5 reflexões para inspirar a sua jornada de inovação aberta
Sofia Esteves compartilha cinco aprendizados do primeiro programa de aceleração de startups do Grupo Cia de Talentos
Luísa Granato
Publicado em 30 de novembro de 2021 às 11h16.
Última atualização em 3 de dezembro de 2021 às 11h19.
Fim de ano é aquela época de retrospectivas. Começamos a pensar sobre tudo que passamos, o que fizemos, o que poderia ter sido diferente, os aprendizados. Enfim, é aquele momento no qual colocamos nossa vida pessoal e profissional na balança e refletimos.
Quando faço este exercício, considero os diferentes projetos, ações e novidades que o Grupo Cia de Talentos lançou ao longo dos últimos 12 meses.
Tento olhar para cada um deles e pensar no que posso levar de reflexão para o novo ciclo. Mas, dessa vez, pensei que, melhor do que refletir, seria compartilhar essas ideias e, assim, inspirar outros profissionais a fazerem o mesmo.
Foi assim que cheguei a esta lista de cinco reflexões sobre o nosso primeiro programa de aceleração de startups: o CT Labs.
Apesar do grupo já estar acostumado a lidar com startups — inclusive, o Bettha.com é a startup do Grupo e vem invertendo a lógica dos projetos seletivos para promover desenvolvimento antes da seleção —, esta foi a primeira vez que, com a ajuda da plataforma de inovação aberta Liga Ventures, construímos um programa estruturado e robusto para acelerar esses negócios de grande potencial.
Ao todo, 285 startups se inscreveram nos desafios, 36 foram entrevistadas, 13 chegaram à etapa final e, por fim, três foram selecionadas. São elas: Avulta, Pulses e Tamboro.
Depois dessa experiência de quatro meses do programa de aceleração, achei que valia compartilhar alguns aprendizados que tivemos.
Confira os cinco aprendizados para sua jornada de inovação aberta
1. A preparação faz toda a diferença
Antes de iniciar o programa, nós buscamos entender em detalhes do que se tratava, quais eram as etapas, como poderíamos contribuir com as startups e vice-versa, quanto tempo de dedicação seria necessário, enfim, aprofundar nosso conhecimento sobre o assunto.
Esse preparo anterior, que envolveu muitas reuniões com o pessoal da Liga Ventures, foi fundamental para alinharmos expectativas, nos organizarmos e, acima de tudo, estarmos verdadeiramente engajados com a iniciativa.
2. Investir tempo na seleção da equipe interna vale a pena
Todas as pessoas escolhidas para atuar no projeto foram selecionadas de forma bastante criteriosa. Não bastava ter conhecimento técnico, estávamos de olho também nas competências comportamentais e na postura intraempreendedora.
Precisávamos de colaboradores que, sim, conhecessem bem o negócio e soubessem discutir as dores e as soluções com a startup, mas que, antes disso, acreditassem no projeto e estivessem lá para fazer acontecer. Pessoas compromissadas, que gostam de compartilhar conhecimento e que estavam dispostas a investir tempo nessa construção. Por sermos uma empresa que acredita no potencial dos talentos e os desenvolve, não poderíamos fazer diferente. No fim, reafirmamos a nossa crença de que as pessoas são parte fundamental do sucesso de qualquer empreitada.
3. O match não é só com a solução, mas com quem está por trás dela
De novo, o tema "pessoas" aparece porque, bem, ele é central para os negócios. Pode ser que, no primeiro momento, uma empresa que tem um programa de aceleração foque apenas na proposta de valor das startups, seus produtos e serviços, mas a nossa percepção foi de que o alinhamento de valores e de visão de mundo entre os dois lados faz toda a diferença.
Foi esse fit que facilitou o diálogo, o encaminhamento das ações, as tomadas de decisões e, inclusive, a continuidade desse relacionamento mesmo após o fim da aceleração. A sinergia entre o Grupo Cia de Talentos e as startups foi tanta que surgiram ideias de produtos co-branded, nos quais estamos trabalhando agora.
4. Maturidades diferentes geram contribuições diferentes — mas igualmente valiosas
Nas várias conversas com a Liga, fomos informados sobre essa questão da maturidade do negócio ou de uma solução oferecida. Às vezes, uma startup tem boas ideias e grande potencial, porém ainda precisa amadurecer algumas questões e entender isso foi importante para fazermos apostas conscientes, ajustes no projeto e, no fim, sairmos muito satisfeitos com o resultado.
É verdade que o nível de maturidade muda tudo, da velocidade das decisões à dedicação de tempo para cada etapa, mas a sinergia com as startups e os diferenciais das suas soluções acabaram compensando. Acho que uma lição importante foi que uma aceleração de sucesso não se resume ao produto final, mas a uma jornada de experimentação e muito aprendizado.
5. A convivência com startups pode ajudar a repensar alguns processos
O que percebemos ao longo do programa é que conseguimos fazer entregas de qualidade ajustando algumas questões para ganhar velocidade. Começamos a refletir se podemos mudar parte de um processo interno para ter uma tomada de decisão mais veloz, como podemos flexibilizar sem comprometer a nossa excelência e como, na nossa estrutura atual, conseguimos incorporar um pouco mais desse espírito das startups.
