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Acordo com Argentina para mais voos está em risco com eleição de Fernández

Ministros da Argentina viriam ao Brasil nesta semana para assinar tratado, mas avisaram ao governo brasileiro que não sabem mais se viagem será mantida

Aerolíneas Argentinas: principal empresa aérea do país tem controle estatal (Julio Etchart/Getty Images)
Aerolíneas Argentinas: principal empresa aérea do país tem controle estatal (Julio Etchart/Getty Images)
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Primeiro Lugar

Publicado em 28 de outubro de 2019 às, 10h00.

Última atualização em 28 de outubro de 2019 às, 10h20.

Os ministros da Argentina do Turismo, Gustavo Santos, e do Transporte, Guillermo Dietrich, eram esperados em Brasília amanhã, 29 de outubro, para a assinatura de um acordo de ampliação de voos entre os dois países. Depois que o peronista Alberto Fernández derrotou ontem, nas eleições presidenciais, o atual chefe de Estado, Mauricio Macri, o tratado está em risco.

Assim que o resultado das urnas foi anunciado, Santos e Dietrich avisaram a seus interlocutores no governo brasileiro que a viagem está suspensa até que a atual administração argentina e a equipe de Fernández conversem a respeito, segundo EXAME apurou.

O acordo em vigor, de 1996, atualmente prevê 133 voos (ida e volta) entre o Brasil e a Argentina por semana. Todas as frequências estão ocupadas atualmente.

Durante a campanha eleitoral, Fernández sinalizou que pretende privilegar a Aerolíneas Argentinas, maior companhia do país, que faz voos domésticos e internacionais, no mercado local. Essa estratégia poderia limitar o acesso de companhias brasileiras à Argentina.