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Game of Thrones: episódio 4 trouxe massacre e deixou suspense

Dragões, mistério e adagas. Episódio 4 da Temporada 7 foi tumultuado, mas cheio de emoção. Veja aqui todos os detalhes

 (HBO/Divulgação)
(HBO/Divulgação)
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Sobre Filmes e Séries

Publicado em 7 de agosto de 2017 às, 11h02.

Última atualização em 9 de agosto de 2017 às, 11h10.

Senhoras e senhores, que episódio! Lembrando que esse texto está cheio de spoilers.

Ultrapassamos a metade da temporada 7 de Game of Thrones, a penúltima da história da série, e assistimos a encontros esperados entre personagens-chave e uma batalha de tirar o fôlego. Uma das melhores, talvez atrás da Batalha dos Bastardos da temporada 6.

Antes, não podemos deixar de mencionar a quarta noite de agonia que os assinantes da plataforma de streaming da HBO, HBO Go, já que o serviço saiu do ar novamente, revoltando os usuários.

Nas redes sociais, o descontentamento foi palpável nas dezenas de reclamações postadas nos espaços para comentários da fanpage da HBO Brasil no Facebook e nos milhares de tuítes que tomaram conta do Twitter. O blog segue em contato com a assessoria de imprensa no Brasil para descobrir o que está acontecendo e aguarda esclarecimentos.

Isso dito, vamos ao que interessa, os principais destaques do que vimos na série nesta noite deste domingo, 6 de julho. A começar pelo final, é claro, com a atuação impecável de Drogon, que arrasou Lannisters e Tarlys nas redondezas do Jardim de Cima, onde Olenna Tyrell foi morta na semana anterior e Jaime conseguiu toneladas de ouro para acertar as contas com o Banco de Ferro de Bravos.

E que momento! Personagens importantes apostando alto em uma batalha tensa e na qual vimos um dragão em ação em Westeros pela primeira vez. A tensão foi construída com uma maestria digna das primeiras temporadas de Game of Thrones.

Jaime, Bronn e Dickon Tarly batem papo sobre amenidades e assuntos práticos, avaliam se todo aquele ouro já foi entregue ao banco, e especulam quando, afinal, Bronn terá um castelo para chamar de seu. Estão de relativo bom humor até que ouvem, ao fundo, sons agudos emanando do horizonte.

Os Dothraki entram em cena, cavalgando em altíssima velocidade, fazendo manobras com suas armas, gritando. Nesse momento, o blog só conseguia pensar em Robert Baratheon e uma mensagem que ele deixou à Cersei (ainda que em vão, como veremos adiante) temporadas atrás: “só um tolo enfrentaria os Dothraki em campo aberto”. O massacre, percebemos, era uma questão de tempo.

Não bastasse o talento desse povo com as armas, outra surpresa: Dany e Drogon sobrevoam a campina, ateando fogo contra tudo e todos. À essa altura, Jamie está em choque, mas segue lutando com Bronn e Dickon. Aos poucos, tudo vira cinzas, mas a geringonça apresentada por Qyburn vem à memória do cavaleiro, que manda sua seu braço-direto (mão direita, quer dizer), armá-la para tentar acertar o dragão. Conseguem

Dany aterrissa em segurança e justo quando ela apurava quão sérios os ferimentos de Drogon eram, vemos Tyrion no alto de um morro. Invés de triunfante com a vitória iminente, esse Lannister parece lutar contra seus próprios sentimentos ao ver tantos homens fieis à sua Casa queimados vivos e seu irmão lutando bravamente para sobreviver.

O que estava por vir, testemunhamos com a narração do caçula: Jaime vê Dany e Drogon, enxerga uma oportunidade de acabar com ela, contrariando o passo lógico de não enfrentar um dragão, ainda que moribundo. Ocorre que Tyrion estava certo, esse movimento foi uma imprudência, já que o dragão ainda tinha fôlego para expelir mais chamas.

Antes que Drogon conseguisse atingir Jaime, no entanto, Bronn o salva, jogando-o em um lago. Com a armadura pesada, vemos o cavaleiro afundar como um saco de areia. O episódio termina com esse cliffhanger magnífico: será esse o fim de Jaime? O que fará Tyrion ao ver seu irmão, sempre protetor, se afogar?

