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Quanto vale o seu nome?

Você tem comunicação direta e constante com seus clientes? Leonardo Barci convida você a participar desta reflexão.

Rad

Relacionamento antes do Marketing

Publicado em 31 de outubro de 2016 às 08h00.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 07h26.

No último 24 de outubro, o mercado de Marketing baseado em dados comemorou a vitória de algo que passou quase despercebido das grandes editorias.

Em nota publicada no site da ABEMD (Associação Brasileira de Marketing Direto), estão mais detalhes sobre a reversão da decisão que proibia duas das maiores empresas de informações de crédito no país (SPC Brasil e Serasa) a comercializarem seus dados para ações de marketing.

O tema é delicado e vem sendo evitado há algum tempo, considerando ser este um mercado com pouca regulamentação e muitas dúvidas sobre o que é ético e o que não é na comercialização de listas.

Descobri ao longo dos anos, como profissional de marketing, que clientes têm naturalmente uma melhor resposta a qualquer tipo de comunicação do que novos interessados na marca. Vi isto se repetir seguidas vezes.

A pergunta é “por que então tão pouco caso com os clientes da casa e tanto interesse em quem não conhece a marca? ”

A compra de listas é uma excelente forma de se iniciar um novo negócio. É como uma ‘propaganda de massa’ dirigida. Não necessariamente a melhor forma, mas é um bom caminho quando feito com cuidado e atenção na aquisição e segmentação da lista.

Desbravar novos mercados é algo da natureza humana. Já falamos aqui no blog sobre quando o crescimento deve ser considerado e quando ele deveria ser evitado. Escolher crescer porque isto é o que importa no mundo dos negócios, eventualmente pode não ser a melhor opção.

Sinceramente não tenho a resposta definitiva sobre como iniciar uma nova atividade ou mesmo manter um fluxo constante de novos clientes.

Tenho, porém, boas referências que tem ajudado na tomada de decisões para o investimento do dinheiro de marketing:

  1. Separe parte do dinheiro para construção de marca. Desconheço marcas com boa reputação que não invistam seguidamente nesta construção. Isto não significa necessariamente propaganda de massa e/ou na televisão. O cuidado com a decoração de loja (para um varejo) pode ser tão (ou mais) importante quanto contratar aquele artista para ‘colar’ na marca. O percentual para isto – de todo o dinheiro de comunicação – varia de negócio a negócio, mas parte do dinheiro deveria ser investido sem a preocupação com um medição direta. Sim, já existem fórmulas e modelos matemáticos para isto, mas a decisão de investimento deveria vir antes da medição;
Image courtesy of nalinratphi at FreeDigitalPhotos.net

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  1. Separe parte para comunicação direta e constante com seus clientes. Se os clientes são realmente importantes, dedique tempo e esforço para manter um canal aberto de comunicação. Deste dinheiro, costumo sugerir que entre 70% a 90% deve ser direcionado para ações que vem mostrando resultado ao longo do tempo. O restante (entre 10% a 30%) coloque em novas ações. Aprenda o que funciona e o que não funciona e assim descubra a melhor forma de se relacionar.

Ah, e sobre listas?

Bem, minha recomendação é evitar. Se você precisa de listas é porque ainda não tem um canal aberto com seu público. Convide ao invés de invadir a caixa postal das pessoas.

Muitos países já proibiram o contato comercial para pessoas que não autorizam receber chamadas ou e-mails sem prévia autorização. Alguns projetos de lei no Brasil vem ‘arranhando’ este desenho. Para mim, isto sinaliza que receber um ‘cold call’ não é algo que deveria ser feito em larga escala. Nem todas as pessoas dão abertura para serem contatadas sem que tenham dito sim para isto.

Eventualmente não é porque funciona que deveria ser feito. Se você andar pelas ruas das principais das grandes cidades verá ‘batedores’ lhe parando na rua para que você obrigatoriamente ‘ouça’ a sua mensagem da versão de salvação do mundo destas associações. Sim, no final isto dá resultado. De cada 1000 pessoas abordadas talvez 10 a 20 resolvam parar e ouvir, e destas, talvez uma ou duas resolvam ajudar a causas sociais.

A pergunta que deixo é, será que uma margem de erro entre 98% e 99% é uma boa forma de investimento de tempo e dinheiro?

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