Celebrações valorizam funcionários
Se por um lado o distanciamento social reduz a contaminação de covid-19, por outro, eliminar por completo as interações “de carne e osso” abala o bem-estar
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2022 às 08h30.
Está ficando para trás o tempo em que o maior problema das festas de fim de ano nas empresas era ter verba, fazer algo diferente e agradar a maioria. Desde o início da pandemia, a preocupação com a saúde física e mental dos colaboradores tem norteado boa parte das iniciativas corporativas, especialmente as que envolvem a possibilidade de contato presencial.
Se por um lado o distanciamento social reduz o risco de contaminação pelo coronavírus, por outro, já sabemos que eliminar por completo as interações “de carne e osso” abala o bem-estar e a qualidade de vida. A equação é complexa e precisa estar no radar das companhias. À beira de encerrarmos 2022, o aumento do número de casos, internações e mortes só mostra que o desafio persiste, mesmo que de forma muito mais branda do que no passado.
Seguir os protocolos sanitários e evitar a propagação da Covid-19 continua sendo essencial e sinônimo de cuidado com os funcionários e a sociedade como um todo. Assim como o modelo de trabalho híbrido se instalou a partir dessa realidade, as confraternizações também vêm sendo repensadas e adaptadas em nome de um bem maior, a vida e a saúde das pessoas.
Em dezembro de 2021, quando a pandemia caminhava para quase dois anos de duração, a Robert Half realizou uma pesquisa sobre as comemorações de fim de ano em sua página do LinkedIn. Entre os 5,4 mil profissionais que foram ouvidos, 53% desejavam uma comemoração fora do escritório, 30% davam preferência a uma ação de caridade, 11% queriam uma celebração virtual e 6% gostariam de se reunir dentro da empresa.
Chamou minha atenção, à época, como era importante para as pessoas voltar à normalidade, já que apenas uma minoria optou por uma ação on-line. A festa “da firma”, sem dúvida, é um símbolo do que os funcionários consideram uma conclusão de ano “normal”. Até para quem é avesso a esse tipo de iniciativa ou não trabalha na empresa (parceiros comerciais e familiares dos colaboradores), a festa é um indicador de que está tudo dentro dos eixos.
Por isso mesmo, acredito que realizar a última confraternização corporativa do ano, com criatividade e segurança, seja fundamental. Além de uma tradição já esperada, a celebração aproxima e valoriza os times e suas conquistas. Ela também marca o final de um ciclo de trabalho e o início de outro, e funciona como um agradecimento à dedicação de todos.
São muitas as opções de celebração segura entre as empresas. Entre elas, destaco os encontros físicos controlados (em locais arejados, com menos participantes, medidas sanitárias etc), as festas virtuais (com shows, premiações, sorteios e gincanas on-line) ou híbridas (mesclam a primeira e a segunda alternativa) e as ações sociais (junto a ONGs, por exemplo).
O ponto de partida para chegar a uma solução bem-sucedida é mapear o clima do quadro funcional, para confirmar se a maioria quer realmente algum tipo de ação de fim de ano. A partir daí, o próximo passo é sondar as expectativas em relação ao formato, dentro de um leque de alternativas que sejam compatíveis com o momento atual da pandemia.
Foco no dia seguinte ainda é regra de ouro
No dia da festa, vale lembrar de que se trata de um evento corporativo e não uma balada com amigos ou familiares. Por mais animados (ou desanimados) que estejamos, é necessário manter o profissionalismo. A dica para se manter na linha é pensar que no dia seguinte ainda seremos funcionário, colega, chefe na empresa.
Na prática, isso quer dizer adotar alguns cuidados para garantir a diversão sem perder a reputação:
- participe – abrir mão de participar da comemoração de final de ano é totalmente desaconselhável, pois contradiz a ideia de espírito de equipe;
- use trajes adequados – informar-se sobre o tipo de roupa esperado é uma boa medida para não destoar da proposta da celebração e ficar desconfortável;
- seja responsável – dar indiretas, fazer pegadinhas e paquerar são atitudes a serem evitadas. É fácil cometer um erro nesses tipos de abordagem e gerar um problema maior;
- desacelere nas redes sociais – antes de publicar uma foto ou comentário que envolva outros colegas, confira se eles aceitam a exposição. Também é importante respeitar a política da empresa sobre o assunto.
A celebração de fim de ano também é uma excelente oportunidade para investir no networking. Colocar o papo em dia com conhecidos e iniciar conversas com colegas desconhecidos ajuda a abrir novos horizontes profissionais e pode render bons frutos no longo prazo.
