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Chamem os “gringos”!

Nunca antes na história deste país houve tanto interesse de profissionais de fora do país em trabalhar no Brasil. Brincadeiras a parte, apenas para contextualizar, se compararmos 2007 com 2012, é possível observar o aumento considerável dos números de CVs estrangeiros interessados em oportunidades de trabalho no País. Neste post tentarei responder três questões sobre o tema. Por que há tanto interesse dos estrangeiros? As empresas brasileiras estão absorvendo mão […] Leia mais

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Fernando Mantovani — Sua Carreira, Sua Gestão

Publicado em 18 de julho de 2012 às, 15h05.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às, 09h22.

Nunca antes na história deste país houve tanto interesse de profissionais de fora do país em trabalhar no Brasil. Brincadeiras a parte, apenas para contextualizar, se compararmos 2007 com 2012, é possível observar o aumento considerável dos números de CVs estrangeiros interessados em oportunidades de trabalho no País.

Neste post tentarei responder três questões sobre o tema. Por que há tanto interesse dos estrangeiros? As empresas brasileiras estão absorvendo mão de obra estrangeira? Esta é a solução para a falta de mão de obra qualificada?

A primeira pergunta tem respostas mais óbvias. O Brasil, do ponto de vista, do estrangeiro é hoje uma das economias mais sólidas do mundo, continua a ser o alvo de investimentos, além ser um regime democrático consolidado e aberto a diversidade. Para quem vive em países europeus ou mesmo nos Estados Unidos onde a crise afeta diretamente o nível de emprego, o Brasil é visto como a melhor opção.

Quanto à absorção das empresas brasileiras a situação é mais complexa por algumas razões. As empresas nacionais ainda não tem como cultura enxergar na mão de obra estrangeira uma alternativa para suprir as suas posições. Ainda busca-se a solução até o mercado interno esgotar. O segundo ponto é que a economia aquecida faz com que empresas contratem com velocidade e a burocracia para se trazer um estrangeiro muitas vezes torna-se um impeditivo que deve ser pensado pelas autoridades competentes. Outra dificuldade é que dependendo da posição em que o profissional deseja ingressar é fundamental entender a cultura local para o sucesso na função, como um profissional na área comercial ou marketing.

Por fim, mas não menos importante, o pouco ou mínimo conhecimento do idioma português por parte dos estrangeiros é um grande empecilho. Não por acaso, alguns mercados como Oil&Gas e TI em que o inglês funciona como linguagem universal são os que mais têm absorvido essa mão de obra.

Respondendo a última pergunta, a mão de obra estrangeira pode ser uma boa alternativa – não a única – para suprir a falta de profissionais qualificados em algumas posições, que não exigem profundo conhecimento do mercado local, por exemplo. Porém, serão necessários avanços como a redução da burocracia e mudança cultural das organizações brasileiras para que tenham a ousadia de pensar nesta possibilidade. Com esses passos dados, chamem os “gringos”!