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Aéreas sonham atingir padrões globais de eficiência no país

Mercado local do setor de aviação está aberto para atrair novos investimentos apesar dos obstáculos a serem superados na área

Aeroporto de Guarulhos: as empresas aéreas querem maior estabilidade de regras para fazer novos investimentos na ampliação do transporte   (Cesar Borges/Fotoarena)
Aeroporto de Guarulhos: as empresas aéreas querem maior estabilidade de regras para fazer novos investimentos na ampliação do transporte (Cesar Borges/Fotoarena)
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Primeiro Lugar

Publicado em 7 de novembro de 2019 às, 05h50.

Última atualização em 7 de novembro de 2019 às, 10h29.

O setor brasileiro de aviação civil conta vários avanços neste ano. Entre os progressos estão o veto do presidente Jair Bolsonaro à proibição da cobrança pelas bagagens despachadas em viagens aéreas, a permissão para que empresas estrangeiras voem em rotas domésticas e a concessão de mais aeroportos à iniciativa privada.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, vem dizendo que, com essas mudanças, o mercado local já se encontra aberto o suficiente para atrair novos investimentos. Mas, apesar de reconhecer as recentes melhorias, muitas empresas ainda listam uma série de obstáculos que precisam ser superados para que o Brasil atinja os padrões globais de eficiência e rentabilidade na aviação.

“Somos signatários de convenções que não cumprimos, seguimos com uma regulamentação complicada dos impostos sobre combustível, levamos dois anos para ter uma definição sobre a cobrança das bagagens, a crise da Avianca Brasil demorou para ser resolvida e há uma excessiva judicialização na relação com o consumidor”, diz Jerome Cadier, presidente da Latam Brasil. “Estrangeiro ou local, o capital precisa de retorno, e não se investe sem estabilidade.”

José Ricardo Botelho, que deixa a presidência da Agência Nacional de Aviação Civil em março, espera que as futuras gestões deem continuidade ao trabalho iniciado há quatro anos. “Em um ano, o Brasil vai dar um salto. Meu sonho é passarmos de 0,5% da população transportada por ano para os 2,4% dos países que de fato liberalizaram o setor”, afirma.