(Chris Conway/Getty Images)
Colunista - Instituto Millenium
Publicado em 18 de março de 2025 às 19h19.
O ano de 2024 foi um lembrete severo da vulnerabilidade do Brasil diante das mudanças climáticas. O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN) registrou um número recorde de 3.620 alertas de desastres, o maior índice desde o início da série histórica em 2011. Além disso, houve 1.690 ocorrências de desastres, o terceiro maior registro até o momento. Esses números alarmantes são um claro indicativo de que o Brasil está enfrentando uma crescente ameaça climática que requer ação imediata e decisiva.
O Acordo de Paris, por meio de seu Artigo 7, estabelece uma meta global de adaptação para aumentar a capacidade adaptativa, fortalecer a resiliência e reduzir a vulnerabilidade às mudanças climáticas. Essa meta não é apenas uma diretriz internacional; é uma necessidade urgente para garantir o desenvolvimento sustentável e uma resposta eficaz às ameaças climáticas que já estão afetando nosso cotidiano.
Apesar desse cenário desafiador, o governo federal tomou a controversa decisão de reduzir o orçamento destinado à gestão e redução de riscos de desastres ambientais. Em 2025, o repasse previsto é de R$ 1,7 bilhão, uma redução em relação aos R$ 1,9 bilhões de 2024. Essa decisão vem após um ano marcado por tragédias climáticas no Rio Grande do Sul, queimadas recordes no Pantanal e uma seca histórica na Amazônia. A redução do investimento em adaptação climática não apenas contraria as diretrizes do Acordo de Paris, mas também coloca em risco a segurança e o bem-estar de milhões de brasileiros.
Por que Investir em Adaptação Climática é Crucial?
O país deve priorizar o investimento em adaptação climática como uma questão de segurança nacional e bem-estar público. Ao fortalecer nossa resiliência e capacidade adaptativa, não apenas protegemos nosso povo e nossos recursos, mas também asseguramos um futuro sustentável e próspero para as próximas gerações.