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5 dicas para tornar a busca por conhecimento mais disruptiva

Sandya Coelho destaca 5 formas que acredito serem essenciais para a busca por conhecimento

Apresentar uma empresa no mercado para uma venda bem-sucedida demanda bastante trabalho antes da elaboração dos materiais sobre a empresa. (PM Images/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2022 às 16h42.

Por Sandya Coelho

Todo começo de ano eu faço uma lista de livros que todo mundo deveria ler. Os mais vendidos nas livrarias digitais e físicas ou baixados no Kindle, os mais recomendados pelos grandes veículos de imprensa internacional, incluindo obras de pessoas que são referência em determinada área leram e recomendam. E ano após ano sigo enchendo cada vez mais minha lista de livros a serem lidos para garantir meu posto de leitora assídua em busca de conhecimento. Essa inquietação em busca de uma visão mais holística também se atribui a outras práticas que aplico em diferentes situações da minha vida. Pensando nisso, destaquei 5 formas que acredito serem essenciais para a busca por conhecimento.

1. Fuja da rotina e caia nas leituras não tradicionais

Analisando essa minha tendência de comportamento que acontece em janeiro, me propus a começar diferente esse ano e ler os livros que ninguém está indicando ainda. Além disso, decidi me dedicar a extrair o máximo de entendimento e aprendizado de leituras menos formais e mais corriqueiras do dia a dia, porque é dali que acredito que tiro os melhores conhecimentos e aplico, na prática, na minha área de atuação ou na vida pessoal.

Apesar de concordar que o conhecimento adquirido por meio literaturas recomendadas para determinadas áreas de atuação seja valioso no processo de aprendizagem, por trazer toda bagagem de autores que são referência em seus setores, acredito que restringir a busca de conhecimento apenas às leituras que todos estão lendo nos leva ao mesmo lugar onde todos já chegaram. Se quisermos encontrar modos disruptivos para executar nosso trabalho ou alguma atividade pessoal, precisamos também aprender novas formas de adquirir, analisar e aplicar informações e aprendizados.

2. Navegue por todas as fontes

E se, ao invés de nos queixarmos tanto pelo excesso de informação que recebemos o tempo todo em todos canais de comunicação aos quais estamos conectados, conseguíssemos aproveitar ao máximo toda troca de informações que nos são disponibilizadas, analisássemos o que é válido e pode ser aproveitado e entendêssemos como podemos aplicar esse conhecimento na prática no nosso dia a dia. Seja para fazer alguma atividade de forma diferente e mais eficiente ou criativa, ou até criar algo do zero, pois essa prática de analisar, filtrar, selecionar e utilizar informações já nos garante um grande aprendizado.

3. Abra-se para formas não-lineares

Gosto de pensar que a melhor forma de adquirir conhecimento seja a não-linear, isto é, não depende necessariamente de um começo, meio e fim. E, sim, pode ser aproveitada durante todo o tempo, em todas as conexões de leitura ou fala, e em todo lugar. Quando criança, por exemplo, eu gostava de ler as revistasReader’s Digestque minha mãe assinava e não lia, e ninguém da escola conhecia. Para quem conhece a famosa revista almanaque norte-americana, vai se lembrar que aborda assuntos aleatórios das mais diversas áreas de conhecimento. Naquela época, década de 90, a internet ainda não era um serviço acessível ao processo de aprendizagem para a minha geração. Então, ou você lia para adquirir conhecimento nos livros e revistas e explorava tudo que estava ao alcance físico, ou não teria o catálogo digital para indexação dos mais variados temas para explorar, como temos hoje em dia.

Ao analisar aquele meu comportamento ainda na pré-adolescência, vejo que eu já aplicava na prática o que acredito ser no meus dias atuais a maior fonte de conhecimento e informação. Devorar como uma leitora assídua não apenas os livros mais renomados, como também todo tipo de informação disponível na internet sobre determinado assunto que me interessa para, então, ir conectando uma ponta à outra até me tornar quase uma especialista naquele tema.

4. Explore sua rede de contatos

Outra forma de conhecimento que considero extremamente valiosa é a oportunidade de explorar minha rede de contatos para me aprofundar num determinado assunto que ainda não entendo muito bem, seja ele relacionado ao meu trabalho ou não. E não ficar restrita apenas aos temas mais acadêmicos, mas me abrir para entender comportamentos e percepções pessoais e não formais sobre determinado assunto.

5. Compartilhe com outras pessoas o que aprendeu

A melhor forma de aprimorar um novo conhecimento adquirido é assimilar o aprendizado e formular uma maneira de passar esse conteúdo adiante, ensinando outras pessoas. Por isso, na minha posição de liderança à frente da área de Comunicação e Parcerias do GetNinjas, essa prática colabora para que eu consiga compartilhar informações sobre novas ferramentas, referências, estratégias, práticas de gestão, métodos de trabalho ou um estilo de vida que apoie a vida profissional e também pessoal dos meus liderados e colegas.

Ainda que não tenha uma relação direta com o meu trabalho, percebi que todo conhecimento que adquiro por meio desses processos não-lineares de aprendizagem, e não estruturados, acrescentam um valor enorme à forma como executo tarefas de formas diferentes, ou conecto informações que ninguém havia considerado àquele contexto. Talvez daí parta o processo criativo que o mundo tanto valoriza, mas ainda não considera que, para criar, é preciso ter referências, sejam elas adquiridas por meio de processos de aprendizagem lineares ou não.

