A importância do bem-estar para a produtividade
Setembro Amarelo e a relação entre saúde mental e eficiência no ambiente corporativo
Colunista
Publicado em 13 de setembro de 2024 às 08h00.
No ambiente corporativo, onde a pressão por resultados e a constante necessidade de inovação são realidades das quais não se pode fugir, o bem-estar dos colaboradores emerge como uma questão de responsabilidade social, mas também como um imperativo estratégico. Neste Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, temos mais uma oportunidade para discutir como a saúde mental pode, e deve, ser integrada à cultura empresarial, gerando benefícios duradouros tanto para as pessoas quanto para as organizações.
É também por isso que a Robert Half, em parceria com a The School Of Life, lança anualmente, desde 2021, a pesquisa “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”. Como a edição deste ano acabou de sair do forno, retomo alguns dados interessantes do último estudo: 95% dos 387 liderados e 96% dos 387 líderes entrevistados acreditam que a responsabilidade pela saúde mental no trabalho é das empresas, com graus variados de responsabilização entre “total”, “muito” e “moderado”.
A conexão entre saúde mental e produtividade é inegável. De acordo com a mesma pesquisa, 44% dos líderes e 45% dos liderados admitiram ter enfrentado problemas de produtividade no último ano devido a questões emocionais. Mais alarmante ainda é o fato de que 65% dos líderes reconhecem que a saúde emocional de seus liderados afetou o desempenho das equipes. Esses números são alguns dos muitos que evidenciam como a negligência dessas questões pode resultar em prejuízos significativos.
Outro grande desafio está no fato de que o impacto da saúde mental no trabalho vai além das métricas tradicionais de desempenho. Colaboradores que enfrentam desafios emocionais frequentemente apresentam queda no engajamento, dificuldade na tomada de decisões, menor capacidade de inovação e, em casos extremos, podem se afastar do trabalho por longos períodos. Isso cria um ciclo vicioso, no qual a falta de suporte agrava os problemas de saúde mental, reduzindo ainda mais a produtividade.
Para reverter esse cenário, as empresas precisam adotar uma abordagem proativa e abrangente em relação ao bem-estar dos colaboradores. Abaixo, reúno algumas práticas para promover a saúde mental e, consequentemente, aumentar o rendimento dos times:
- Programas de saúde e bem-estar: oferecerprogramas que integrem saúde física e mental é fundamental, o que pode incluir desde a disponibilização de planos de saúde com cobertura para terapias psicológicas até incentivos para a prática de esportes.
- Treinamentos sobre inteligência emocional: capacitarlíderes e colaboradores para reconhecer e lidar com emoções no ambiente de trabalho é essencial. Treinamentos que abordam inteligência emocional ajudam a reduzir o estresse, além de melhorar a comunicação e fortalecer os relacionamentos interpessoais;
- Flexibilidade e autonomia: promover um ambiente de trabalho flexível, onde as pessoas tenham autonomia para gerenciar suas responsabilidades, contribui para a redução do estresse e tende a melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
- Cultura de diálogo aberto: criar uma cultura na qual esses temas sejam discutidos abertamente é um dos passos mais importantes. Iniciativas como campanhas internas de conscientização, palestras e workshops sobre saúde mental, e o incentivo para que colaboradores compartilhem suas experiências podem ajudar a normalizar essas conversas e reduzir os estigmas.
Evidentemente, a promoção do bem-estar no ambiente de trabalho não deve se limitar a um mês do ano. Embora o Setembro Amarelo seja uma excelente oportunidade para reforçar a importância dessas discussões, é fundamental que as empresas mantenham um compromisso contínuo ao longo de todo o ano.
Uma cultura corporativa que valoriza o bem-estar físico e mental como pilares da produtividade não só melhora o desempenho das equipes, mas também fortalece o engajamento e a lealdade dos colaboradores. Empresas que investem em saúde mental criam ambientes propícios à inovação, à criatividade e à colaboração. Do meu lado, o que posso sugerir é a reflexão de como o bem-estar corporativo pode ser uma estratégia inteligente (e decisiva) para o crescimento de qualquer organização, vale a aposta.Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar
No ambiente corporativo, onde a pressão por resultados e a constante necessidade de inovação são realidades das quais não se pode fugir, o bem-estar dos colaboradores emerge como uma questão de responsabilidade social, mas também como um imperativo estratégico. Neste Setembro Amarelo, mês de conscientização sobre a prevenção ao suicídio, temos mais uma oportunidade para discutir como a saúde mental pode, e deve, ser integrada à cultura empresarial, gerando benefícios duradouros tanto para as pessoas quanto para as organizações.