Bom, antes de prosseguirmos para acontecimentos em outras regiões de Westeros, vale notar que essa estratégia usada pela jovem Targaryen era justamente o que seus conselheiros pediram que ela não fizesse: voar por aí queimando seus inimigos ao melhor estilo Rei Louco.

Embora tenha sido uma vitória importante, já que Dany vinha enfrentando uma série de derrotas amargas, o blog teme que essa estratégia vire uma propaganda perigosa para Cersei. E é também em cima de propagandas que as guerras são feitas.

Há posts falamos sobre essa mudança de temperamento da mãe dos dragões, que vem endurecendo cada vez mais o seu discurso, ameaçando queimar tudo e todos, especialmente quem não jurar lealdade para sua coroa. Nos recusamos a torcer pela atual rainha, mas estamos enfrentando um conflito daqueles.

Ainda achamos que essa estratégia servirá contra os seus propósitos, ainda mais quando lembramos que esse movimento foi, ainda, antecipado por Cersei para a nobreza. Foi justamente falando dos dragões e da fúria dos Dothraki que a atual rainha conseguiu angariar mais aliados, como os Tarly, por exemplo.

Devaneios colocados, vamos em frente para outros dois pontos interessantíssimos e importantíssimos que o episódio 4 de Game of Thrones nos trouxe, mas dessa vez em Winterfell, com o aguardado encontro dos irmão Stark que sobreviveram aos últimos anos de violência e desamparo.

Na semana passada, vimos Bran finalmente chegar ao castelo e ter uma conversa pra lá de esquisita com sua irmã mais velha. Agora, Mindinho passou por seu quarto para lhe dar um presente nada convencional: uma adaga de aço valiriano, a mesma usada na tentativa de assassinato do caçula dos Stark anos antes.

Enfim, os comentários fora do tom de Bran surtem um efeito menos constrangedor, mais ameaçador: “o caos é uma escada”, disse para Mindinho, sutilmente mostrando está com seus três olhos abertos para tramoias de Lord Baelish.

Com os irmãos reunidos, Bran também comenta o que viu da história de Arya, abrindo para mais membros da família a sua capacidade de ter visões. Ela logo nota a adaga que Bran carrega na cintura e ele conta sobre o presente, repassando-o sabiamente para as mãos treinadas de sua irmã.

É digno de mencionar a volta triunfante de Arya. Ela se apresentou ao seu lar da forma mais Arya possível: uma simulação de batalha de espadas com Brienne na qual mostrou tudo o que aprendeu durante suas aventuras pelo mundo, dos movimentos atentos e elegantes de Syrio Forel até a frieza calculista que adquiriu com os Homens Sem Rosto.

Todos esses momentos foram recompensadores. Depois de anos de sofrimento, ver uma Sansa esperta e atenta à frente de Winterfell, uma Arya pronta para derrubar qualquer inimigo e Bran desenvolvendo seus dons como corvo de três olhos, o blog sentiu certo orgulho em vê-los amadurecidos. As tristezas e obstáculos enfrentados não foram em vão. Ao menos não até agora, é claro.

No geral, vimos um episódio excelente e o melhor, até o momento, dessa temporada 7, apesar de continuarmos não gostando da velocidade exagerada com a qual os personagens estão viajando de um lugar para o outro e resolvendo situações complicadas. Aparentemente, contudo, esse será o ritmo durante todo o resto da temporada. Para o bem e para o mal.

*Atualização em 09/08 -> Um leitor chamou a atenção para um fato interessante do último episódio e que não deve passar despercebido: durante as conversas com Tyrion e Jon, Dany ouve que não deveria ser a rainha que queima “Castelos e Cidades”, não exércitos, como ela fez na campina contra os Lannisters, o que sugere um possível acerto estratégico. No entanto, o blog lembra que esse medo de seus conselheiros sobre o uso “abusivo” dos dragões foi levantado em outros momentos da série e seguimos achando que esse pode ser um caminho polêmico a ser seguido rumo ao trono.