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Por Sandya Coelho

Todo começo de ano eu faço uma lista de livros que todo mundo deveria ler. Os mais vendidos nas livrarias digitais e físicas ou baixados no Kindle, os mais recomendados pelos grandes veículos de imprensa internacional, incluindo obras de pessoas que são referência em determinada área leram e recomendam. E ano após ano sigo enchendo cada vez mais minha lista de livros a serem lidos para garantir meu posto de leitora assídua em busca de conhecimento. Essa inquietação em busca de uma visão mais holística também se atribui a outras práticas que aplico em diferentes situações da minha vida. Pensando nisso, destaquei 5 formas que acredito serem essenciais para a busca por conhecimento.

1. Fuja da rotina e caia nas leituras não tradicionais

Analisando essa minha tendência de comportamento que acontece em janeiro, me propus a começar diferente esse ano e ler os livros que ninguém está indicando ainda. Além disso, decidi me dedicar a extrair o máximo de entendimento e aprendizado de leituras menos formais e mais corriqueiras do dia a dia, porque é dali que acredito que tiro os melhores conhecimentos e aplico, na prática, na minha área de atuação ou na vida pessoal.

Apesar de concordar que o conhecimento adquirido por meio literaturas recomendadas para determinadas áreas de atuação seja valioso no processo de aprendizagem, por trazer toda bagagem de autores que são referência em seus setores, acredito que restringir a busca de conhecimento apenas às leituras que todos estão lendo nos leva ao mesmo lugar onde todos já chegaram. Se quisermos encontrar modos disruptivos para executar nosso trabalho ou alguma atividade pessoal, precisamos também aprender novas formas de adquirir, analisar e aplicar informações e aprendizados.

2. Navegue por todas as fontes

E se, ao invés de nos queixarmos tanto pelo excesso de informação que recebemos o tempo todo em todos canais de comunicação aos quais estamos conectados, conseguíssemos aproveitar ao máximo toda troca de informações que nos são disponibilizadas, analisássemos o que é válido e pode ser aproveitado e entendêssemos como podemos aplicar esse conhecimento na prática no nosso dia a dia. Seja para fazer alguma atividade de forma diferente e mais eficiente ou criativa, ou até criar algo do zero, pois essa prática de analisar, filtrar, selecionar e utilizar informações já nos garante um grande aprendizado.

3. Abra-se para formas não-lineares

Gosto de pensar que a melhor forma de adquirir conhecimento seja a não-linear, isto é, não depende necessariamente de um começo, meio e fim. E, sim, pode ser aproveitada durante todo o tempo, em todas as conexões de leitura ou fala, e em todo lugar. Quando criança, por exemplo, eu gostava de ler as revistasReader’s Digestque minha mãe assinava e não lia, e ninguém da escola conhecia. Para quem conhece a famosa revista almanaque norte-americana, vai se lembrar que aborda assuntos aleatórios das mais diversas áreas de conhecimento. Naquela época, década de 90, a internet ainda não era um serviço acessível ao processo de aprendizagem para a minha geração. Então, ou você lia para adquirir conhecimento nos livros e revistas e explorava tudo que estava ao alcance físico, ou não teria o catálogo digital para indexação dos mais variados temas para explorar, como temos hoje em dia.

Ao analisar aquele meu comportamento ainda na pré-adolescência, vejo que eu já aplicava na prática o que acredito ser no meus dias atuais a maior fonte de conhecimento e informação. Devorar como uma leitora assídua não apenas os livros mais renomados, como também todo tipo de informação disponível na internet sobre determinado assunto que me interessa para, então, ir conectando uma ponta à outra até me tornar quase uma especialista naquele tema.

4. Explore sua rede de contatos

Outra forma de conhecimento que considero extremamente valiosa é a oportunidade de explorar minha rede de contatos para me aprofundar num determinado assunto que ainda não entendo muito bem, seja ele relacionado ao meu trabalho ou não. E não ficar restrita apenas aos temas mais acadêmicos, mas me abrir para entender comportamentos e percepções pessoais e não formais sobre determinado assunto.

5. Compartilhe com outras pessoas o que aprendeu

A melhor forma de aprimorar um novo conhecimento adquirido é assimilar o aprendizado e formular uma maneira de passar esse conteúdo adiante, ensinando outras pessoas. Por isso, na minha posição de liderança à frente da área de Comunicação e Parcerias do GetNinjas, essa prática colabora para que eu consiga compartilhar informações sobre novas ferramentas, referências, estratégias, práticas de gestão, métodos de trabalho ou um estilo de vida que apoie a vida profissional e também pessoal dos meus liderados e colegas.

Ainda que não tenha uma relação direta com o meu trabalho, percebi que todo conhecimento que adquiro por meio desses processos não-lineares de aprendizagem, e não estruturados, acrescentam um valor enorme à forma como executo tarefas de formas diferentes, ou conecto informações que ninguém havia considerado àquele contexto. Talvez daí parta o processo criativo que o mundo tanto valoriza, mas ainda não considera que, para criar, é preciso ter referências, sejam elas adquiridas por meio de processos de aprendizagem lineares ou não.

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