Sorte de novo entrante ajuda Azul na ponte aérea
Azul espera usar reforma da pista principal do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, para atrair passageiros em sua estreia na ponte aérea
Publicado em 15 de agosto de 2019 às, 05h50.
Última atualização em 15 de agosto de 2019 às, 19h34.
A Azul está contando com todo vento a favor de seu plano de operar na ponte aérea Rio-São Paulo. Depois de receber, em julho, da Agência Nacional de Aviação Civil, 15 pares de espaços e decolagem (slots) no aeroporto paulistano de Congonhas do espólio da Avianca Brasil, a Azul decidiu dar o pontapé inicial na operação.
A Azul já tinha 26 pares, mas considerava o número pequeno para fazer essa linha rentável. Ainda acha pouco, mas um golpe de sorte a fez decidir explorar a rota mais lucrativa do país. A pista principal do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, vai ficar em reforma de 24 de agosto a 21 de setembro, e só a Azul e a Gol têm aeronaves de tamanho autorizado a usar a pista auxiliar.
A Gol decidiu não alterar sua malha para manter os voos no Santos Dumont. Mas a Azul fez uma operação de guerra em uma semana para mudar a escala nacional de aviões e pilotos — que precisam de licença especial para a ponte aérea — e abrir essa linha em 29 de agosto. A esperança é mostrar seu serviço aos clientes usuais da rota, em boa parte viajantes a negócio, e tirá-los da concorrência quando a situação se normalizar.
A Azul tem uma nota de qualidade dada pelos clientes de 61 (em escala de zero a 100), melhor que a das rivais e a mesma da varejista americana Amazon. A MAP e a Passaredo, empresas que também ganharam slots em Congonhas, entregaram documentação dizendo que têm condições técnicas de atuar na ponte aérea, mas a Azul espera que sejam desclassificadas e os espaços sobrem para ela.