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É hora de planejar a carreira

Definir metas, estratégias, e tirá-las do papel, é o caminho mais seguro e efetivo para transformar os sonhos profissionais em realidade

(Shutterstock/Shutterstock)
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Da Redação

Publicado em 6 de janeiro de 2023 às 08h30.

Por Fernando Mantovani

Um novo ano se inicia e, com ele, muitos sonhos, expectativas e promessas ocupam nossa tela mental. Na lista de ações e ideias que são inspiradas pela chegada de 2023, não pode faltar aquele que é um dos maiores propulsores da evolução profissional: o planejamento da própria carreira.

Recomendo sempre que esse documento seja produzido antes mesmo de se ingressar na faculdade, pois começar uma jornada com um mapa em mãos é muito mais fácil do que ajustar a rota lá na frente. Mas como raramente isso acontece, o principal é fazê-lo assim que possível e, claro, seguir o planejado ao longo do tempo.

Janeiro costuma servir de estímulo para muita gente organizar a vida, então, é hora de aproveitar o embalo. Sem um plano de carreira, crescer, melhorar e chegar ao destino desejado torna-se mais incerto do que deveria. Conquistar um cargo de liderança, um emprego em uma empresa admirada ou uma posição em uma nova área de trabalho está diretamente relacionado a se preparar bem. Sorte, dedicação e talento não são suficientes.

Estabelecer metas, estratégias e critérios para avaliar a trajetória profissional é fundamental para lidar com os desafios e os revezes comuns em qualquer evolução. Se fazemos planejamento para cuidar da casa ou sair de férias, por que não para os rumos da profissão escolhida, que, por sinal, ocupa boa parte de nossa existência?

Muitas vezes o plano de carreira sofre da máxima “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”. O funcionário faz planos para seus clientes ou departamento, mas adia a elaboração de seu plano profissional, eternamente. Além da justificativa de falta de tempo, a verdade é que desenvolver um planejamento nos coloca diante de questões existenciais complexas e até dolorosas.

Onde quero chegar? Quais são meus pontos fortes e pontos fracos? Que limitações preciso superar o quanto antes e como? Que conexões já possuo e quais deveria construir? Que tipo de experiência e formação devo agregar ao meu currículo?

Refletir com honestidade antes de responder perguntas como essas não é fácil. No entanto, esse exercício de autocrítica ajuda a criar um planejamento com maior potencial de sucesso, já que as doses de ambição (onde pretendo chegar) e de realidade (recursos disponíveis) estarão mais bem equilibradas.

Mirar uma carreira em vendas se a vontade de se expor e interagir com outras pessoas é escassa, pode comprometer até o melhor dos planos. O mesmo vale para quem sonha com um cargo técnico, mas tem um perfil notadamente extrovertido – no mínimo, a caminhada será complicada.

Como elaborar um bom planejamento

De modo geral, um planejamento é composto por um objetivo (ser diretor de uma área, por exemplo) e por uma estratégia para atingi-lo (cursos, networking, leituras, mentoria, etc). Algumas medidas não tão óbvias, porém, contribuem para o plano funcionar na prática. Descrevo, a seguir, algumas delas.

Analise a sua real disposição – Desenhar metas e estratégias, avaliar os resultados e aprimorar os pontos críticos é o básico de um plano. O que muitos se esquecem de contabilizar nessa equação é o esforço (físico, mental e financeiro) envolvido para concretizar o que foi planejado.

É importante refletir sobre a real disponibilidade e interesse em fazer sacrifícios em nome do objetivo almejado. Respeitar os próprios limites e valores (como qualidade de vida e saúde mental), aumenta as chances de êxito do plano.

Preste atenção ao tempo – Um plano bem-feito prevê a definição de prazos, para que os objetivos não fiquem “soltos” e percam o sentido. É importante especificar as conquistas esperadas dentro de 1, 3 e 5 anos e adotar um ritmo de ações compatível com esses marcos.

Outra questão temporal é quanto à revisão do plano, que deve ser periódica (a cada doze meses é uma ótima pedida). A ideia é confrontar o que foi planejado com a experiência real e, assim, realizar os ajustes necessários constantemente.

Utilize a imagem da escada – A evolução profissional raramente é meteórica. Para a maioria de nós, é preciso subir um degrau de cada vez, até atingir o topo (que não se trata de um cargo alto necessariamente, mas da ambição de cada um).

Ter ideia do que cada degrau requer (cargos, experiência, cursos e afins) torna o plano mais preciso e consistente, facilitando a sua execução em etapas.

Por fim, outro cuidado para consolidar um bom plano é ouvir a opinião de pessoas de confiança a respeito dele, como amigos, colegas e lideranças. Ao compartilhar esse assunto na empresa onde trabalha, vale ser direto e transparente com o chefe sobre as aspirações que tem em mente. Assim ele saberá, de antemão, como apoiá-lo nesse percurso, ampliando ainda mais as chances de sucesso.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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Por Fernando Mantovani

Um novo ano se inicia e, com ele, muitos sonhos, expectativas e promessas ocupam nossa tela mental. Na lista de ações e ideias que são inspiradas pela chegada de 2023, não pode faltar aquele que é um dos maiores propulsores da evolução profissional: o planejamento da própria carreira.

Recomendo sempre que esse documento seja produzido antes mesmo de se ingressar na faculdade, pois começar uma jornada com um mapa em mãos é muito mais fácil do que ajustar a rota lá na frente. Mas como raramente isso acontece, o principal é fazê-lo assim que possível e, claro, seguir o planejado ao longo do tempo.

Janeiro costuma servir de estímulo para muita gente organizar a vida, então, é hora de aproveitar o embalo. Sem um plano de carreira, crescer, melhorar e chegar ao destino desejado torna-se mais incerto do que deveria. Conquistar um cargo de liderança, um emprego em uma empresa admirada ou uma posição em uma nova área de trabalho está diretamente relacionado a se preparar bem. Sorte, dedicação e talento não são suficientes.

Estabelecer metas, estratégias e critérios para avaliar a trajetória profissional é fundamental para lidar com os desafios e os revezes comuns em qualquer evolução. Se fazemos planejamento para cuidar da casa ou sair de férias, por que não para os rumos da profissão escolhida, que, por sinal, ocupa boa parte de nossa existência?

Muitas vezes o plano de carreira sofre da máxima “em casa de ferreiro, o espeto é de pau”. O funcionário faz planos para seus clientes ou departamento, mas adia a elaboração de seu plano profissional, eternamente. Além da justificativa de falta de tempo, a verdade é que desenvolver um planejamento nos coloca diante de questões existenciais complexas e até dolorosas.

Onde quero chegar? Quais são meus pontos fortes e pontos fracos? Que limitações preciso superar o quanto antes e como? Que conexões já possuo e quais deveria construir? Que tipo de experiência e formação devo agregar ao meu currículo?

Refletir com honestidade antes de responder perguntas como essas não é fácil. No entanto, esse exercício de autocrítica ajuda a criar um planejamento com maior potencial de sucesso, já que as doses de ambição (onde pretendo chegar) e de realidade (recursos disponíveis) estarão mais bem equilibradas.

Mirar uma carreira em vendas se a vontade de se expor e interagir com outras pessoas é escassa, pode comprometer até o melhor dos planos. O mesmo vale para quem sonha com um cargo técnico, mas tem um perfil notadamente extrovertido – no mínimo, a caminhada será complicada.

Como elaborar um bom planejamento

De modo geral, um planejamento é composto por um objetivo (ser diretor de uma área, por exemplo) e por uma estratégia para atingi-lo (cursos, networking, leituras, mentoria, etc). Algumas medidas não tão óbvias, porém, contribuem para o plano funcionar na prática. Descrevo, a seguir, algumas delas.

Analise a sua real disposição – Desenhar metas e estratégias, avaliar os resultados e aprimorar os pontos críticos é o básico de um plano. O que muitos se esquecem de contabilizar nessa equação é o esforço (físico, mental e financeiro) envolvido para concretizar o que foi planejado.

É importante refletir sobre a real disponibilidade e interesse em fazer sacrifícios em nome do objetivo almejado. Respeitar os próprios limites e valores (como qualidade de vida e saúde mental), aumenta as chances de êxito do plano.

Preste atenção ao tempo – Um plano bem-feito prevê a definição de prazos, para que os objetivos não fiquem “soltos” e percam o sentido. É importante especificar as conquistas esperadas dentro de 1, 3 e 5 anos e adotar um ritmo de ações compatível com esses marcos.

Outra questão temporal é quanto à revisão do plano, que deve ser periódica (a cada doze meses é uma ótima pedida). A ideia é confrontar o que foi planejado com a experiência real e, assim, realizar os ajustes necessários constantemente.

Utilize a imagem da escada – A evolução profissional raramente é meteórica. Para a maioria de nós, é preciso subir um degrau de cada vez, até atingir o topo (que não se trata de um cargo alto necessariamente, mas da ambição de cada um).

Ter ideia do que cada degrau requer (cargos, experiência, cursos e afins) torna o plano mais preciso e consistente, facilitando a sua execução em etapas.

Por fim, outro cuidado para consolidar um bom plano é ouvir a opinião de pessoas de confiança a respeito dele, como amigos, colegas e lideranças. Ao compartilhar esse assunto na empresa onde trabalha, vale ser direto e transparente com o chefe sobre as aspirações que tem em mente. Assim ele saberá, de antemão, como apoiá-lo nesse percurso, ampliando ainda mais as chances de sucesso.

Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .

*Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar

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