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Às vezes é preciso “Recalcular a Rota” !!

Esses dias descobrimos por acaso a catarinense Alana Trauczynski, autora do livro Recalculando a Rota, lançado em junho desse ano.

(Arquivo pessoal/Site Exame)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2012 às 13h19.

Última atualização em 18 de novembro de 2017 às 19h45.

Esses dias descobrimos por acaso a catarinense Alana Trauczynski, autora do livro Recalculando a Rota, lançado em junho desse ano. O que nos encantou foi que Alana assim como nós também percorreu vários países, só que durante 13 anos com um lema ou “dilema”: “A busca da sua  verdadeira vocação!!”

Eu e o Danilo, pensamos “temos que contatar essa figura”, afinal não é tão comum encontrar alguém que se perdeu no mundo justamente pra tentar encontrar seus talentos e sua motivação; um alvo perfeito pra nós! Entramos em contato e fomos abraçados por seu entusiamo, ela é mesmo uma “figura”…

Alana conta em seu livro de maneira irreverente o quanto precisou “recalcular a rota” diversas vezes até se deparar com suas respostas. A sulista de 34 anos, formada em Turismo e Hotelaria com extensão em MKT e Relações Públicas na Universidade da Califórnia, trabalhou em inúmeras funções, aprendeu diversas línguas, teve que se virar e depois de muitas roubadas e caminhos equivocados acabou face a face com seu destino. Encontrou aquilo que faz vibrar seu coração e acima de tudo descobriu um propósito através do qual espera deixar sua contribuição nessa vida.

Essa entrevista pode dar uma luz para aqueles que estão repensando suas rotas e até mesmo para os que ainda não fazem a menor idéia por onde devem caminhar.

Sabemos que viajou durante 13 anos antes de escrever o livro, viajando para inúmeros destinos como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Espanha, Escócia, etc … O que te motivou a sair do Brasil pela primeira vez?

Eu saí com 17 anos para fazer intercâmbio de um ano. Fui parar na parte francesa do Canadá sem falar uma palavra da língua. Aí eu pensei: Meu Deus, se em um cantinho gelado deste país gigantesco eu vivi tantas novas experiências, imagine só o que o MUNDO tem para oferecer?! Eu descobri que queria mais, muito mais!

O que fez com que você viajasse por tanto tempo? Como vc escolheu os destinos? Eles simplesmente aconteceram ou você tinha um objetivo específico em cada um?

Viajei por 13 anos mas sempre tinha o Brasil como meu porto seguro, ficava indo e vindo. Escolhi destinos onde tinha amigos e conhecidos. A gente começa a viajar e vai fazendo amigos pelo mundo todo, então ia encontrá-los. Eu estava buscando algo e não sabia exatamente o que, mas tinha a ver com a realização através do meu trabalho. Só que não tinha idéia do que seria, na época estava muito perdida e por isso busquei em tantas partes. Mas para quem está perdido, qualquer caminho é caminho e experiência nunca é demais!

Qual país mais te ensinou e qual foi o aprendizado?

Acho que o grande aprendizado foi descobrir que as respostas não estavam no mundo e sim dentro de mim. Na verdade, eu estava fugindo. A cada vez que a situação apertava eu me mandava para algum lugar bem longínquo. Mas em cada um dos países, grandes lições foram aprendidas e compuseram um mosaico colorido construído à duras penas através do autoconhecimento. A humildade foi uma das mais difíceis e importantes.

Como era a Alana que saiu do Brasil e quem é a Alana que hoje voltou?

Nossa, não tem como comparar. Antes eu era uma pessoa arrogante que achava que sabia tudo, tentava forçar a vida a ser exatamente como eu queria que ela fosse. Julgava implacavelmente os outros, no fundo por mera ignorância. Hoje eu sou muito mais tranquila, aprendi a amar as diferenças, respeitar outras culturas, não ter visões engessadas e inflexíveis sobre as coisas em geral. Além disso, a vida me colocou em absolutamente TODAS as situações em que eu costumava julgar as pessoas. E assim eu tive que mudar.

Sua motivação de vida mudou ao longo desse período ou apenas ganhou força?

Acho que quanto mais estamos satisfeitos com nossa própria vida, mais podemos nos colocar a serviço dos outros. Você pode ver que as pessoas mais felizes são aquelas que dedicam suas vidas ajudando o próximo. Fico muito feliz em ver que minhas experiências incitam a coragem, motivando grandes mudanças de vida! As mensagens que recebo das pessoas depois de lerem o meu livro são impagáveis. Com isso minha motivação só ganha forças!

Você acredita em felicidade?

Acredito totalmente em felicidade, mas acho que as pessoas tem uma visão equivocada. Estar triste às vezes faz parte de ser feliz e estar desesperada também. O eletrocardiograma da vida não é uma linha reta. A vida é feita de altos e baixos e tudo é absolutamente normal. Estar alegre o tempo todo tem mais a ver com estar desconectado do que com ser feliz. E, aliás, como podemos estar totalmente felizes se percebermos o mundo a nossa volta? Somos um todo. Nossa própria felicidade depende do outro. O que podemos aprender é uma maneira mais tranquila de lidar com os problemas. A felicidade se conquista através do autoconhecimento, em aceitar a vida como ela se apresenta, viver no presente e encontrar satisfação nas pequenas coisas.

Você saiu em busca de uma vocação perfeita, encontrou? Você acredita na relação entre vocação e motivação?

Não encontrei, encontraram pra mim!(risos). Depois de 13 anos buscando, foi um mestre sufi que me disse para escrever o livro. A partir daí, percebi que a minha vocação está totalmente relacionada às diversas formas de comunicação. Tenho o dom de perceber o mundo e transformar coisas aparentemente complicadas em algo que qualquer um entenda. Sim, acho que a motivação está relacionada a vocação! Encontre aquilo que você faz bem naturalmente, sem grandes esforços, aquilo que é um grande prazer e  certamente se sentirá motivado.

Agora que você teve tempo e aprendeu como “recalcular a rota”, pra onde ela está te levando?

Só Deus sabe! (risos) Eu aprendi a fazer a minha parte. Estou sempre me observando e fazendo o que me cabe em todas as situações. Eu abro as portas para que as coisas que eu quero aconteçam. Corro atrás, envio, me inscrevo, estudo, invento. Ninguém vai te chamar para aquele “dream job” se você não enviar o currículo! Mas também confio na vida e dou margem para uma coisa que é maior que eu decidir meu destino. Se eu fiz tudo o que estava ao meu alcance, fico tranquila para aceitar o que vem. Fazer tudo que nos cabe é a chave e o desprendimento da resposta é outra chave. Muitas vezes não temos visão suficiente para saber o que é melhor para nós mesmos. Se a maré muda, mudo com ela. Por exemplo, meu livro está sendo analisado para publicação nos EUA e Reino Unido (porque corri atrás!). Também tem surgido oportunidades de palestras, matérias sobre viagens em jornais e revistas nacionais e internacionais. De forma geral, quero poder ajudar os outros a encontrarem seus caminhos, cada vez mais viver da minha arte e continuar viajando, que é uma coisa que amo e me motiva muuuuuito!

Espaço livre …

Uma coisa que eu sempre digo: você tem uma combinação de experiências de vida que é só sua. Existe algo neste mundo que só você pode trazer à tona. Encontre o que é, se não encontrar, todos nós estaremos perdendo com isso, a humanidade como um todo. Não precisa ser nada grandioso. Tem gente que inspira os outros fazendo faxina!

Pois é leitores, deu pra ver que nunca é tarde pra gente encontrar nossos caminhos. Mais vale recalcular mil vezes nossa direção do que seguirmos numa estrada que não nos dá prazer ou motivação.

Por Luah Galvão

Quer sentir o gostinho dessa leitura? Disponibilizamos aqui as primeira páginas do livro: “Recalculando a Rota”

Read more

 

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Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.

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Esses dias descobrimos por acaso a catarinense Alana Trauczynski, autora do livro Recalculando a Rota, lançado em junho desse ano. O que nos encantou foi que Alana assim como nós também percorreu vários países, só que durante 13 anos com um lema ou “dilema”: “A busca da sua  verdadeira vocação!!”

Eu e o Danilo, pensamos “temos que contatar essa figura”, afinal não é tão comum encontrar alguém que se perdeu no mundo justamente pra tentar encontrar seus talentos e sua motivação; um alvo perfeito pra nós! Entramos em contato e fomos abraçados por seu entusiamo, ela é mesmo uma “figura”…

Alana conta em seu livro de maneira irreverente o quanto precisou “recalcular a rota” diversas vezes até se deparar com suas respostas. A sulista de 34 anos, formada em Turismo e Hotelaria com extensão em MKT e Relações Públicas na Universidade da Califórnia, trabalhou em inúmeras funções, aprendeu diversas línguas, teve que se virar e depois de muitas roubadas e caminhos equivocados acabou face a face com seu destino. Encontrou aquilo que faz vibrar seu coração e acima de tudo descobriu um propósito através do qual espera deixar sua contribuição nessa vida.

Essa entrevista pode dar uma luz para aqueles que estão repensando suas rotas e até mesmo para os que ainda não fazem a menor idéia por onde devem caminhar.

Sabemos que viajou durante 13 anos antes de escrever o livro, viajando para inúmeros destinos como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, Espanha, Escócia, etc … O que te motivou a sair do Brasil pela primeira vez?

Eu saí com 17 anos para fazer intercâmbio de um ano. Fui parar na parte francesa do Canadá sem falar uma palavra da língua. Aí eu pensei: Meu Deus, se em um cantinho gelado deste país gigantesco eu vivi tantas novas experiências, imagine só o que o MUNDO tem para oferecer?! Eu descobri que queria mais, muito mais!

O que fez com que você viajasse por tanto tempo? Como vc escolheu os destinos? Eles simplesmente aconteceram ou você tinha um objetivo específico em cada um?

Viajei por 13 anos mas sempre tinha o Brasil como meu porto seguro, ficava indo e vindo. Escolhi destinos onde tinha amigos e conhecidos. A gente começa a viajar e vai fazendo amigos pelo mundo todo, então ia encontrá-los. Eu estava buscando algo e não sabia exatamente o que, mas tinha a ver com a realização através do meu trabalho. Só que não tinha idéia do que seria, na época estava muito perdida e por isso busquei em tantas partes. Mas para quem está perdido, qualquer caminho é caminho e experiência nunca é demais!

Qual país mais te ensinou e qual foi o aprendizado?

Acho que o grande aprendizado foi descobrir que as respostas não estavam no mundo e sim dentro de mim. Na verdade, eu estava fugindo. A cada vez que a situação apertava eu me mandava para algum lugar bem longínquo. Mas em cada um dos países, grandes lições foram aprendidas e compuseram um mosaico colorido construído à duras penas através do autoconhecimento. A humildade foi uma das mais difíceis e importantes.

Como era a Alana que saiu do Brasil e quem é a Alana que hoje voltou?

Nossa, não tem como comparar. Antes eu era uma pessoa arrogante que achava que sabia tudo, tentava forçar a vida a ser exatamente como eu queria que ela fosse. Julgava implacavelmente os outros, no fundo por mera ignorância. Hoje eu sou muito mais tranquila, aprendi a amar as diferenças, respeitar outras culturas, não ter visões engessadas e inflexíveis sobre as coisas em geral. Além disso, a vida me colocou em absolutamente TODAS as situações em que eu costumava julgar as pessoas. E assim eu tive que mudar.

Sua motivação de vida mudou ao longo desse período ou apenas ganhou força?

Acho que quanto mais estamos satisfeitos com nossa própria vida, mais podemos nos colocar a serviço dos outros. Você pode ver que as pessoas mais felizes são aquelas que dedicam suas vidas ajudando o próximo. Fico muito feliz em ver que minhas experiências incitam a coragem, motivando grandes mudanças de vida! As mensagens que recebo das pessoas depois de lerem o meu livro são impagáveis. Com isso minha motivação só ganha forças!

Você acredita em felicidade?

Acredito totalmente em felicidade, mas acho que as pessoas tem uma visão equivocada. Estar triste às vezes faz parte de ser feliz e estar desesperada também. O eletrocardiograma da vida não é uma linha reta. A vida é feita de altos e baixos e tudo é absolutamente normal. Estar alegre o tempo todo tem mais a ver com estar desconectado do que com ser feliz. E, aliás, como podemos estar totalmente felizes se percebermos o mundo a nossa volta? Somos um todo. Nossa própria felicidade depende do outro. O que podemos aprender é uma maneira mais tranquila de lidar com os problemas. A felicidade se conquista através do autoconhecimento, em aceitar a vida como ela se apresenta, viver no presente e encontrar satisfação nas pequenas coisas.

Você saiu em busca de uma vocação perfeita, encontrou? Você acredita na relação entre vocação e motivação?

Não encontrei, encontraram pra mim!(risos). Depois de 13 anos buscando, foi um mestre sufi que me disse para escrever o livro. A partir daí, percebi que a minha vocação está totalmente relacionada às diversas formas de comunicação. Tenho o dom de perceber o mundo e transformar coisas aparentemente complicadas em algo que qualquer um entenda. Sim, acho que a motivação está relacionada a vocação! Encontre aquilo que você faz bem naturalmente, sem grandes esforços, aquilo que é um grande prazer e  certamente se sentirá motivado.

Agora que você teve tempo e aprendeu como “recalcular a rota”, pra onde ela está te levando?

Só Deus sabe! (risos) Eu aprendi a fazer a minha parte. Estou sempre me observando e fazendo o que me cabe em todas as situações. Eu abro as portas para que as coisas que eu quero aconteçam. Corro atrás, envio, me inscrevo, estudo, invento. Ninguém vai te chamar para aquele “dream job” se você não enviar o currículo! Mas também confio na vida e dou margem para uma coisa que é maior que eu decidir meu destino. Se eu fiz tudo o que estava ao meu alcance, fico tranquila para aceitar o que vem. Fazer tudo que nos cabe é a chave e o desprendimento da resposta é outra chave. Muitas vezes não temos visão suficiente para saber o que é melhor para nós mesmos. Se a maré muda, mudo com ela. Por exemplo, meu livro está sendo analisado para publicação nos EUA e Reino Unido (porque corri atrás!). Também tem surgido oportunidades de palestras, matérias sobre viagens em jornais e revistas nacionais e internacionais. De forma geral, quero poder ajudar os outros a encontrarem seus caminhos, cada vez mais viver da minha arte e continuar viajando, que é uma coisa que amo e me motiva muuuuuito!

Espaço livre …

Uma coisa que eu sempre digo: você tem uma combinação de experiências de vida que é só sua. Existe algo neste mundo que só você pode trazer à tona. Encontre o que é, se não encontrar, todos nós estaremos perdendo com isso, a humanidade como um todo. Não precisa ser nada grandioso. Tem gente que inspira os outros fazendo faxina!

Pois é leitores, deu pra ver que nunca é tarde pra gente encontrar nossos caminhos. Mais vale recalcular mil vezes nossa direção do que seguirmos numa estrada que não nos dá prazer ou motivação.

Por Luah Galvão

Quer sentir o gostinho dessa leitura? Disponibilizamos aqui as primeira páginas do livro: “Recalculando a Rota”

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Idealizadores do Walk and Talk, Luah Galvão e Danilo España, realizaram 3 projetos. O primeiro foi uma Volta ao Mundo por mais de 2 anos em que visitaram 28 países nos 5 continentes – para entender o que Motiva pessoas das mais variadas raças, credos e culturas. O segundo foi caminhar os 800 km do Caminho de Compostela na Espanha, entrevistando peregrinos sobre o sentido da Superação. E recentemente voltaram da Expedição Perú, onde o sentido da resiliência foi a grande busca do casal. Agora que estão de volta ao Brasil compartilham suas descobertas através de textos e histórias inspiradoras para esse e outros veículos de relevância, assim como em palestras e workshops por todo o Brasil.
Descubra mais sobre o projeto: www.walkandtalk.com.br. Conheça também a página no Facebook.

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