Existe cura para as dores na sua gestão?
Exercer a liderança é estar permanentemente aberto para aprender e enfrentar desafios e imprevistos de todo tipo
Colunista
Publicado em 26 de janeiro de 2024 às 08h30.
Diz o famoso lema dos filmes do Homem-Aranha: grandes poderes vêm com grandes responsabilidades. A frase serve perfeitamente para as lideranças do universo corporativo. As atribuições de um líder são muitas e, para se manter relevante, sabemos como é importante manter em dia os estudos, a terapia, as atividades físicas, os hobbies ou qualquer outro recurso que torne a jornada mais leve. Ainda assim, nada evitará o imenso peso sobre os ombros de quem ocupa essa posição.
Para o líder, a melhor receita de sucesso continua a ser comprometer-se com o aprendizado contínuo para uma boa gestão de pessoas, de processos e resultados. Assumir um posto de comando na organização implica, automaticamente, em estar disponível para lidar com altos e baixos. Condições ideais de temperatura e pressão no trabalho não duram para sempre.
Crises econômicas, fusões, aquisições, pandemia, transformação digital, catástrofes naturais e acidentes são exemplos de situações que podem afetar bastante uma empresa. Os gestores são responsáveis por resolver desafios e imprevistos a todo instante.
A 26ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) identificou as maiores preocupações dos gestores. Eles foram convidados a apontar seus três principais motivos de apreensão. Eis as respostas e os pensamentos associados a elas:
- lucratividade ( gerar mais valor, gastando menos) - 47%
- produtividade ( cumprir com as obrigações de maneira mais eficiente) - 44%
- retenção ( não perder bons profissionais para o mercado) - 41%
- bem-estar ( saúde mental, qualidade de vida) - 30%
- atração ( conseguir os profissionais adequados para o departamento) - 29%
- remuneração ( ter salários e benefícios competitivos ) - 24%
- tecnologia ( compreender as evoluções e usá-las a seu favor) - 24%
- carreira ( desenvolver e oferecer oportunidades de carreira aos colaboradores ) - 16%
- modelos de trabalho ( adaptar e evoluir no modelo de trabalho adotado) – 15%
- informações de mercado ( entender o que é relevante para a estratégia) - 13%
- ESG ( diversidade, sustentabilidade e governança) - 9%
Chama a minha atenção o fato de que todos esses tópicos são extremamente relevantes e interligados de alguma maneira. Uma empresa lucrativa requer equipes produtivas, que demandam bem-estar, oportunidades de crescimento e tecnologia, em sintonia com informações de mercado.
Acredito que a inteligência emocional seja a melhor (mas não a única) ferramenta para manejar as questões listadas pelos entrevistados. Boa comunicação, empatia, iniciativa e outras soft skills ajudam a engajar os times no mapeamento de problemas e na resolução deles. Planos feitos e executados em conjunto têm muito mais chance de dar certo.
Como manter a produtividade em alta
Enquanto a lucratividade, a maior preocupação, depende de uma complexa combinação de fatores internos e externos, nacionais e globais, garantir a produtividade é uma meta mais acessível para empregadores e empregados, por isso vou comentar esse ponto.
Manter a produtividade em alta, especialmente em momentos de crise, exige algumas medidas:
- diagnóstico atualizado – estabelecer métricas e metas semanais e mensais permite entender como está o desempenho dos times, o que precisa ser aprimorado e onde se quer chegar;
- reuniões frequentes – elas podem ser cansativas ou excessivas, quando exageradas, mas são indispensáveis. Encontrar-se periodicamente é necessário para cultivar o entrosamento dos times e sanar problemas na performance e na percepção dos liderados sobre o trabalho, os colegas e a empresa;
- tecnologias modernas – funcionários com bom domínio das novas ferramentas tecnológicas têm meio caminho andado para produzir mais e melhor;
- lideranças inspiradoras – gestores que dão autonomia e bom exemplo no dia a dia contagiam os liderados positivamente, fazendo-os se sentirem mais confiantes para assumir desafios e riscos. Quanto maior o engajamento, melhores resultados serão alcançados.
Encarar as dificuldades da gestão não como um fardo, mas como uma condição que faz parte do jogo corporativo, é a forma mais madura de compreendê-las e superá-las. Já pensou nisso?