É também por isso que a Robert Half, em parceria com a The School Of Life, lança anualmente, desde 2021, a pesquisa “Inteligência Emocional e Saúde Mental no Ambiente de Trabalho”. Como a edição deste ano acabou de sair do forno, retomo alguns dados interessantes do último estudo: 95% dos 387 liderados e 96% dos 387 líderes entrevistados acreditam que a responsabilidade pela saúde mental no trabalho é das empresas, com graus variados de responsabilização entre “total”, “muito” e “moderado”.
A conexão entre saúde mental e produtividade é inegável. De acordo com a mesma pesquisa, 44% dos líderes e 45% dos liderados admitiram ter enfrentado problemas de produtividade no último ano devido a questões emocionais. Mais alarmante ainda é o fato de que 65% dos líderes reconhecem que a saúde emocional de seus liderados afetou o desempenho das equipes. Esses números são alguns dos muitos que evidenciam como a negligência dessas questões pode resultar em prejuízos significativos.
Outro grande desafio está no fato de que o impacto da saúde mental no trabalho vai além das métricas tradicionais de desempenho. Colaboradores que enfrentam desafios emocionais frequentemente apresentam queda no engajamento, dificuldade na tomada de decisões, menor capacidade de inovação e, em casos extremos, podem se afastar do trabalho por longos períodos. Isso cria um ciclo vicioso, no qual a falta de suporte agrava os problemas de saúde mental, reduzindo ainda mais a produtividade.
Para reverter esse cenário, as empresas precisam adotar uma abordagem proativa e abrangente em relação ao bem-estar dos colaboradores. Abaixo, reúno algumas práticas para promover a saúde mental e, consequentemente, aumentar o rendimento dos times:
- Programas de saúde e bem-estar: oferecerprogramas que integrem saúde física e mental é fundamental, o que pode incluir desde a disponibilização de planos de saúde com cobertura para terapias psicológicas até incentivos para a prática de esportes.
- Treinamentos sobre inteligência emocional: capacitarlíderes e colaboradores para reconhecer e lidar com emoções no ambiente de trabalho é essencial. Treinamentos que abordam inteligência emocional ajudam a reduzir o estresse, além de melhorar a comunicação e fortalecer os relacionamentos interpessoais;
- Flexibilidade e autonomia: promover um ambiente de trabalho flexível, onde as pessoas tenham autonomia para gerenciar suas responsabilidades, contribui para a redução do estresse e tende a melhorar o equilíbrio entre vida pessoal e profissional;
- Cultura de diálogo aberto: criar uma cultura na qual esses temas sejam discutidos abertamente é um dos passos mais importantes. Iniciativas como campanhas internas de conscientização, palestras e workshops sobre saúde mental, e o incentivo para que colaboradores compartilhem suas experiências podem ajudar a normalizar essas conversas e reduzir os estigmas.
Evidentemente, a promoção do bem-estar no ambiente de trabalho não deve se limitar a um mês do ano. Embora o Setembro Amarelo seja uma excelente oportunidade para reforçar a importância dessas discussões, é fundamental que as empresas mantenham um compromisso contínuo ao longo de todo o ano.
Uma cultura corporativa que valoriza o bem-estar físico e mental como pilares da produtividade não só melhora o desempenho das equipes, mas também fortalece o engajamento e a lealdade dos colaboradores. Empresas que investem em saúde mental criam ambientes propícios à inovação, à criatividade e à colaboração. Do meu lado, o que posso sugerir é a reflexão de como o bem-estar corporativo pode ser uma estratégia inteligente (e decisiva) para o crescimento de qualquer organização, vale a aposta.Aqui, neste Blog , você encontra outros artigos sobre carreira, gestão e mercado de trabalho. Também é possível ter mais informações sobre os temas na Central do Conhecimento do site da Robert Half. Se você gosta de podcasts, não deixe de acompanhar o Robert Half Talks .
*por Fernando Mantovani, diretor-geral da Robert Half para a América do Sul e autor do livro Para quem está na chuva… e não quer se molhar