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Fim de ano é aquela época de retrospectivas. Começamos a pensar sobre tudo que passamos, o que fizemos, o que poderia ter sido diferente, os aprendizados. Enfim, é aquele momento no qual colocamos nossa vida pessoal e profissional na balança e refletimos.
Quando faço este exercício, considero os diferentes projetos, ações e novidades que o Grupo Cia de Talentos lançou ao longo dos últimos 12 meses.
Tento olhar para cada um deles e pensar no que posso levar de reflexão para o novo ciclo. Mas, dessa vez, pensei que, melhor do que refletir, seria compartilhar essas ideias e, assim, inspirar outros profissionais a fazerem o mesmo.
Foi assim que cheguei a esta lista de cinco reflexões sobre o nosso primeiro programa de aceleração de startups: o CT Labs.
Apesar do grupo já estar acostumado a lidar com startups — inclusive, o Bettha.com é a startup do Grupo e vem invertendo a lógica dos projetos seletivos para promover desenvolvimento antes da seleção —, esta foi a primeira vez que, com a ajuda da plataforma de inovação aberta Liga Ventures, construímos um programa estruturado e robusto para acelerar esses negócios de grande potencial.
Ao todo, 285 startups se inscreveram nos desafios, 36 foram entrevistadas, 13 chegaram à etapa final e, por fim, três foram selecionadas. São elas: Avulta, Pulses e Tamboro.
Depois dessa experiência de quatro meses do programa de aceleração, achei que valia compartilhar alguns aprendizados que tivemos.
Confira os cinco aprendizados para sua jornada de inovação aberta
1. A preparação faz toda a diferença
Antes de iniciar o programa, nós buscamos entender em detalhes do que se tratava, quais eram as etapas, como poderíamos contribuir com as startups e vice-versa, quanto tempo de dedicação seria necessário, enfim, aprofundar nosso conhecimento sobre o assunto.
Esse preparo anterior, que envolveu muitas reuniões com o pessoal da Liga Ventures, foi fundamental para alinharmos expectativas, nos organizarmos e, acima de tudo, estarmos verdadeiramente engajados com a iniciativa.
2. Investir tempo na seleção da equipe interna vale a pena
Todas as pessoas escolhidas para atuar no projeto foram selecionadas de forma bastante criteriosa. Não bastava ter conhecimento técnico, estávamos de olho também nas competências comportamentais e na postura intraempreendedora.
Precisávamos de colaboradores que, sim, conhecessem bem o negócio e soubessem discutir as dores e as soluções com a startup, mas que, antes disso, acreditassem no projeto e estivessem lá para fazer acontecer. Pessoas compromissadas, que gostam de compartilhar conhecimento e que estavam dispostas a investir tempo nessa construção. Por sermos uma empresa que acredita no potencial dos talentos e os desenvolve, não poderíamos fazer diferente. No fim, reafirmamos a nossa crença de que as pessoas são parte fundamental do sucesso de qualquer empreitada.
3. O match não é só com a solução, mas com quem está por trás dela
De novo, o tema "pessoas" aparece porque, bem, ele é central para os negócios. Pode ser que, no primeiro momento, uma empresa que tem um programa de aceleração foque apenas na proposta de valor das startups, seus produtos e serviços, mas a nossa percepção foi de que o alinhamento de valores e de visão de mundo entre os dois lados faz toda a diferença.
Foi esse fit que facilitou o diálogo, o encaminhamento das ações, as tomadas de decisões e, inclusive, a continuidade desse relacionamento mesmo após o fim da aceleração. A sinergia entre o Grupo Cia de Talentos e as startups foi tanta que surgiram ideias de produtos co-branded, nos quais estamos trabalhando agora.
4. Maturidades diferentes geram contribuições diferentes — mas igualmente valiosas
Nas várias conversas com a Liga, fomos informados sobre essa questão da maturidade do negócio ou de uma solução oferecida. Às vezes, uma startup tem boas ideias e grande potencial, porém ainda precisa amadurecer algumas questões e entender isso foi importante para fazermos apostas conscientes, ajustes no projeto e, no fim, sairmos muito satisfeitos com o resultado.
É verdade que o nível de maturidade muda tudo, da velocidade das decisões à dedicação de tempo para cada etapa, mas a sinergia com as startups e os diferenciais das suas soluções acabaram compensando. Acho que uma lição importante foi que uma aceleração de sucesso não se resume ao produto final, mas a uma jornada de experimentação e muito aprendizado.
5. A convivência com startups pode ajudar a repensar alguns processos
O que percebemos ao longo do programa é que conseguimos fazer entregas de qualidade ajustando algumas questões para ganhar velocidade. Começamos a refletir se podemos mudar parte de um processo interno para ter uma tomada de decisão mais veloz, como podemos flexibilizar sem comprometer a nossa excelência e como, na nossa estrutura atual, conseguimos incorporar um pouco mais desse espírito das startups.
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