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
Está ficando para trás o tempo em que o maior problema das festas de fim de ano nas empresas era ter verba, fazer algo diferente e agradar a maioria. Desde o início da pandemia, a preocupação com a saúde física e mental dos colaboradores tem norteado boa parte das iniciativas corporativas, especialmente as que envolvem a possibilidade de contato presencial.
Se por um lado o distanciamento social reduz o risco de contaminação pelo coronavírus, por outro, já sabemos que eliminar por completo as interações “de carne e osso” abala o bem-estar e a qualidade de vida. A equação é complexa e precisa estar no radar das companhias. À beira de encerrarmos 2022, o aumento do número de casos, internações e mortes só mostra que o desafio persiste, mesmo que de forma muito mais branda do que no passado.
Seguir os protocolos sanitários e evitar a propagação da Covid-19 continua sendo essencial e sinônimo de cuidado com os funcionários e a sociedade como um todo. Assim como o modelo de trabalho híbrido se instalou a partir dessa realidade, as confraternizações também vêm sendo repensadas e adaptadas em nome de um bem maior, a vida e a saúde das pessoas.
Em dezembro de 2021, quando a pandemia caminhava para quase dois anos de duração, a Robert Half realizou uma pesquisa sobre as comemorações de fim de ano em sua página do LinkedIn. Entre os 5,4 mil profissionais que foram ouvidos, 53% desejavam uma comemoração fora do escritório, 30% davam preferência a uma ação de caridade, 11% queriam uma celebração virtual e 6% gostariam de se reunir dentro da empresa.
Chamou minha atenção, à época, como era importante para as pessoas voltar à normalidade, já que apenas uma minoria optou por uma ação on-line. A festa “da firma”, sem dúvida, é um símbolo do que os funcionários consideram uma conclusão de ano “normal”. Até para quem é avesso a esse tipo de iniciativa ou não trabalha na empresa (parceiros comerciais e familiares dos colaboradores), a festa é um indicador de que está tudo dentro dos eixos.
Por isso mesmo, acredito que realizar a última confraternização corporativa do ano, com criatividade e segurança, seja fundamental. Além de uma tradição já esperada, a celebração aproxima e valoriza os times e suas conquistas. Ela também marca o final de um ciclo de trabalho e o início de outro, e funciona como um agradecimento à dedicação de todos.
São muitas as opções de celebração segura entre as empresas. Entre elas, destaco os encontros físicos controlados (em locais arejados, com menos participantes, medidas sanitárias etc), as festas virtuais (com shows, premiações, sorteios e gincanas on-line) ou híbridas (mesclam a primeira e a segunda alternativa) e as ações sociais (junto a ONGs, por exemplo).
O ponto de partida para chegar a uma solução bem-sucedida é mapear o clima do quadro funcional, para confirmar se a maioria quer realmente algum tipo de ação de fim de ano. A partir daí, o próximo passo é sondar as expectativas em relação ao formato, dentro de um leque de alternativas que sejam compatíveis com o momento atual da pandemia.
Foco no dia seguinte ainda é regra de ouro
No dia da festa, vale lembrar de que se trata de um evento corporativo e não uma balada com amigos ou familiares. Por mais animados (ou desanimados) que estejamos, é necessário manter o profissionalismo. A dica para se manter na linha é pensar que no dia seguinte ainda seremos funcionário, colega, chefe na empresa.
Na prática, isso quer dizer adotar alguns cuidados para garantir a diversão sem perder a reputação:
- participe – abrir mão de participar da comemoração de final de ano é totalmente desaconselhável, pois contradiz a ideia de espírito de equipe;
- use trajes adequados – informar-se sobre o tipo de roupa esperado é uma boa medida para não destoar da proposta da celebração e ficar desconfortável;
- seja responsável – dar indiretas, fazer pegadinhas e paquerar são atitudes a serem evitadas. É fácil cometer um erro nesses tipos de abordagem e gerar um problema maior;
- desacelere nas redes sociais – antes de publicar uma foto ou comentário que envolva outros colegas, confira se eles aceitam a exposição. Também é importante respeitar a política da empresa sobre o assunto.
A celebração de fim de ano também é uma excelente oportunidade para investir no networking. Colocar o papo em dia com conhecidos e iniciar conversas com colegas desconhecidos ajuda a abrir novos horizontes profissionais e pode render bons frutos no longo prazo.
Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar