecem com facilidade, para outros, mais reservados, é necessário se esforçar. Para todos, entretanto, o sucesso dessa iniciativa está atrelado à dedicação permanente. Formar e manter uma rede de contatos exige tempo, atenção e energia. Vale pensar no network como uma planta. A sua força e longevidade dependem de cuidados na medida certa e sempre.
Tem que saber regar, adubar, regular a luz, proteger do vento e por aí vai. Esquecer ou exagerar nos cuidados, pode ser fatal. Exemplos: ter conhecidos demais a ponto de apenas manter relações superficiais, sempre substituir os eventos presenciais por online ou “atirar” para todos os lados nas redes sociais são alguns erros clássicos. Ferramentas online são fundamentais
Os recursos digitais são importantes aliados nesse processo. Mas também causam estragos se forem utilizados indevidamente. Destaco, a seguir, recomendações para explorar o que essas ferramentas têm de melhor:
1) Conteúdo pertinente – alimentar as redes sociais com informações sobre a carreira é o pilar de sustentação do networking digital. Se as publicações pessoais predominarem, a trajetória profissional perde o impacto;
2) Ética e empatia – estar online não é sinal verde para falar mal de antigos empregadores, zombar de colegas, utilizar linguagem chula e muito menos divulgar conteúdos impróprios, com teor de ódio, desinformação e violência;
3) D isponibilidade – contatos virtuais demandam tempo para responder mensagens, convites, comentários e afins. Quem deixa as pessoas no vácuo, abre brechas para ser esquecido;
4) Precisão cirúrgica – não é a quantidade de amigos ou de curtidas que importa, mas sim o público-alvo impactado e a qualidade do conteúdo. Alcançar as pessoas certas com a mensagem certa é o ideal;
5) menos é mais – a frequência das publicações pode ser semanal ou quinzenal. Quem posta demais acaba perdendo o foco e gerando concorrência entre os próprios posts.
O compromisso com a reciprocidade é o coração do networking. É essencial saber escutar e falar, ajudar e ser ajudado, convidar e aceitar convites, e assim por diante. Por isso mesmo é tão importante transpor as interações online para a vida real, enriquecendo os vínculos e as infinitas possibilidades que giram em torno deles.
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
Muita gente aproveita o começo do ano para refletir sobre a carreira, estipular novos objetivos e desenhar planos de ação. Nesse exercício tão necessário não podem faltar ideias e iniciativas voltadas ao networking. O círculo de pessoas com potencial de trocas interessantes para a evolução profissional é um dos recursos mais valiosos para quem deseja ascender ou realizar mudanças.
Cultivar relacionamentos aumenta as chances de conquistar um emprego, de obter promoção, de manter-se atualizado, entre outras oportunidades que turbinam uma carreira. Um network fraco, em contrapartida, pode fazer toda a experiência, a formação acadêmica e os talentos de um profissional morrerem na praia. Ninguém vive e cresce sozinho, seja no âmbito pessoal ou do trabalho. Dependemos de outras pessoas, e vice-versa, para avançar ao longo da vida.
O que ajuda a construir um bom network? Essa pergunta é crucial porque a resposta dela comprova que muito mais do que fazer, o principal é como fazer o networking. Antes de mais nada, há os espaços de convivência dentro do próprio campo profissional, que naturalmente cruzam nosso caminho. Participar de especializações, fóruns, premiações, viagens e eventos da empresa é básico. Tecnicamente, porém, qualquer lugar de convívio social serve para conhecer pessoas e estabelecer conexões.
O networking, portanto, pode e deve ultrapassar os limites do segmento de atuação. Furar a “bolha” a que estamos habituados, renova e amplia o círculo profissional. Uma academia, um curso de gastronomia, clubes de leitura, turmas de esportes radicais – tudo isso e um pouco mais rendem relações que se revertem em dicas, conhecimento e apoio para a carreira.
O problema é que muita gente entra e sai dessas experiências coletivas sem realizar interações significativas, por “n” motivos (de timidez a cansaço). Aproveitar os momentos em grupo para conversar, expor pontos de vista, contar sobre o trabalho e a profissão é o que inicia e mantém a rede de contatos viva. Sem uma troca verdadeira, os vínculos não prosperam.
Se para os perfis mais comunicativos e expansivos as interações acontecem com facilidade, para outros, mais reservados, é necessário se esforçar. Para todos, entretanto, o sucesso dessa iniciativa está atrelado à dedicação permanente. Formar e manter uma rede de contatos exige tempo, atenção e energia. Vale pensar no network como uma planta. A sua força e longevidade dependem de cuidados na medida certa e sempre.
Tem que saber regar, adubar, regular a luz, proteger do vento e por aí vai. Esquecer ou exagerar nos cuidados, pode ser fatal. Exemplos: ter conhecidos demais a ponto de apenas manter relações superficiais, sempre substituir os eventos presenciais por online ou “atirar” para todos os lados nas redes sociais são alguns erros clássicos. Ferramentas online são fundamentais
Os recursos digitais são importantes aliados nesse processo. Mas também causam estragos se forem utilizados indevidamente. Destaco, a seguir, recomendações para explorar o que essas ferramentas têm de melhor:
1) Conteúdo pertinente – alimentar as redes sociais com informações sobre a carreira é o pilar de sustentação do networking digital. Se as publicações pessoais predominarem, a trajetória profissional perde o impacto;
2) Ética e empatia – estar online não é sinal verde para falar mal de antigos empregadores, zombar de colegas, utilizar linguagem chula e muito menos divulgar conteúdos impróprios, com teor de ódio, desinformação e violência;
3) D isponibilidade – contatos virtuais demandam tempo para responder mensagens, convites, comentários e afins. Quem deixa as pessoas no vácuo, abre brechas para ser esquecido;
4) Precisão cirúrgica – não é a quantidade de amigos ou de curtidas que importa, mas sim o público-alvo impactado e a qualidade do conteúdo. Alcançar as pessoas certas com a mensagem certa é o ideal;
5) menos é mais – a frequência das publicações pode ser semanal ou quinzenal. Quem posta demais acaba perdendo o foco e gerando concorrência entre os próprios posts.
O compromisso com a reciprocidade é o coração do networking. É essencial saber escutar e falar, ajudar e ser ajudado, convidar e aceitar convites, e assim por diante. Por isso mesmo é tão importante transpor as interações online para a vida real, enriquecendo os vínculos e as infinitas possibilidades que giram em torno deles.
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar