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Investindo com pensamento fora da caixa

Dicas de investimento diversificado do expert Gabriel Cintra

Nossa tão famosa poupança pode até trazer uma falsa sensação de segurança a quem tem recursos guardados (Nora Carol Photography/Getty Images)
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Panorama Econômico

Panorama Econômico

Publicado em 15 de abril de 2024 às 18h22.

Por Gabriel Cintra*

A nossa tão famosa poupança pode até trazer uma falsa sensação de segurança a quem tem recursos guardados, porém, já se foi o tempo em que a caderneta era um investimento seguro e rentável. Com o CDIatingindo ospatamares que alcança hoje e com um mercado financeiro e de capitaisdesenvolvidosno Brasil, o custo de oportunidadeaodeixar o nosso rico dinheirinho na poupança aumentou-e muito!

Felizmente, esses antigos hábitos vêm mudando e, quando se fala em investimento, até mesmoaCaixa Econômica oferececarteiras maisbásicas. Por outro lado,quandose busca algomais sofisticadoe diversificado, são as plataformasindependentesque se destacampela pluralidade de produtos financeiros. No entanto, é preciso cautela. Diante de tantas opções à disposição do investidor, escolher um bom conjunto de ativos para montar umportfóliodeinvestimentos éuma tarefa que requer planejamento, disciplina e conhecimento sobremercado e produtos.

E falando em conhecimento de mercado, gestores deinvestimentosprecisammostrar valor e consistência a longo prazo para fazerem valer o ​​ “2 com 20”, que, no jargão domercado,indica uma dedicação de 2% em administração e de 20% em performance. Nessa indústria, é essencial mostrar resultados consistentes para justificar os custos associados.

Se analisarmos o ano de 2023, por exemplo, observamos que muitos gestores da indústria de multimercado não conseguiram superar o CDI, resultando em rentabilidade das carteiras abaixo das expectativas.Nomes badalados no mercado acabaram “errando a mão”. Porém,não se pode deixar de destacar aqueles que desempenharam muito bem seu papel na indústria de fundos. Escritórioscomo AZ Quest Multi Max, Canvas Vector e Artesanalse destacaram como exceções notáveis.Isso ressalta a importância de uma seleção criteriosa de gestores.

À medida que o mercado de capitais amadurece, os investidores naturalmente se adaptam a essa evolução.E é tempo de fazer mais exigências. Pedir não somentepor um cardápio de produtos, mas pelomelhor produto do cardápio!Um timeapenas dezagueirosnãofaz gol. Então, ainda queconservador, o investidor pode“ganhar o jogo” se considerar investir, por exemplo, emNTN-Bs(títulos públicos indexados à inflação), que, alocadas corretamente, são muito mais eficazesque poupança, gerando ganhos potenciais em cima da curva de juros.

Indo adiante, papéisde renda fixa atreladosàinflaçãocausamefeitos positivos nas carteiras se os riscos de crédito privado e prazos forem bem dimensionados.Nesta hora, aajuda profissional vale ouro!Os casos recentes de Americanas e Light, que geraram turbulência no mercado de renda fixa em 2023, são exemplos deriscos mal dimensionados.

Bons gestores de créditoestão se destacandono mercado com suaperformance.Tívio (antiga BV Asset), Porto Seguro, Az Quest e Atena são alguns nomes quemerecem destaquedentro docenáriode renda fixa.

Os ETFssão outra classe de ativos que compõem muito bem uma carteira. Esta sigla ainda pouco conhecida vem doinglêsExchangeTraded Funds (Fundos Negociados em Bolsa). Trata-se de um tipo de fundo de investimento que replica um índice de mercado, como o Ibovespa da Bolsa Brasileira ou o S&P da bolsa americana, de forma passiva. A composição desses fundos é pensada para acompanhar os rendimentos do índice de referência ou ter uma correlação significativa com ele.

Um exemplo notável é o IBOV11, um dos ETFs mais conhecidos, que tem como referência o índice Bovespa (IBOV) e busca replicar sua performance diariamente. Por se limitar à replicação do índice, esse ETF tem uma taxa de administração bastante baixa, muitas vezes entre 0,2% e 0,3% ao ano (como no caso do IBOV11), e não cobra performance fee. Isso torna o ETF uma opção econômica e diversificada para os investidores.

Com a queda recente da Selic, oinvestidorque busca rentabilidadeprecisase submeter a um pouco mais de risco, sempreindo deacordo com o seu perfil de tolerância.Hádiversas alternativas de investimentospara todos os públicos.

Outra atitude promissora para o investidor é pensar “fora das fronteiras”.Os países desenvolvidosrepresentamum porto muito mais seguro e, hoje, qualquer investidor pode ter acesso a uma carteira internacional. Lá fora, como os jurosaltos (5,25%à5,5%) e com inflaçãoapontandotendência de queda nos Estados Unidos, investir em Bonds de empresas de boa classificação de risco com um prazo adequado tem sido uma alternativa de diversificaçãoatraente.

Mas, atente-se! Em breve,a janela de oportunidade que estamosexperimentandoparainvestir em ativos internacionaispode se fechar, especialmente quando os juros nos Estados Unidos começarem a cair. O mercado atualmente projeta que esse movimento começará a ocorrer a partir de junho deste ano.

Poderíamosainda, antes de encerrar, falarde Fundos de Private Equity, Venture Capital, Precatórios,DireitosCreditórios, AtivosEstressados, ouro, dólareaté mesmo decriptomoedas,que já aceitam investimentono Brasil por entidade regulada. Mas, aí,  este artigo teria que virar um livro!

Como nós, profissionais do mercado, estudamos muito paragarantirque o investidor seja bem-sucedido nos seus investimentos,deixo minha dica de ouro:escolha bem aquele profissional que vai cuidar e planejar as suas finanças!

**Gabriel Cintra é sócio fundador e chefe de Investimentos da Eleva Invest MFO , Consultoria de Valores Mobiliários regulada pela CVM , economista formado pelo Insper com especialização em relações internacionais . A tuou durante a sua carreira nos mercados de crédito, M&A e mercado de capitais em instituições como o BV, Indusval e IBN e foi presidente do Ação Jovem do Mercado Financeiro e de Capitais da Bolsa.

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Por Gabriel Cintra*

A nossa tão famosa poupança pode até trazer uma falsa sensação de segurança a quem tem recursos guardados, porém, já se foi o tempo em que a caderneta era um investimento seguro e rentável. Com o CDIatingindo ospatamares que alcança hoje e com um mercado financeiro e de capitaisdesenvolvidosno Brasil, o custo de oportunidadeaodeixar o nosso rico dinheirinho na poupança aumentou-e muito!

Felizmente, esses antigos hábitos vêm mudando e, quando se fala em investimento, até mesmoaCaixa Econômica oferececarteiras maisbásicas. Por outro lado,quandose busca algomais sofisticadoe diversificado, são as plataformasindependentesque se destacampela pluralidade de produtos financeiros. No entanto, é preciso cautela. Diante de tantas opções à disposição do investidor, escolher um bom conjunto de ativos para montar umportfóliodeinvestimentos éuma tarefa que requer planejamento, disciplina e conhecimento sobremercado e produtos.

E falando em conhecimento de mercado, gestores deinvestimentosprecisammostrar valor e consistência a longo prazo para fazerem valer o ​​ “2 com 20”, que, no jargão domercado,indica uma dedicação de 2% em administração e de 20% em performance. Nessa indústria, é essencial mostrar resultados consistentes para justificar os custos associados.

Se analisarmos o ano de 2023, por exemplo, observamos que muitos gestores da indústria de multimercado não conseguiram superar o CDI, resultando em rentabilidade das carteiras abaixo das expectativas.Nomes badalados no mercado acabaram “errando a mão”. Porém,não se pode deixar de destacar aqueles que desempenharam muito bem seu papel na indústria de fundos. Escritórioscomo AZ Quest Multi Max, Canvas Vector e Artesanalse destacaram como exceções notáveis.Isso ressalta a importância de uma seleção criteriosa de gestores.

À medida que o mercado de capitais amadurece, os investidores naturalmente se adaptam a essa evolução.E é tempo de fazer mais exigências. Pedir não somentepor um cardápio de produtos, mas pelomelhor produto do cardápio!Um timeapenas dezagueirosnãofaz gol. Então, ainda queconservador, o investidor pode“ganhar o jogo” se considerar investir, por exemplo, emNTN-Bs(títulos públicos indexados à inflação), que, alocadas corretamente, são muito mais eficazesque poupança, gerando ganhos potenciais em cima da curva de juros.

Indo adiante, papéisde renda fixa atreladosàinflaçãocausamefeitos positivos nas carteiras se os riscos de crédito privado e prazos forem bem dimensionados.Nesta hora, aajuda profissional vale ouro!Os casos recentes de Americanas e Light, que geraram turbulência no mercado de renda fixa em 2023, são exemplos deriscos mal dimensionados.

Bons gestores de créditoestão se destacandono mercado com suaperformance.Tívio (antiga BV Asset), Porto Seguro, Az Quest e Atena são alguns nomes quemerecem destaquedentro docenáriode renda fixa.

Os ETFssão outra classe de ativos que compõem muito bem uma carteira. Esta sigla ainda pouco conhecida vem doinglêsExchangeTraded Funds (Fundos Negociados em Bolsa). Trata-se de um tipo de fundo de investimento que replica um índice de mercado, como o Ibovespa da Bolsa Brasileira ou o S&P da bolsa americana, de forma passiva. A composição desses fundos é pensada para acompanhar os rendimentos do índice de referência ou ter uma correlação significativa com ele.

Um exemplo notável é o IBOV11, um dos ETFs mais conhecidos, que tem como referência o índice Bovespa (IBOV) e busca replicar sua performance diariamente. Por se limitar à replicação do índice, esse ETF tem uma taxa de administração bastante baixa, muitas vezes entre 0,2% e 0,3% ao ano (como no caso do IBOV11), e não cobra performance fee. Isso torna o ETF uma opção econômica e diversificada para os investidores.

Com a queda recente da Selic, oinvestidorque busca rentabilidadeprecisase submeter a um pouco mais de risco, sempreindo deacordo com o seu perfil de tolerância.Hádiversas alternativas de investimentospara todos os públicos.

Outra atitude promissora para o investidor é pensar “fora das fronteiras”.Os países desenvolvidosrepresentamum porto muito mais seguro e, hoje, qualquer investidor pode ter acesso a uma carteira internacional. Lá fora, como os jurosaltos (5,25%à5,5%) e com inflaçãoapontandotendência de queda nos Estados Unidos, investir em Bonds de empresas de boa classificação de risco com um prazo adequado tem sido uma alternativa de diversificaçãoatraente.

Mas, atente-se! Em breve,a janela de oportunidade que estamosexperimentandoparainvestir em ativos internacionaispode se fechar, especialmente quando os juros nos Estados Unidos começarem a cair. O mercado atualmente projeta que esse movimento começará a ocorrer a partir de junho deste ano.

Poderíamosainda, antes de encerrar, falarde Fundos de Private Equity, Venture Capital, Precatórios,DireitosCreditórios, AtivosEstressados, ouro, dólareaté mesmo decriptomoedas,que já aceitam investimentono Brasil por entidade regulada. Mas, aí,  este artigo teria que virar um livro!

Como nós, profissionais do mercado, estudamos muito paragarantirque o investidor seja bem-sucedido nos seus investimentos,deixo minha dica de ouro:escolha bem aquele profissional que vai cuidar e planejar as suas finanças!

**Gabriel Cintra é sócio fundador e chefe de Investimentos da Eleva Invest MFO , Consultoria de Valores Mobiliários regulada pela CVM , economista formado pelo Insper com especialização em relações internacionais . A tuou durante a sua carreira nos mercados de crédito, M&A e mercado de capitais em instituições como o BV, Indusval e IBN e foi presidente do Ação Jovem do Mercado Financeiro e de Capitais da Bolsa.

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