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
Diz o famoso lema dos filmes do Homem-Aranha: grandes poderes vêm com grandes responsabilidades. A frase serve perfeitamente para as lideranças do universo corporativo. As atribuições de um líder são muitas e, para se manter relevante, sabemos como é importante manter em dia os estudos, a terapia, as atividades físicas, os hobbies ou qualquer outro recurso que torne a jornada mais leve. Ainda assim, nada evitará o imenso peso sobre os ombros de quem ocupa essa posição.
Para o líder, a melhor receita de sucesso continua a ser comprometer-se com o aprendizado contínuo para uma boa gestão de pessoas, de processos e resultados. Assumir um posto de comando na organização implica, automaticamente, em estar disponível para lidar com altos e baixos. Condições ideais de temperatura e pressão no trabalho não duram para sempre.
Crises econômicas, fusões, aquisições, pandemia, transformação digital, catástrofes naturais e acidentes são exemplos de situações que podem afetar bastante uma empresa. Os gestores são responsáveis por resolver desafios e imprevistos a todo instante.
A 26ª edição do Índice de Confiança da Robert Half (ICRH) identificou as maiores preocupações dos gestores. Eles foram convidados a apontar seus três principais motivos de apreensão. Eis as respostas e os pensamentos associados a elas:
- lucratividade ( gerar mais valor, gastando menos) - 47%
- produtividade ( cumprir com as obrigações de maneira mais eficiente) - 44%
- retenção ( não perder bons profissionais para o mercado) - 41%
- bem-estar ( saúde mental, qualidade de vida) - 30%
- atração ( conseguir os profissionais adequados para o departamento) - 29%
- remuneração ( ter salários e benefícios competitivos ) - 24%
- tecnologia ( compreender as evoluções e usá-las a seu favor) - 24%
- carreira ( desenvolver e oferecer oportunidades de carreira aos colaboradores ) - 16%
- modelos de trabalho ( adaptar e evoluir no modelo de trabalho adotado) – 15%
- informações de mercado ( entender o que é relevante para a estratégia) - 13%
- ESG ( diversidade, sustentabilidade e governança) - 9%
Chama a minha atenção o fato de que todos esses tópicos são extremamente relevantes e interligados de alguma maneira. Uma empresa lucrativa requer equipes produtivas, que demandam bem-estar, oportunidades de crescimento e tecnologia, em sintonia com informações de mercado.
Acredito que a inteligência emocional seja a melhor (mas não a única) ferramenta para manejar as questões listadas pelos entrevistados. Boa comunicação, empatia, iniciativa e outras soft skills ajudam a engajar os times no mapeamento de problemas e na resolução deles. Planos feitos e executados em conjunto têm muito mais chance de dar certo.
Como manter a produtividade em alta
Enquanto a lucratividade, a maior preocupação, depende de uma complexa combinação de fatores internos e externos, nacionais e globais, garantir a produtividade é uma meta mais acessível para empregadores e empregados, por isso vou comentar esse ponto.
Manter a produtividade em alta, especialmente em momentos de crise, exige algumas medidas:
- diagnóstico atualizado – estabelecer métricas e metas semanais e mensais permite entender como está o desempenho dos times, o que precisa ser aprimorado e onde se quer chegar;
- reuniões frequentes – elas podem ser cansativas ou excessivas, quando exageradas, mas são indispensáveis. Encontrar-se periodicamente é necessário para cultivar o entrosamento dos times e sanar problemas na performance e na percepção dos liderados sobre o trabalho, os colegas e a empresa;
- tecnologias modernas – funcionários com bom domínio das novas ferramentas tecnológicas têm meio caminho andado para produzir mais e melhor;
- lideranças inspiradoras – gestores que dão autonomia e bom exemplo no dia a dia contagiam os liderados positivamente, fazendo-os se sentirem mais confiantes para assumir desafios e riscos. Quanto maior o engajamento, melhores resultados serão alcançados.
Encarar as dificuldades da gestão não como um fardo, mas como uma condição que faz parte do jogo corporativo, é a forma mais madura de compreendê-las e superá-las. Já pensou nisso?
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar