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Coreia do Norte: contrabando de informações rompe o controle governamental

Em extenso artigo na revista americana “The Atlantic”, o correspondente Robert S. Boynton conta a história de jornalistas cidadãos da Coreia do Norte que, auxiliados por meia dúzia de organizações internacionais de mídia, conseguem “contrabandear” fatos para dentro e fora do país, utilizando novas e velhas tecnologias. Ao romperem a barreira da censura norte-coreana à informação, eles se arriscam a serem presos e até mesmo executados. O artigo, intitulado “O […] Leia mais

DR

Da Redação

Publicado em 21 de março de 2011 às 17h16.

Última atualização em 24 de fevereiro de 2017 às 10h22.

Em extenso artigo na revista americana “The Atlantic”, o correspondente Robert S. Boynton conta a história de jornalistas cidadãos da Coreia do Norte que, auxiliados por meia dúzia de organizações internacionais de mídia, conseguem “contrabandear” fatos para dentro e fora do país, utilizando novas e velhas tecnologias.

Ao romperem a barreira da censura norte-coreana à informação, eles se arriscam a serem presos e até mesmo executados. O artigo, intitulado “O underground digital da Coreia do Norte”, faz uma análise desta operação perigosa – e cada vez mais bem-sucedida:

“Estes insurgentes da mídia têm uma estratégia de duas vertentes, integrando métodos da Guerra Fria, que mesclam transmissões em ondas curtas com equipamentos do século 21:  cartões de memória, pen drives, CDs, e-books, dispositivos de gravação em miniatura e telefones celulares. E como em todos os projetos de inteligência, seus ativos mais valiosos são humanos: uma rede de jornalistas na Coreia do Norte e na China, que enviam relatórios, quer sobre a intriga no palácio em torno da escolha do sucessor de Kim Jong Il, ou o preço da farinha em Wonsan. (…)

“Seu trabalho é ilegal e extremamente perigoso, e está produzindo resultados. Em dezembro de 2009, por exemplo, um repórter do Daily NK, site baseado em Seul,  constrangeu Pyongyang ao interceptar uma cópia da mensagem anual de King Jong Il, um documento crítico que estabelece o tom ideológico do ano, antes mesmo que este aparecesse no jornal oficial da Coreia do Norte, o “Rodong Sinmun”. Em dezembro último, a Open Radio North Korea, uma organização de transmissão de notícias, divulgou a história de um trem a caminho de Pyongyang, com presentes da China para o herdeiro Kim Jong Un, que foi sabotado e desviado, em uma das várias esporádicas ações de resistência não-divulgadas que seriam impensáveis há alguns anos.”

Leia o artigo na íntegra, em inglês, aqui.

Fonte: The Atlantic

No site do Instituto Milleniu m, veja o vídeo sobre a viagem de Marcelo Madureira à Coreia do Norte.

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Em extenso artigo na revista americana “The Atlantic”, o correspondente Robert S. Boynton conta a história de jornalistas cidadãos da Coreia do Norte que, auxiliados por meia dúzia de organizações internacionais de mídia, conseguem “contrabandear” fatos para dentro e fora do país, utilizando novas e velhas tecnologias.

Ao romperem a barreira da censura norte-coreana à informação, eles se arriscam a serem presos e até mesmo executados. O artigo, intitulado “O underground digital da Coreia do Norte”, faz uma análise desta operação perigosa – e cada vez mais bem-sucedida:

“Estes insurgentes da mídia têm uma estratégia de duas vertentes, integrando métodos da Guerra Fria, que mesclam transmissões em ondas curtas com equipamentos do século 21:  cartões de memória, pen drives, CDs, e-books, dispositivos de gravação em miniatura e telefones celulares. E como em todos os projetos de inteligência, seus ativos mais valiosos são humanos: uma rede de jornalistas na Coreia do Norte e na China, que enviam relatórios, quer sobre a intriga no palácio em torno da escolha do sucessor de Kim Jong Il, ou o preço da farinha em Wonsan. (…)

“Seu trabalho é ilegal e extremamente perigoso, e está produzindo resultados. Em dezembro de 2009, por exemplo, um repórter do Daily NK, site baseado em Seul,  constrangeu Pyongyang ao interceptar uma cópia da mensagem anual de King Jong Il, um documento crítico que estabelece o tom ideológico do ano, antes mesmo que este aparecesse no jornal oficial da Coreia do Norte, o “Rodong Sinmun”. Em dezembro último, a Open Radio North Korea, uma organização de transmissão de notícias, divulgou a história de um trem a caminho de Pyongyang, com presentes da China para o herdeiro Kim Jong Un, que foi sabotado e desviado, em uma das várias esporádicas ações de resistência não-divulgadas que seriam impensáveis há alguns anos.”

Leia o artigo na íntegra, em inglês, aqui.

Fonte: The Atlantic

No site do Instituto Milleniu m, veja o vídeo sobre a viagem de Marcelo Madureira à Coreia do Norte.

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