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Santander foca no atacado e busca "matrimônio" com clientes

Em 2020, artilharia de grandes bancos vai se voltar para o atacado, segmento que atende grandes empresas

Rafael Bello Noya, Jean Pierre Dupui, Luiz Masagão e Mario Leão, executivos do Santander: a rede global como trunfo (Germano Lüders/Exame)
Rafael Bello Noya, Jean Pierre Dupui, Luiz Masagão e Mario Leão, executivos do Santander: a rede global como trunfo (Germano Lüders/Exame)
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Primeiro Lugar

Publicado em 19 de dezembro de 2019 às, 05h50.

Última atualização em 19 de dezembro de 2019 às, 10h31.

Nos últimos 12 meses, o Santander tornou-se o mais rentável entre os grandes bancos do Brasil, à frente de Itaú e Bradesco, com 19,2% de retorno sobre o patrimônio líquido, segundo um levantamento da consultoria Economatica.

A alta de 8 pontos percentuais desde 2016 deve-se, principalmente, ao crescimento da operação de varejo, com aumento de 62% na carteira de crédito, para 242 bilhões de reais no terceiro trimestre de 2019 — o correspondente a 73% do total atual, ante 57% três anos atrás.

Em 2020, a artilharia vai se voltar para o atacado, segmento que atende grandes empresas. O objetivo do Santander é aproveitar sua rede global para oferecer pacotes de serviços, como financiamento, pagamento e câmbio, a multinacionais e suas cadeias. “Não fazemos negócio com nosso cliente, selamos um matrimônio”, diz Rafael Bello Noya, diretor de assessoria em soluções financeiras para grandes grupos do Santander.

A estratégia tem como base a expectativa de que aumentem as transações entre o Brasil e outros países. O banco deu suporte a 70 bilhões de reais em investimentos chineses no Brasil nos últimos meses. O Santander também está de olho nas companhias que vão exportar e importar dentro do potencial acordo entre o Mercosul e a União Europeia, seu maior mercado.