Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão
Publicado em 4 de junho de 2021 às 08h30.
Muitos gestores terminam o expediente sem saber ao certo porque o dia passou tão rápido e de que forma o tempo foi gasto. Se esse é o seu caso, sugiro, como um primeiro passo, avaliar o desempenho da sua equipe. Seu time possui profissionais de talento, esforçados e qualificados ou você gasta alguma parte do seu dia supervisionando e orientando colaboradores de baixo desempenho?
Acho importante compartilhar que uma contratação equivocada gera diversos prejuízos para a empresa que, no dia a dia, podem passar despercebidos, enquanto vão minando o negócio de maneira sorrateira. Eu destaco três danos:
Por que a má contratação acontece?
O sucesso de uma organização sempre passará pela mente e/ou mão de obra das pessoas que nela trabalham. Por isso, sempre insisto na ideia de que a contratação deve ser vista como parte da estratégia do negócio, com envolvimento das pessoas certas no processo. Quando a liderança tem esse conceito internalizado, fica mais difícil ter o recrutamento prejudicado por:
Sete sinais de uma má contratação
Entendo que ninguém contrata de maneira equivocada porque quer. Às vezes, as circunstâncias do dia a dia colocam o líder nessa situação. O equívoco pode ser identificado - principalmente - quando o profissional:
Contratação equivocada: como corrigir o erro
No meu entender, nem sempre a demissão deve ser o primeiro passo diante de uma contratação equivocada. Afinal, tanto a empresa quanto o profissional investiram tempo, expectativa e recursos nessa parceria. Com raríssimas exceções, minha recomendação sempre é que, antes de optar pelo desligamento do colaborador, o gestor:
Se nada disso funcionar, talvez, a saída seja a demissão. Mas procure ter a sensibilidade de garantir que o processo seja humanizado e transparente, com uma entrevista de desligamento que permita que o colaborador se manifeste e ofereça a ele informações para que ele evolua como pessoa e profissional.
Não posso deixar de destacar, porém, que - na maior parte dos casos - os líderes admitem que a contratação equivocada se deu por falta de mais atenção ao processo seletivo. Então, não negligencie o briefing da vaga, ofereça um salário compatível ao praticado pelo mercado e estruture um recrutamento de acordo com as necessidades do mercado e do seu negócio, sem deixar de lado as expectativas dos candidatos. Em caso de posições mais estratégicas, processos sigilosos ou perfis muito específicos, considere contratar um parceiro especializado em recrutamento.
Como disse certa vez Robert Half, fundador da empresa na qual atuo, “a melhor pessoa que você entrevista não é, necessariamente, a melhor pessoa para a vaga que está aberta”. Estratégia é tudo. E eu concordo com ele.
Aqui neste Blog, você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half.
*por Fernando Mantovani, diretor geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar