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Rombo financeiro no Carrefour pode chegar a 450 milhões de reais

O ajuste contábil que o Carrefour precisa fazer em sua operação brasileira somaria aproximadamente 450 milhões de reais (ou 175 milhões de euros), ou mais que o dobro do valor admitido pela empresa, de 80 milhões de euros. A quantia foi acumulada durante a gestão de Jean Marc Pueyo, afastado do comando da rede no Brasil em julho, depois de sete anos na presidência, e demitido do grupo em agosto. […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2010 às 19h19.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 11h07.

O ajuste contábil que o Carrefour precisa fazer em sua operação brasileira somaria aproximadamente 450 milhões de reais (ou 175 milhões de euros), ou mais que o dobro do valor admitido pela empresa, de 80 milhões de euros. A quantia foi acumulada durante a gestão de Jean Marc Pueyo, afastado do comando da rede no Brasil em julho, depois de sete anos na presidência, e demitido do grupo em agosto. De acordo com fontes próximas ao assunto, para melhorar os resultados do grupo, Pueyo contabilizou bônus que são concedidos por fornecedores com base em previsões de cumprimento de metas. As metas, contudo, não foram cumpridas e os bônus nunca foram pagos.

Em junho, ao perceber o tamanho do problema, o comando mundial do Carrefour decidiu substituir Pueyo e contratou Luiz Fazzio, que havia presidido a C&A no Brasil.

Desde que assumiu, Fazzio começou a cortar custos. Com estilo centralizador, ele diz, ironicamente, que adotou uma “gestão participativa”. “Eu tomo decisões e participo a vocês”, disse ele em uma reunião com a diretoria. Em seus planos está uma redução de 60% no número de diretores e também substituir gerentes por profissionais mais jovens e mais baratos.

O Carrefour do Brasil não quis comentar o assunto.

ATUALIZAÇÃO 18H53 05/10/10

Em nota enviada, o Carrefour afirma que as “supostas perdas financeiras no Brasil” são de 80 milhões de euros, e não de 175 milhões. A coluna reafirma o valor publicado.

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O ajuste contábil que o Carrefour precisa fazer em sua operação brasileira somaria aproximadamente 450 milhões de reais (ou 175 milhões de euros), ou mais que o dobro do valor admitido pela empresa, de 80 milhões de euros. A quantia foi acumulada durante a gestão de Jean Marc Pueyo, afastado do comando da rede no Brasil em julho, depois de sete anos na presidência, e demitido do grupo em agosto. De acordo com fontes próximas ao assunto, para melhorar os resultados do grupo, Pueyo contabilizou bônus que são concedidos por fornecedores com base em previsões de cumprimento de metas. As metas, contudo, não foram cumpridas e os bônus nunca foram pagos.

Em junho, ao perceber o tamanho do problema, o comando mundial do Carrefour decidiu substituir Pueyo e contratou Luiz Fazzio, que havia presidido a C&A no Brasil.

Desde que assumiu, Fazzio começou a cortar custos. Com estilo centralizador, ele diz, ironicamente, que adotou uma “gestão participativa”. “Eu tomo decisões e participo a vocês”, disse ele em uma reunião com a diretoria. Em seus planos está uma redução de 60% no número de diretores e também substituir gerentes por profissionais mais jovens e mais baratos.

O Carrefour do Brasil não quis comentar o assunto.

ATUALIZAÇÃO 18H53 05/10/10

Em nota enviada, o Carrefour afirma que as “supostas perdas financeiras no Brasil” são de 80 milhões de euros, e não de 175 milhões. A coluna reafirma o valor publicado.

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